Tudo parecia transcorrer dentro do esperado até que Pablo Marçal (PRTB) decidiu provocar José Luiz Datena (PSDB) com a frase “você não é homem”. Em resposta, Datena demonstrou que, para ele, as palavras não bastavam: pegou uma cadeira e a arremessou contra Marçal. Isso mesmo, uma verdadeira cena de filme — ou melhor, de baile. Nesse ponto, o apresentador, Leão Serva, ficou sem reação e chamou o intervalo. Na sequência, os espectadores foram brindados com uma orquestra que tocava calmamente, como se nada estivesse acontecendo nos bastidores.

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Quando o debate voltou ao ar, Datena já havia sido expulso e Marçal já havia deixado o debate por vontade própria, alegando mal-estar. O que deveria ser um espaço para o eleitor conhecer as propostas dos candidatos terminou como o Baile da Gabriela, só que em vez de chinelada, tivemos uma cadeirada ao vivo.

Essa situação me trouxe uma comparação inevitável. Na música, a banda descreve um baile animado que termina em confusão, com chinelas voando e o evento acabando na bagunça. Ontem, o debate também seguiu esse ritmo: começou com provocações, mas terminou de maneira vergonhosa, sem que nenhuma proposta relevante para a cidade de São Paulo fosse discutida.

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Enquanto o Baile da Gabriela era motivo de risadas e diversão, o “baile” da TV Cultura só nos fez sentir vergonha. Não estamos mais discutindo as soluções necessárias para os problemas da cidade, como transporte, saúde, moradia ou educação. Em vez disso, testemunhamos o espetáculo de egos inflados e uma completa falta de respeito ao eleitor.

É triste perceber que, assim como o baile da música, o debate de ontem acabou mal. Se antes a confusão terminava em chineladas, agora termina com cadeiradas. O que deveria ser uma oportunidade para os candidatos apresentarem suas ideias se transformou em mais um momento lamentável da política brasileira. Embora o texto tenha um tom de humor, a realidade é bem mais triste do que qualquer piada. São Paulo merece mais, e nós, eleitores, também.

Marçal recebe alta do hospital: saiba qual foi a nota oficial sobre cadeirada e a fala de Datena:

***Elias Tavares é cientista político e membro do Canal MyNews***

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Assistimos a um espetáculo de ataques pessoais e acusações. Marçal foi advertido por palavrão. Datena e Marçal tiveram uma troca acalorada de acusações, que continuou até mesmo após o encerramento do debate. Entre insinuações sobre ligações com o PCC e acusações de conduta imprópria, o debate se transformou em um palco de agressões verbais e confrontos, com muito pouco espaço para discussões construtivas sobre os desafios que a cidade enfrenta.

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Nesse cenário, cabe a nós, eleitores, refletir sobre o que realmente queremos para São Paulo. Precisamos exigir mais dos candidatos, não nos contentando com a baixaria e a falta de propostas claras. A eleição de 2024 ainda pode ser salva, mas essa salvação depende exclusivamente de uma reação contundente do eleitorado. Precisamos demonstrar, nas próximas pesquisas e, principalmente, nas urnas, que não aceitamos esse tipo de comportamento e que exigimos um debate sério sobre o futuro da nossa cidade.

Parabenizo a TV Gazeta e o MyNews pela condução do debate e pela cobertura online que foi feita em paralelo. Apesar do ambiente difícil, garantiram que tudo ocorresse dentro das regras, proporcionando uma arena de debate que, infelizmente, acabou sendo desperdiçada por alguns candidatos. No fim, apenas o eleitor de São Paulo pode mudar o rumo dessa eleição e exigir o debate que realmente importa.

Veja avaliação de debate que teve tudo: apelidos, ataques, deboche e clima de baixaria e tensão:

***Elias Tavares é cientista político e membro do Canal MyNews***

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Embora as regras sejam rígidas, com advertências claras e a possibilidade de expulsão para quem não as respeitar, o clima entre os candidatos está acirrado, e não há garantias de que o debate será apenas focado em propostas. As últimas semanas mostraram uma escalada de agressividade nas redes sociais dos candidatos, o que indica que teremos momentos de tensão e enfrentamentos diretos no palco.

Com o início do horário eleitoral gratuito, que começou na sexta-feira (30), todas as estratégias de campanha já estão em plena execução. Este debate, portanto, se configura como um momento crucial para os eleitores, que esperam não apenas ouvir propostas, mas também ver como os candidatos se comportam sob pressão.

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Os olhos estarão voltados para o confronto entre Guilherme Boulos, Tabata Amaral e Pablo Marçal, que já demonstraram estar prontos para debates acalorados. Além disso, a postura do atual prefeito, Ricardo Nunes, será observada de perto, especialmente por ele estar no cargo e, consequentemente, mais exposto às críticas como gestor. A performance de José Luiz Datena, que até agora tem mantido uma postura mais discreta no processo eleitoral, também será um ponto de interesse.

Apesar das regras que proíbem movimentação excessiva e o uso de objetos no palco, o que se espera é um debate com “vale-tudo” político, em que as acusações e defesas poderão surgir a qualquer momento. Teremos um debate mais qualificado, com foco nas propostas, mas certamente não será apático. Os ânimos estão exaltados e, mesmo com segurança reforçada e regras definidas, a emoção estará presente.

Portanto, o debate deste domingo se configura como um dos momentos mais aguardados desta eleição. Com a presença garantida de todos os candidatos, uma estrutura preparada para manter a ordem e a participação ativa do público, o evento organizado pela TV Gazeta e pelo MyNews promete ser intenso, trazendo ao público um confronto que equilibra propostas com a realidade acirrada da política paulistana.

Imperdível: candidatos confirmam participação em debate MyNews/TV Gazeta após ausência na Veja por estilo de Marçal:

***Elias Tavares é cientista político e membro do Canal MyNews***

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