Antes do evento, Raoni, de 93 anos, discursou e pregou a paz. Alok usou a tribuna da Câmara e contou que sua conexão com os indígenas começou em 2014, quando foi a uma aldeia no coração da Amazônia. O DJ disse que até então tinha uma visão “muito distorcida do como era a cultura indígena”. “Lá, eu aprendi que não há cultura mais ou menos desenvolvida, o que existe são valores objetivos diferentes e um conhecimento muito valioso para a cocriação do nosso futuro. Além disso, enquanto eu estava fazendo música para funcionar no ‘top 10’, eles estavam fazendo música para curar”.

“Me lembro muito que em 2021 a gente estava lá no Acampamento Terra Livre. Eu lembro muito bem que vocês gritavam para serem ouvidos e hoje vocês estão aqui no Congresso Nacional e que isso sirva para que os representantes e os principais partidos olhem esse assunto de uma forma séria. Além disso, também faço um apelo para que o governo não se esqueça que o orçamento para o Ministério dos Povos Indígenas é essencial para manter a lula”, afirmou o DJ e produtor musical.

A 19ª Edição do Acampamento Terra Livre começou hoje em Brasília e vai até 28 de abril. Nesta edição, o lema do movimento é “O futuro indígena é hoje, sem demarcação não há democracia!”. São esperados mais de 6 mil indígenas na capital federal. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e a presidente da FUNAI, a ex-deputada Joenia Wapichana também marcaram presença no evento na Câmara. Além da sessão solene, foi lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas. A frente será coordenada pela deputada Célia Xakriabá (Psol-MG).

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