Arquivos Bruno Fonseca - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/post_autor/bruno-fonseca/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Fri, 23 Sep 2022 14:50:18 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Campanha de Bolsonaro turbinou anúncios com vídeos proibidos pelo TSE pós 7 de setembro https://canalmynews.com.br/politica/campanha-de-bolsonaro-turbinou-anuncios-com-videos-proibidos-pelo-tse-pos-7-de-setembro/ Fri, 23 Sep 2022 14:50:18 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33902 Decisão proibiu que Bolsonaro use imagens suas em atos oficiais do Bicentenário na campanha

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A campanha de Jair Bolsonaro gastou mais de R$ 1 milhão em publicidade nas redes do Google e no YouTube depois dos atos de 7 de setembro. Esses anúncios incluem vídeos com trechos dos eventos de comemoração do Bicentenário, o que foi proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Uma das peças que mistura explicitamente as manifestações do Bicentenário com a propaganda de Bolsonaro é um vídeo de 2 minutos e meio, no qual a campanha gastou de R$ 7 mil a R$ 8 mil em impulsionamento e que teve até 1,5 milhão de visualizações. A propaganda traz imagens da multidão nos atos em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, sobre as quais uma locutora afirma: “Nosso Brasil está comemorando 200 anos de independência e a gente foi para a rua comemorar esse passado, mas também para dizer que Brasil a gente quer para o futuro”.

Em seguida, o vídeo traz trechos do discurso do presidente em Brasília, no evento oficial de celebração do Bicentenário. Na gravação, do alto do palanque presidencial e ao lado de Michelle, Bolsonaro grita para a multidão que “hoje vocês têm um presidente que acredita em Deus, um governo que defende a família. Somos uma pátria majoritariamente cristã que não quer a liberação das drogas, a legalização do aborto, que não admite a ideologia de gênero”. Além do discurso do presidente, o vídeo traz falas de manifestantes em Brasília e no Rio.

A utilização de imagens do Presidente em atos oficiais do Bicentenário em campanhas políticas foi proibida pelo TSE desde o dia 10 de setembro. Na liminar de Benedito Gonçalves, Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, ele decide que “sejam intimados os candidatos Jair Messias Bolsonaro e Walter Souza Braga Neto para, no prazo de 24 horas, cessar a veiculação de todo e qualquer material de propaganda eleitoral, em todos os meios, que utilizem imagens do Presidente da República capturadas durante os eventos oficiais de comemoração do Bicentenário da Independência, atos realizados em Brasília/DF e no Rio de Janeiro/RJ”.

A decisão também estabelece uma multa diária de R$ 10 mil e acrescenta que os candidatos devem “se abster de produzir novos materiais que explorem as citadas imagens”.

A Pública questionou o TSE se houve alguma aplicação de multa à campanha de Bolsonaro, mas o tribunal não respondeu até esta publicação. A reportagem também perguntou à assessoria de imprensa do Google sobre o vídeo, mas não obteve resposta.

A decisão também citou diretamente um vídeo da EBC, que também utilizava imagens das comemorações do Bicentenário. Esse vídeo foi deletado do YouTube.

Em uma nova decisão nesta quarta-feira, 21 de setembro, o corregedor determinou que as próprias plataformas retirem diversos vídeos de Bolsonaro nos atos do Bicentenário. A liminar cita diretamente as redes Facebook, Instagram, Kwai, Twitter e LinkedIn. O Google e o YouTube não foram citados nessa decisão.

Os 71 anúncios somados tiveram cerca de 90 milhões de exibições. Três vídeos empataram entre os mais vistos, com 10 milhões de visualizações cada um. Entre eles, um vídeo de Michelle Bolsonaro falando sobre a transposição do Rio São Francisco, falas antigas de Geraldo Alckmin sobre o ex-presidente Lula e uma peça genérica de Bolsonaro cumprimentando apoiadores com a narração “o homem certo, na hora certa”.

São Paulo foi o estado com o maior gasto nas publicidades, totalizando R$ 301 mil entre as duas semanas analisadas. Isso é mais do que o dobro do segundo colocado, Minas Gerais, que teve um total de R$ 125 mil.

Do R$1,37 milhão gasto com os anúncios nesse período, R$ 1,01 milhão foi destinado à produção de vídeos, sendo 73,9% do total. Os outros R$ 359 mil foram usados em anúncios que rodaram em texto.

PL gastou mais de R$ 40 mil no Facebook com campanha sobre 7 de setembro
Os atos do Bicentenário da Independência não foram explorados apenas pela campanha de Bolsonaro no Google. A Pública encontrou seis anúncios patrocinados pelo Partido Liberal (PL) nas redes do Facebook e Instagram que exploram imagens das manifestações a partir do dia 7 de setembro.

Ao todo, o partido gastou entre R$ 43 mil e R$ 51 mil para impulsionar os seis conteúdos. Elas geraram pelo menos 2,9 milhões de impressões para usuários do Facebook e Instagram.

Anúncio patrocinado pelo PL nas redes / Reprodução

Anúncio patrocinado pelo PL nas redes / Reprodução

O anúncio no qual o PL gastou mais dinheiro foi uma postagem que pede que as pessoas “enviem um vídeo para o presidente” e “grave o seu pequeno cantando o hino nacional”. A postagem é acompanhada do seguinte texto: “É hora de mostrar todo o seu patriotismo! Junte a família e grave seu vídeo neste #7deSetembro #ÉJairouJáEra #Bolsonaro2022”.

Somente neste vídeo, o PL gastou entre R$ 20 mil a R$ 25 mil em patrocínio. O conteúdo gerou mais de 1 milhão de impressões.

A Pública mostrou como a hashtag #7deSetembro foi levantada por perfis bolsonaristas durante o dia do Bicentenário para comemorar os atos e criticar pesquisas eleitorais.

Em outro conteúdo impulsionado, o PL utiliza uma imagem de Bolsonaro ao lado de Michelle no Rolls-Royce oficial dos presidentes brasileiros. Na imagem, o partido escreveu “7 de setembro, é Jair ou já era”. Esse anúncio custou entre R$ 350 mil a R$ 400 mil e gerou entre 350 mil a 400 mil impressões.

 

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Redes bolsonaristas usam Lula, PT e religião na convocação para o 7 de setembro https://canalmynews.com.br/politica/redes-bolsonaristas-usam-lula-pt-e-religiao-na-convocacao-para-o-7-de-setembro/ Tue, 06 Sep 2022 15:18:36 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33546 Ataques ao ministro Alexandre de Moraes e ao STF em 2021 agora miram em Lula; bolsonaristas criticam esquema de segurança para atos e tentam promover governo

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Saem as ameaças ao ministro Alexandre de Moraes e entram em cena os ataques contra Lula e o PT. Os pedidos aos caminhoneiros para parar o Brasil dão lugar a conteúdos religiosos. E as críticas sobre as restrições durante a pandemia, aos governadores e ao STF são agora ultrapassadas pelos elogios ao governo federal, ao auxílio emergencial e à comemoração de índices econômicos.

Essas são algumas das diferenças entre as convocações nas redes bolsonaristas para as manifestações de 7 de setembro de 2021 e as deste ano. Em comum, além do protagonismo do presidente Jair Bolsonaro, as duas datas usam um mote parecido: essa é uma chance (a última, agora em 2022) para que patriotas defendam sua liberdade contra os chamados inimigos da nação.

Para chegar a essas conclusões, a Agência Pública analisou as postagens relacionadas aos atos com maior engajamento no Facebook no período de agosto e setembro dos dois anos. Também analisamos todos os tweets nos mesmos períodos feitos por Jair Bolsonaro (PL) e seus três filhos com cargos parlamentares: Flávio, Carlos e Eduardo. A reportagem também consultou grupos bolsonaristas no Telegram que convocaram pelos atos.

Presidente Bolsonaro lidera engajamento para os atos

Bolsonaro não está apenas à frente das convocações pelos atos de 7 de setembro — ele é uma das vozes com maior engajamento nas redes a divulgar as manifestações. É dele um dos tweets mais populares no período de agosto a setembro deste ano, que chama os brasileiros a defenderem a sua liberdade. Apenas esse tweet teve quase 20 mil compartilhamentos.

Segundo a reportagem apurou, o presidente e seus filhos têm estado bastante ativos no Twitter nas vésperas dos atos. Ao todo, os quatro fizeram 2.167 tweets desde agosto que, além de convocarem para o 7 de setembro, tratam de outros assuntos de interesse à campanha do presidente — como críticas à condução da sua entrevista ao Jornal Nacional, no dia 22 de agosto.

Em comparação, no mesmo período de 2021, os quatro fizeram bem menos postagens no Twitter: 566. Na época, o mais ativo dos quatro foi Eduardo Bolsonaro. Neste ano, é Carlos quem está na frente.

A Pública também analisou algumas das palavras mais usadas pelos quatro nas postagens anteriores aos dois 7 de setembro. Em 2021, apareciam como destaque citações a Alexandre de Moraes, Polícia Federal, TSE, CPI da Pandemia, inquérito das Fake News, dentre outros.

Já neste ano, dentre os termos mais usados está Lula, o PT e outras referências ao candidato (como a palavra presidiário). O principal adversário de Bolsonaro é citado sempre em contexto negativos. Um dos tweets do presidente, por exemplo, associa o petista a aborto, drogas e ideologia de gênero, criticando o seu posicionamento sobre esses temas.

Além das críticas a Lula, outros termos mais frequentes são de apoio a ações do governo como o auxílio Brasil, e questões econômicas como o preço dos combustíveis, que são usados pelos bolsonaristas para defender o governo e convocar para os atos.

Bolsonaristas, Jovem Pan e vigília religiosa dominam 7 de setembro no Facebook

No Facebook, as postagens com maior engajamento em 2021 relacionadas aos atos foram publicações que convocavam a participação nas manifestações. A mais visualizada dentre elas, com mais de 4,2 milhões de visualizações, foi um vídeo da chamada “Frente Brasileira Conservadora” em defesa do cantor Sérgio Reis. Na época, ele foi alvo de mandados de busca e apreensão do Supremo Tribunal Federal após a circulação de um áudio no qual ele afirmou que iriam “invadir [o STF], quebrar tudo e tirar os caras na marra”. O segundo vídeo mais visto no ano passado foi uma convocação de caminhoneiros do Espírito Santo para o ato.

Já neste ano, a postagem com mais visualizações no Facebook relacionada ao 7 de setembro é da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ela compartilhou um vídeo editado da Jovem Pan na qual comentaristas da emissora criticam medidas de segurança para as manifestações e as associam a uma ditadura. O vídeo teve mais de 635 mil visualizações. Na postagem, além de fazer propaganda do seu número nas urnas para si, ela também divulga os números de Jair Bolsonaro, do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil e candidato ao Senado Marcos Pontes.

A Jovem Pan tem destaque nas convocações para os atos. Segundo a reportagem apurou, vídeos e menções à emissora estão em três dos conteúdos com maior performance no Facebook que citam o 7 de setembro neste ano, entre agosto e setembro. No mesmo período, Bolsonaro e os filhos citaram a emissora mais de 20 vezes no Twitter.

Além disso, se em 2021 os conteúdos mais populares que convocaram para o 7 de setembro envolviam as manifestações de caminhoneiros, em 2022 conteúdos religiosos ganham destaque.

Uma das publicações com mais visualizações é um vídeo da atriz Cassia Kis, que convoca católicos para uma vigília no dia dos atos, segundo ela, para que Nossa Senhora da Conceição Aparecida “mais uma vez tome as rédeas da nossa história e nos livre dos males que ameaçam o Brasil”. O vídeo foi compartilhado por páginas bolsonaristas que o associaram às manifestações a favor do presidente. O vídeo também foi compartilhado por Eduardo Bolsonaro, o ex-secretário de cultura e candidato Mario Frias e a deputada federal Bia Kicis — apenas um dos compartilhamentos da deputada teve mais de 133 mil visualizações. Segundo reportagem da Folha, a atriz afirmou que não autorizou o uso político do vídeo.

 

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Candidatos religiosos declararam patrimônio milionário nas eleições https://canalmynews.com.br/politica/candidatos-religiosos-declararam-patrimonio-milionario-nas-eleicoes/ Wed, 17 Aug 2022 11:42:27 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=33052 Juntos, 36 postulantes que usam títulos religiosos declararam mais de R$ 79 milhões em bens. Lista de milionários inclui aliados de Bolsonaro, como o pastor Marco Feliciano (PL-SP).

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selo agência pública

Nestas eleições, ao menos 640 candidatas e candidatos usarão títulos religiosos nas urnas. Desses, ao menos 36 declararam patrimônio milionário ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São pastores, pastoras, bispos, irmãos, apóstolos, padres e missionários que juntos somam quase R$ 79 milhões em bens.

A maioria dos nomes com títulos religiosos utilizam termos cristãos. O destaque é dos evangélicos. Somente pastores são 393. Há ainda 81 pastoras candidatas. Também aparecem bispos e bispas (53), missionários e missionárias (53), reverendos (2), apóstolos (4), padres (13), pais e mães de santo (27). Comuns no meio cristão, os termos ‘irmão’ e ‘irmã’ são usados por 150 postulantes.

Os partidos que concentram maior quantidade de candidatos/candidatas que usam nomes ligados à religião são Partido Trabalhista Brasileiro – PTB (49), Partido Social Cristão – PSC (44), Republicanos (44), Democracia Cristã (40), Patriota (38) e Partido Liberal – PL (37), sendo o último a legenda do presidente Jair Bolsonaro.

Em 2018, 579 postulantes usaram nomes ligados à religião, Contudo, nem sempre os que usam títulos religiosos assumem o sacerdócio como profissão. Segundo o TSE, 112 candidatos/candidatas declararam como principal ocupação “sacerdotes, membros de ordem ou de seita religiosas” este ano. Em 2018 eram 120. Entre os nomes na disputa deste ano, 59 se autodeclararam pretos e pardos. Apenas 26 são do sexo feminino.

Parte das candidaturas de lideranças religiosas não são fáceis de identificar. Há os que não usam títulos eclesiásticos no nome de urna, nem declararam o sacerdócio como principal ocupação para o TSE. É o caso de Damares Alves, candidata ao Senado Federal pelo Republicanos e ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Bolsonaro. Embora também seja pastora, Damares se registrou como advogada. Ela declarou R$ 525 mil em bens, incluindo um apartamento de R$ 525 mil e uma caderneta de poupança no valor de R$ 32,06.

Mais ricos 

O candidato com o maior valor em bens declarados é Guaracy Batista da Silveira, que se apresentará nas urnas como Bispo Guaracy (Avante-TO). Liderança da igreja evangélica do Evangelho Quadrangular, o religioso é candidato ao Senado e possui, segundo dados do TSE, mais de R$ 7,7 milhões de patrimônio. A lista de bens declarados inclui 16 terrenos e três casas. Desde a sua primeira eleição, em 2006, quando concorreu a deputado estadual, o patrimônio dele cresceu mais de 20%. Eleito segundo suplente da senadora Kátia Abreu (PP), em 2014, o Bispo Guaracy assumiu o cargo durante a licença eleitoral da titular, em 5 de agosto deste ano.

candidatos religiosos

Bispo Guaracy (Avante-TO), liderança da igreja evangélica. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Gilmar da Silva Ribeiro, conhecido como Irmão Ribeiro, é o segundo candidato religioso com maior patrimônio. O empresário concorre a deputado federal no Amazonas pelo Agir. No intervalo de oito anos, desde sua primeira disputa eleitoral como suplente em 2014, o patrimônio do Irmão Ribeiro aumentou mais de cem vezes, passando de uma casa de R$ 50 mil para R$ 6,3 milhões em bens, incluindo dois terrenos de R$ 3 milhões cada.

No terceiro lugar entre os religiosos milionários candidatos está o pastor Marco Feliciano, que tenta reeleição ao cargo de deputado federal pelo PL-SP. Desde sua primeira disputa eleitoral, quando foi eleito em 2010, o patrimônio do deputado, que é um dos principais aliados do governo Bolsonaro, cresceu de R$ 634,8 mil para mais de R$ 4,7 milhões este ano, entre terrenos, imóveis e outros bens.

Com a redução na transparência do patrimônio dos candidatos na base de dados do TSE, não é mais possível saber com exatidão informações dos bens ou localização dos imóveis.

Grandes templos 

Na lista de milionários também estão o apóstolo Luiz Henrique Castelo Lima e a bispa Vanessa Castelo Lima. Enquanto ele busca a reeleição como deputado estadual filiado ao Republicanos do Ceará, a esposa, Vanessa, concorre pela primeira vez ao cargo de deputada federal pelo mesmo partido. Ao TSE o casal evangélico declarou, respectivamente, R$ 2,7 e R$ 1,9 milhões. O patrimônio envolve uma casa avaliada em pouco mais de R$ 1 milhão e um terreno de R$ 910,5 mil no nome de ambos, além de um veículo no valor de R$ 859 mil pertencente ao apóstolo.

candidatos religiosos

Apóstolo Luiz Henrique Castelo Lima e sua esposa Vanessa Castelo declararam patrimônio de milhões. Foto: Reprodução Instagram

O apóstolo Luiz está à frente da Igreja do Senhor Jesus, uma mega congregação que comporta 25 mil fiéis. O espaço fundado em 2006 é apresentado como “o maior templo cristão do Norte-Nordeste”. Além do templo religioso, o casal divide, em sociedade, o Projeto Instituto Nobre, instituição beneficente ligada à Igreja Senhor Jesus, que atende dependentes químicos; uma agência de turismo direcionada especialmente para caravanas religiosas a Israel; uma empresa de comércio comércio de perfumes e uma federação de Kickboxing. Todos os negócios são sediados em Fortaleza e estão registrados apenas no nome de Luiz Henrique.

No Maranhão, José Alves Cavalcante, o pastor Cavalcante, líder da Comadesma (Convenção dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus), declarou R$ 2,8 milhões em bens. A convenção é ligada à CADB (Convenção da Assembleia de Deus no Brasil), uma das maiores denominações pentecostais no Brasil. O presidente Bolsonaro já participou de eventos da Comadesma, à convite do pastor Cavalcante. Em julho, ele abriu uma convenção da entidade com participação de ministros evangélicos de todo o país.

Metodologia

1. Utilizamos as listas de candidatos e de bens de candidatos das eleições de 2022 disponibilizadas pelo TSE conforme atualização de 16 de agosto, às 11h. Fonte: https://dadosabertos.tse.jus.br/dataset/candidatos-2022

2. Utilizamos também as mesmas listas referentes às eleições de 2018. Fonte: https://dadosabertos.tse.jus.br/dataset/candidatos-2018

3. Consideramos como candidatos religiosos aqueles que usam nome de urna com termo como apóstola, apóstolo, babalorixá, bispa, bispo, irmã, irmão, mãe, pai, missionária, missionário, padre, pai, pastor, pastora, presbítero, profeta, reverendo, yalorixá.

*Reportagem originalmente publicada na Agência Pública

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