A culpa, claro, é da pandemia da Covid-19, porque se dependesse da vontade, folia e paixão dos pernambucanos pelo bloco, o galo estaria nas ruas.
Tip 1
O galo foi fundado em fevereiro de 1978, por um grupo de amigos liderado por Eneas Freire. O primeiro desfile do bloco que hoje leva milhares de pessoas às ruas contou com 70 pessoas. No mesmo ano, jornais da época estampavam que um surto de gripe seria a herança do carnaval.
O desfile do Galo começa às 9h e conta com trios elétricos que levam alegria aos milhões de foliões que se dividem em meio às ruas do Centro do Recife. Seu desfile acontece nos sábados de carnaval, conhecido como Sábado de Zé Pereira.
No Brasil, a disputa pelo maior bloco de rua do país é intensa, mas o Galo da Madrugada figura como um dos favoritos, principalmente após a nomeação pelo Guiness Book. De acordo com o livro dos recordes, 2,5 milhões de pessoas já estiveram juntas em uma única edição do bloco.
Tradicionalmente, o Galo tem um apelo forte ao frevo, que é o ritmo do carnaval pernambucano. Em 1999, o bloco tomou uma medida drástica para manter o frevo como trilha sonora principal: nenhum trio poderia tocar axé ou pagode.
Marca registrada do bloco, o galo gigante começou a ser montado apenas anos após a fundação do bloco, em 1995. Desde a primeira vez, o visual do mascote gera polêmicas entre os pernambucanos, que se dividem entre amar e desaprovar a estética do galo.
A figura do Galo montada 1997 foi uma das mais criticadas até os dias atuais. Foi a partir dela que a montagem do Galo passou a ser um grande evento na capital pernambucana.