Além de apoiadores, o passeio contou com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Sem máscara, o general ficou ao lado de Bolsonaro em um carro de som estacionado no Aterro do Flamengo, onde o ato foi encerrado.

Estiveram presentes também os deputados federais pelo Rio de Janeiro Carlos Jordy e Hélio Lopes. Ambos são filiados ao PSL, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito presidente.

A prefeitura do Rio estimou que participariam do evento de 10 mil a 15 mil pessoas, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo. No início da tarde, o presidente publicou um vídeo do evento nas redes sociais:

Vídeo publicado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria:

Flávio Dino e Jair Bolsonaro

O passeio de moto no Rio de Janeiro e ocorre dias após o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), ter autuado Bolsonaro por descumprimento de protocolos sanitários. Na última quinta-feira (20), o presidente gerou aglomeração durante uma entrega de títulos de propriedade rural em Açailândia, a 560 km de São Luís.

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Na agenda, durante a passagem de Bolsonaro pelo estado, estava a entrega de títulos de propriedade rural em Açailândia, a 560 km de São Luís, que ocorreu na quinta (20). Havia mais de 100 pessoas no Parque de Exposições José Egídio Quintal Filho, que cumprimentaram o presidente na sua chegada e não respeitaram regras de distanciamento.

Bolsonaro não usou máscara, e a organização do evento confirmou que o uso era obrigatório e um dos critérios estabelecidos para a entrada de convidados.

Nas redes sociais, não faltaram críticas ao presidente – sobretudo pelo fato da aglomeração acontecer um dia após o anúncio do estado do Maranhão confirmar os primeiros casos da cepa indiana da covid-19 no Brasil. Os seis infectados são tripulantes de um navio que atracou no litoral maranhense.

O governador Flávio Dino (PCdoB) respondeu ao descumprimento dos protocolos sanitários por Bolsonaro com uma multa. O auto de infração foi emitido pela Vigilância Sanitária do Maranhão. O presidente responderá em um processo administrativo e terá até 15 dias para apresentar sua defesa à pasta. A multa pode ir de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.

Enquanto Bolsonaro usou o palanque do estado governado por Dino para chamá-lo de “gordinho ditador”, o governador usou o Twitter para responder, encerrando com a frase: “A lei é para todos”.

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Os ministros palacianos tiveram uma conversa com Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e pediram para os dois segurarem um pouco a agenda de entregas. As viagens com cerimônias abertas estavam favorecendo aglomerações e, segundo mostram pesquisas internas, pegando mal com o eleitorado.

Com isso, o governo vai intensificar ações de comunicação para não deixar a impressão de que está parado. Essa semana, pela primeira vez, a Secretaria de Comunicação da Presidência fez uma reunião de coordenação com as assessorias de outros ministérios para fazer uma divulgação conjunta e mais ampla de ações.

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