Para Deysi Cioccari, a maior vitória da sigla foi a indicação de Milton Mourão como vice-presidente de Jair Bolsonaro em 2018
por Camilla Lucena* em 12/08/24 21:05
PRTB é acusado de ser partido de aluguel | Foto: Reprodução/Instagram/@prtboficial28
O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) é um partido de aluguel, cuja maior vitória foi a indicação de Milton Mourão como vice-presidente de Jair Bolsonaro em 2018, afirmou a cientista política Deysi Cioccari durante participação no Segunda Chamada de sexta-feira (9). O conceito foi criado por cientistas políticos para classificar partidos menores, que não têm ideologia ou mesmo objetivo de vitória eleitoral, mas existiriam apenas por um motivo: permitir a seus líderes a obtenção de vantagens pessoais e políticas em troca de apoio a um ou mais partidos maiores.
Atualmente, o partido, presidido por Leonardo Avalanche, enfrenta uma briga interna. A sigla oficializou a candidatura do influenciador Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo em meio a uma ruptura entre os dirigentes.
Na última quinta-feira (8), o secretário-geral do partido, Marcos André de Andrade, levou à Justiça Eleitoral um pedido de impugnação para impedir o registro da candidatura de Marçal à Prefeitura de São Paulo. De acordo com Andrade, a convenção partidária que oficializou o nome do influenciador ocorreu de forma irregular, pois não foi previamente aprovada pelo diretório nacional, como prevê o regimento interno da sigla.
Ao menos três grupos disputam a presidência do PRTB. Um deles é formado por dirigentes que ajudaram Avalanche a chegar ao poder no início deste ano, mas que agora reclamam de quebra de promessas e alegam que a escolha de Marçal como candidato foi unilateral. Para Deysi, essa briga interna pode acabar prejudicando o influenciador, ainda que a candidatura seja mantida.
Na opinião do jornalista João Bosco Rebello, o PRTB “é daqueles partidos que sempre se serviram da política e jamais serviram à política”. Oficializado em 1997 sob a legenda 28, o PRTB foi controlado por Levy Fidelix por 24 anos, desde sua fundação no final da década de 90. Para Rebello, a morte de Fidelix, em 2021, foi o que impulsionou os conflitos internos.
*Sob supervisão de Sofia Pilagallo
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