O antecessor de Milton Ribeiro ficou cinco dias no cargo. Carlos Decotelli foi nomeado em junho de 2020 mas pediu para sair do MEC após denúncias de que ele mentiu no próprio currículo lattes - documento que reúne atividades acadêmicas.
Segundo divulgado por Bolsonaro, Decotelli era bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, mestre pela Fundação FGV, doutor pela Universidade de Rosário, Argentina, e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha.
O reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, Franco Bartolacci, avisou que o então ministro nunca concluiu o doutorado porque foi reprovado. Logo a universidade alemã negou que Decotelli cursou doutorado por lá. A FGV também afirmou que ele não fazia parte do corpo de professores - como dizia no lattes - e que ainda investigava uma denúncia de plágio feito para a dissertação de mestrado dele.
Carlos Decotelli admitiu que não concluiu o doutorado e o pós-doutorado, mas negou o plágio no mestrado. Ele tinha sido recebido de forma positiva por entidades educacionais, diante de sua suposta experiência acadêmica. Além do mais, ele foi escolhido para substituir Abraham Weintraub.
Ele também foi criticado pela gestão do ministério. Sua última medida como ministro foi revogar a possibilidade de cotas nos cursos de pós-graduação, mas após sua saída o MEC voltou atrás.
Antes de Weintraub o ministro era Ricardo Vélez Rodríguez, o primeiro do governo Bolsonaro. Ele saiu da pasta em abril de 2019 após disputas internas entre os militares e os olavistas.
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