Arquivos câncer - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/cancer/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Wed, 18 Dec 2024 19:28:40 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Rússia anuncia distribuição gratuita de vacina contra o câncer para 2025 https://canalmynews.com.br/noticias/russia-anuncia-distribuicao-gratuita-de-vacina-contra-o-cancer-para-2025/ Wed, 18 Dec 2024 19:28:40 +0000 https://localhost:8000/?p=49483 Segundo agência russa de notícias, ensaio pré-clínicos demonstraram que imunizante suprime o desenvolvimento de tumores e de potenciais metástases

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O governo da Rússia anunciou esta semana que desenvolveu uma vacina contra o câncer. A previsão é que o imunizante comece a ser distribuído gratuitamente para pacientes a partir do início de 2025.

De acordo com a agência russa de notícias, a vacina contra o câncer foi desenvolvida em colaboração com diversos centros de pesquisa. Ensaio pré-clínicos demonstraram que a dose suprime o desenvolvimento de tumores e de potenciais metástases.

O Centro Nacional de Pesquisa Médica do Ministério da Saúde russo informou que trabalha com duas linhas de vacinas oncológicas. Uma delas é uma vacina personalizada que utiliza tecnologia mRNA, a mesma utilizada em doses contra a covid-19.

“Com base na análise genética do tumor de cada paciente, uma vacina única é criada para ‘ensinar’ o sistema imunológico a reconhecer células cancerígenas”, detalhou o centro de pesquisa russo.

O segundo imunizante é a Enteromix, formulada com base numa combinação de quatro vírus não-patogênicos que têm a habilidade de destruir células malignas e, simultaneamente, ativar a imunidade de pacientes contra um tumor.

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de quarta-feira (18):

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Com câncer e sem plano de saúde https://canalmynews.com.br/mynews-previdencia/com-cancer-e-sem-plano-de-saude/ Wed, 19 Jun 2024 01:08:58 +0000 https://localhost:8000/?p=43979 Há quatro meses descobri um tumor e quinze dias antes da cirurgia soube que a seguradora havia cancelado unilateralmente meu contrato

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Há cerca de sete meses estava realizando exames de rotina, daqueles que fazemos todo ano ou pelo menos deveríamos fazer. Foi quando o cardiologista pediu, além dos exames tradicionais, um exame de ultrassonografia do abdômen total. Após a realização do exame veio um diagnóstico que havia uma massa no rim do lado direito e que merecia ser investigado por um especialista. Sem dar muita importância deixei passar quase três meses, até procurar um urologista, conforme recomendação, pois vieram as férias e na verdade não dei a importância que deveria ter dado. Esta é a história de como descobri que estava com câncer e sem plano de saúde.

Em fevereiro já de volta das férias fui procurar então um urologista para realizar o exame de tomografia, o que era mais recomendado para esse caso. Usuário de um plano de saúde há mais de três anos e com os pagamentos em dia, não me preocupei, pois sabia que qual fosse o resultado eu estaria coberto. Afinal, já tinha o plano há anos e não havia mais nenhum tipo de carência.

Ao levar o resultado para análise do médico, ele, após olhar e revisar o exame, virou e disse com a maior naturalidade do mundo, que eu  estava com um tumor no rim direito e tendo em vista o tamanho do tumor, cerca de dez centímetros, teria que realizar um procedimento chamado NEFRECTOMIA RADICAL DO  RIM DIREITO. Naquele momento o chão se abriu aos meus pés. Que forma mais esquisita de se descobrir que o que tinha era um CÂNCER e dos grandes, no rim, pior, como trazer esta noticia para a família?

Mas tenho uma mulher guerreira e parceira e com certeza iríamos enfrentar isso juntos e sair vitoriosos.

De início me deu um medo muito grande, mas com o apoio da família e amigos segui em frente, afinal o que julgava mais importante é que estaria coberto pelo plano de saúde. Rapidamente fui realizando todos os exames pertinentes, pois estava lutando contra o tempo. Não consultei apenas um especialista, foram vários, pois queria ouvir outras opiniões e lamentavelmente o diagnóstico era o mesmo: cirurgia para retirada do rim.

Após realizar todos os exames solicitados, quando faltava apenas um exame para reunir todos que se faziam necessários, estava no laboratório quando descobri que ele não estava sendo autorizado, pois o plano de saúde com o qual eu achava que não deveria me preocupar , havia sido ROMPIDO UNILATERALMENTE. Sem entender de início o que estava acontecendo realizei e paguei pelo exame, afinal só faltava um e o que é pior, já havia decidido pelo médico, pelo hospital onde iria realizar a cirurgia e já possuía a autorização para a realização do procedimento.

No entanto, faltando apenas quinze dias para a cirurgia descobri que pela rescisão UNILATERAL não poderia fazer o procedimento médico. A notícia caiu feito uma bomba em meu colo, arrisco dizer que ainda pior que a descoberta do câncer. Eu estava com câncer e sem plano de saúde.

É bom que fique claro, não havia histórico de atrasos, pois sempre priorizei o pagamento por entender quão é importante a cobertura do plano de saúde em nosso pais . 

Sem entender a razão  fui procurar o motivo da rescisão e tentar de toda forma reverter, afinal já era um procedimento autorizado e já tinha sido emitida uma guia de autorização para a cirurgia. Após procurar o plano para saber qual o motivo, recebi a seguinte resposta: “ SENHOR FOI ENVIADO UM E-MAIL  DIA 31/01 QUE O PLANO ESTARIA SUSPENSO EM 60 DIAS “.  Ao procurar o e-mail não o localizei em lugar nenhum, devo esclarecer que o plano do qual eu fazia parte era corporativo, em nome da empresa de minha mulher, da qual eu era dependente e também responsável financeiro. Desde o início do relacionamento com o plano, toda comunicação era feita por anos num email que cadastrei. Mas quando mandaram esse comunicado foi através de um email que nunca havia sido usado para nenhuma outra comunicação entre mim e o plano . 

De repente o mundo caiu na minha cabeça, afinal a maior segurança e certeza que tinha era saber que, apesar de descobrir uma doença muito grave, tinha um plano de saúde e me ver sem ele fez com que o mundo literalmente desabasse. E agora que caminho seguir ?

 A primeira providência foi procurar a justiça, certo de que seria atendido no menor tempo possível, afinal tratava-se de uma doença grave. Fui pego pela burocracia da justiça e meu caso ainda está em andamento.

Sendo funcionário publico do Estado de São Paulo, tenho direito ao Iamspe, o qual pago há 35 anos sem ter usado sequer uma vez.  Fui aconselhado a procurar o sistema. Descobri que todos os que buscaram atendimento e conseguiram só falavam bem e elogiavam como sendo uma das melhores instituições de saúde da São Paulo e com os melhores profissionais do ramo. O único problema, diziam, é a fila para ser atendido . 

Mas Deus é tão misericordioso que não me desamparou e no momento mais difícil da minha vida consegui ser atendido não na velocidade que minha angústia, medo e ansiedade desejavam, mas me inseri no sistema e comecei a ter meu caso tratado por lá a tempo de salvar minha vida.

No último dia 10 de junho fui finalmente operado, exatos 78 dias após a data que o convênio havia me autrizado a fazer o procedimento e cancelado às vésperas. Consegui minha tão sonhada cirurgia com um dos maiores especialistas no mundo nesta área que atende nos mais renomados hospitais de São Paulo e também no hospital do Servidor Público. 

Posso dizer com todas as letras que realmente ali estão os melhores profissionais de saúde do Brasil, quiçá do mundo, pois mesmo com as dificuldades que eles enfrentam, como falta de estrutura e excesso de demanda, fazem um trabalho de excelência.

Já na sala de cirurgia, a última coisa que me lembro foram as palavras do cirurgião chefe da equie: “Olha rapaz fique tranquilo que nós vamos fazer o melhor e você vai se livrar disso”. 

Falou isso me olhando nos olhos e me transmitiu uma segurança e tranquilidade que me fez passar por esta experiência com uma paz e confiança que talvez nunca consiga agradecer o suficiente ao Dr Renato Panhoca, o chefe da equipe.

 

Fui operado na manhã de uma segunda feira pela equipe do Dr. Renato Panhoca, não sei quantas horas me foram dedicadas nessa cirurgia, mas minha mulher disse que foram muitas. Lembro de ter acordado por volta das oito da noite na uti, onde ainda estava entubado, grogue e sem entender muito bem onde estava.  Tão logo recobrei  consciência passei a interagir com os funcionários que me assistiam, e todos diziam como eu havia chegado em um estado muito grave e sim correndo risco de morte, mas que a cirurgia havia sido um sucesso. Eu não tinha a menor noção do quão grave era minha situação, afinal passei por todo esse processo até o dia da cirurgia sem um sintoma sequer, nenhuma dor ou sinal de que minha real situação era tão grave . 

Não tive mais contato com Dr Panhoca, mas fui assistido pelo Dr. Lucas que também participou da equipe na cirurgia. 

Dia 15 de junho tive alta e após receber um tratamento fantástico por toda equipe de enfermemagem no andar em que me encontrava, o Dr. Leandro, outro integrante da equipe cirúrgica, que estava de plantão ao me dar alta, me perguntou se eu soube como foi a minha cirurgia. Disse-lhe que não sabia dos detalhes.

Ele contou que a minha cirurgia foi uma obra prima e que poucos médicos teriam tido a coragem e competência de realizar uma cirurgia tão complexa e difícil por videolaparoscopia. Disse que o comprometimento do tumor no meu rim estava tão grande que qualquer descuido poderia ter sido fatal. Não contive a emoção e caí em lágrimas, SENTIDO QUE DEUS me guiou até as mãos dessa equipe fantástica. 

E pensei: Por que mesmo eu fiquei tão assustado de ter perdido o plano de saúde? Será que teria conseguido ter acesso a uma equipe tão espetacular? Será que o Plano teria liberado todos os procedimentos e exames que foram necessários? Afinal, por que raios temos tanto medo do serviço público? Pois respondo: a fila. A fila mete medo e por isso temos que zelar para que o sistema público de saúde receba os recursos necessários para atender a população.

Ainda passado dois dias desde o meu retorno pra casa me pego em algum canto lembrando desse livramento, e não consigo segurar  a emoção que vem a cabeça quando penso que poderia não estar mais entre as pessoas que amo tanto. 

OBRIGADO MEU DEUS POR DAR MAIS UMA OPORTUNIDADE DE PERMANCER NESSE PLANO 

OBRIGADO DR RENATO PQNHOCA E TODA SUA EQUIPE QUE FIZERAM A VONTAQDE DE DEUS A AGIRAM SOB SEU COMANDO ME TRAZENDO A VIDA MAIS UMA Vez

OBRIGADO A MINHA MULHER MARCIA QUE NUNCA ME ABANDONOU E SEMPRE ACREDITOU QUE TUDO IA DAR CERTO 

E OBRIGADO AOS MEUS FAMILIARES , AMIGOS E COLEGAS QUE TANTO ME APOIARAM . 

 

*Jorge Miranda tem 56 anos de idade e era fumante até descobrir o câncer

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Lula pede que homens “criem juízo” e façam exame de próstata https://canalmynews.com.br/brasil/lula-pede-que-homens-criem-juizo-e-facam-exame-de-prostata/ Tue, 07 Nov 2023 16:15:26 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41088 “E é muito importante que faça [o toque] porque muito pior do que o médico dar um toque é você descobrir que está com câncer e morrer", diz presidente

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Ao comentar a campanha Novembro Azul – de conscientização sobre doenças masculinas com ênfase no câncer de próstata –, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos homens que “criem juízo” e façam exames preventivos.

“Todo homem que se preza, todo homem que se respeita, todo homem que respeita a família, que gosta da família, que gosta da sua mulher, que gosta dos seus filhos, que gosta do seu pai e da sua mãe, que gosta dele próprio e da sua vida precisa criar juízo e fazer exame de próstata”.

Em seu programa semanal Conversa com o Presidente, Lula lembrou que há diversos tipos de exames preventivos contra o câncer de próstata, mas que o chamado exame de toque retal segue como o que mais causa resistência na população masculina.

“E é muito importante que faça [o toque] porque muito pior do que o médico dar um toque é você descobrir que está com câncer e morrer por conta de uma doença que você poderia curar”.

“Os homens precisam criar coragem. Se ele tem medo de levar o toque do médico, ele pergunta para sua mulher quantos toques ela leva na vida quando vai ao médico. E sai a mesma mulher que entrou. Morre muita gente por conta do câncer de próstata e você pode evitar isso com um pouquinho de coragem. Seja homem, faça o exame de próstata para que você viva muito mais e cuide da sua família.”

Câncer de próstata
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais incidente na população masculina em todas as regiões do país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Atualmente, é a segunda causa de óbito por câncer nesse público. Para o triênio 2023-2025, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que surgirão 71,7 mil novos casos por ano.

O Ministério da Saúde recomenda que os homens estejam alertas a qualquer anormalidade no corpo e procurem o serviço de saúde, o mais breve possível, para garantir o diagnóstico precoce. Entre os principais fatores de risco para o câncer de próstata estão a idade (incidência e mortalidade aumentam após os 60 anos), o histórico familiar (pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos) e a alimentação (sobrepeso e obesidade).

Homens que apresentam alguma alteração suspeita, como dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e sangue na urina, devem procurar uma unidade de saúde.

Assista:

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O adeus, em terra, à rainha: morre a cantora Rita Lee, ícone da música brasileira https://canalmynews.com.br/brasil/morre-a-cantora-rita-lee-icone-da-musica-brasileira/ Tue, 09 May 2023 14:39:05 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37548 Artista enfrentava um câncer no pulmão

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O descanso da matéria para a continuidade da vida. Em plenitudes que não conseguimos decifrar, mas que acalenta o corpo e a mente de quem fica. O adeus, em terra, à rainha.

Morreu, na noite desta segunda-feira (8), a cantora e compositora Rita Lee, ícone da música brasileira que revolucionou o rock nacional. Ela tinha 75 anos de idade e foi diagnosticada com um câncer de pulmão há dois anos, em 2021, e vinha tratando a doença desde então.

Nas redes sociais da artista, a família comunicou o falecimento de Lee. “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, no fim da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou. Nesse momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos”.

Rita Lee (Foto: Roberto de Carvalho)

Amor, palavra que levita até nos momentos mais difíceis da vida, não faltou por parte dos fãs e admiradores da artista. A atriz Alice Wegmann comentou na publicação: “muito amor pela Rita. Obrigada!”. O ator Ícaro Silva escreveu: “Descanse na luz eterna, Rita”. Já o cantor Jhonny Hooker lembrou: “viva a eterna rainha do Rock”.

O velório de Rita Lee será realizado na quarta-feira (10), no Planetário do Parque Ibirapuera, das 10h às 17h. A cerimônia será aberta ao público.

O corpo de Rita Lee será cremado, de acordo com sua vontade, segundo a família. A cerimônia será particular.

 

 

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Outubro + que rosa: mulher deve manter cuidado permanente com a saúde https://canalmynews.com.br/brasil/outubro-que-rosa-mulher-deve-manter-cuidado-permanente-com-a-saude/ Sun, 16 Oct 2022 14:54:16 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34298 Campanha alerta para estarem sempre atentas a qualquer sinal no corpo

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Lançada pela Fundação do Câncer em alusão ao Outubro Rosa, mês da conscientização sobre o câncer de mama, a campanha Outubro + que rosa tem um objetivo maior que é alertar sobre a necessidade de cuidado permanente da saúde por parte das mulheres, e não somente em um período específico do ano.

“A ideia é chamar a atenção das mulheres para cuidarem de sua saúde, porque a questão do câncer de mama em outubro é pontual no mundo todo, para chamar a atenção para o problema, mas não é só isso. É para estar atenta a qualquer sinal do seu corpo, não esquecer de fazer os exames preventivos, manter hábitos saudáveis; enfim, todo um conjunto de coisas que são sempre importantes para a gente lembrar. Por isso é que, na fundação, é sempre Outubro + que rosa, disse  à Agência Brasil o diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni. O slogan da campanha é Valorize a sua saúde, cuide de você.

A atriz e cantora Isabel Fillardis é a embaixadora da campanha. Ela participa de uma série de vídeos veiculados nas redes sociais da Fundação do Câncer, fazendo perguntas relacionadas ao câncer de mama e à saúde da mulher, que são respondidas por Luiz Augusto Maltoni e pelos consultores médicos da instituição, Alfredo Scaff e Flávia Miranda. “Precisamos alertar as mulheres sobre a importância de se cuidar o ano inteiro, mantendo hábitos saudáveis, além de acompanhamento médico”, salientou Isabell.

Sinais e sintomas

A campanha deste ano ressalta a necessidade de não adiar as consultas; fazer os exames preventivos; manter hábitos saudáveis, com destaque para não fumar. Maltoni reafirmou a importância de as mulheres prestarem atenção ao aparecimento de eventuais sinais e sintomas de problemas na mama, como aparecimento de nódulos, secreção anormal pelo mamilo que não seja leite, alterações ou retração na pele da mama. “Enfim, sinais e sintomas que chamam a atenção que alguma coisa não está bem”, reforçou Maltoni.

O diretor executivo da Fundação do Câncer indicou que esses cuidados valem para qualquer idade. A mulher que sente alguma alteração nas mamas tem que procurar um médico do serviço de saúde para investigar, recomendou. Segundo ele, isso é diferente de quando se fala de rastreamento, ou seja, a realização de exame de mamografia como prevenção. Nesse caso, a faixa etária que deve realizar mamografia a cada dois anos vai de 50 a 69 anos, seguida de exame clínico por um profissional de saúde. “Isso é para aquela mulher que não está sentindo nada, não tem nenhum sintoma, nem alteração nas mamas”.

Maltoni informou que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 30% e 40% de todos os cânceres poderiam ser prevenidos ou terem reduzida a incidência de casos novos se as pessoas mantivessem hábitos de vida saudável. Eles incluem uma dieta balanceada e rica em fibras, evitar excessos de carne vermelha, evitar excesso de bebida alcoólica, não fumar, manter atividade física regular, evitar sobrepeso e obesidade. “Todos esses são fatores de risco não só para câncer, mas para outras doenças, especialmente as cardiovasculares”. Fumar, em particular, é considerada pelo cirurgião oncológico “uma catástrofe” para vários tipos de câncer e para várias outras doenças. “Então, a gente reforça e destaca essa questão para a pessoa procurar ajuda”.

Neoplasias

No Brasil, o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer no sexo feminino e constitui a neoplasia mais comum entre as mulheres, sendo menos incidente apenas que o câncer de pele não melanoma. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de aparecimento de mais de 66 mil novos casos de câncer de mama somente em 2022. Outros tipos de câncer mais incidentes nas mulheres são o do colo do útero, com estimativa de 16.700 casos; o colorretal, com 20 mil casos novos; e o câncer de pulmão, que responde por mais de 12 mil casos a cada ano, no triênio 2020-2022, segundo o Inca.

Edição: Maria Claudia

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Outubro Rosa: histórias inspiradoras de mulheres que superaram câncer https://canalmynews.com.br/brasil/outubro-rosa-historias-inspiradoras-de-mulheres-que-superaram-cancer/ Sat, 08 Oct 2022 14:33:32 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34148 Hábitos de vida saudáveis contribuem para a prevenção da doença

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A fisioterapeuta Roberta Perez, especializada na área cardiorrespiratória, tinha a vida profissional com que sonhou, mas às custas do abandono da saúde e do autocuidado, como ela conta. “Estava há anos sem ir ao médico, só me consultava quando caía gripada entre um plantão e outro. Vivia um estresse constante, me alimentava super mal e tinha péssimos hábitos”. 

Mas, ao ler uma publicação na internet, de uma conhecida contando que estava com câncer de mama aos 26 anos, ela ficou assustada. “Decidi que marcaria alguns médicos. Enrolei muito e fazia o autoexame como forma de me sentir menos culpada, mas esse gesto fez toda a diferença na minha vida.”

Um dia ela sentiu um nódulo. “Na mesma hora acendeu o alerta. Procurei um mastologista que, na avaliação, por eu ser jovem e sem histórico familiar, não se preocupou tanto com o caso, mas levou em consideração a minha angústia e pediu uma biópsia. Foi assim que descobri um câncer de mama aos 27 anos.”

Durante o tratamento de quimioterapia, em 2016, ela decidiu que mudaria de hábitos. “Comecei a caminhar na quinta sessão e terminei a 16ª sessão com corrida de 8 quilômetros. Descobri na atividade física uma maneira de me empoderar como paciente e de esquecer um pouco dos problemas.”

Ela fez a mastectomia bilateral e três cirurgias nas mamas. Também teve um tumor benigno no ovário, que resultou na perda do órgão e de uma trompa. “Tive depressão pós-tratamento, porque me sentia perdida e não me encaixava mais na vida que eu tinha. Compreendi que o maior desafio que já enfrentei era o propósito da minha vida e, em 2018, fiz uma transição de carreira e comecei a trabalhar na causa do câncer”. Hoje, aos 33 anos, ela é empreendedora na causa do câncer e fundadora do Portal Vai por mim, que oferece acolhimento e informação aos pacientes de câncer.

Roberta Baraçal Peres teve a filha Helena após ter se curado de um câncer de mama.
Roberta Baraçal Peres teve a filha Helena após ter se curado de um câncer de mama. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Roberta conta que, como não queria ter filhos, optou por não congelar óvulos. Além disso, e por conta do tratamento e com os problemas ginecológicos, os médicos a alertaram, em 2020, que ela não teria condições de engravidar. “Não sei se me impressionei com a notícia, mas sonhei que tinha uma filha chamada Helena. Três meses depois desse sonho, tentando evitar uma gravidez, engravidei de forma natural. Optamos por descobrir o sexo apenas no parto, e no dia 12 de setembro de 2021 meu sonho virou realidade e dei à luz a minha sorridente Helena.”

Sintomas

O nódulo, como o que a Roberta encontrou no autoexame, é um dos sintomas do câncer de mama. Qualquer alteração notada na palpação ou autoexame das mamas como nódulos e áreas endurecidas são sinais que devem ser investigados. Outros sintomas são: alterações no formato da mama como abaulamentos, inversão do mamilo e retração de pele. Saída de secreção transparente ou com sangue pelo mamilo, já as secreções amareladas, esverdeadas ou amarronzadas tendem a ser benignas.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.

Há vários tipos de câncer de mama. Enquanto alguns tipos têm desenvolvimento rápido, outros crescem lentamente. O câncer de mama apresenta vários estágios da doença, que variam desde tumor inicial microscópico, tumores acometendo toda a mama, e tumores que invadem outros órgãos, como tecido linfático, fígado, pulmão e ossos. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e precocemente, apresentam boa evolução, mas cada um deve ser avaliado individualmente. “O tratamento do câncer de mama apresenta diversas etapas, o objetivo é destruir o tumor atual, evitar que células tumorais se espalharem para outros órgãos e reduzir as chances do tumor voltar no futuro. O tratamento inicia-se pela quimioterapia ou pela cirurgia; algumas caraterísticas tumorais irão guiar o mastologista nessa decisão”, explica a mastologista e ginecologista Laura Penteado, também obstetra e diretora clínica da Theia, clínica centrada na saúde da gestante, que utiliza tecnologia para revolucionar a saúde da mulher.

Mamografia

A detecção precoce, que pode ser feita por meio da mamografia, é o principal exame para rastrear pacientes sem sintomas aparentes, explica a médica especialista em radiologia mamária, Maria Helena Louveira, também professora da Escola Brasileira de Medicina.

“O exame de mamografia é o principal e o único eficaz nos rastreamentos do câncer em pacientes assintomáticas. Embora tenhamos muitos estudos em desenvolvimento e novas tecnologias na busca pelo câncer, ainda assim, a mamografia é o principal método. Sabemos que existe um certo desconforto em relação à compressão das mamas no equipamento, porém, é um desconforto rápido, que dura em torno a três segundos, algo bem tolerável”.

A especialista reforça que o benefício supera o incômodo. “Mesmo com esse incômodo momentâneo, pois a mama é um órgão sensível mesmo, o benefício é infinitamente maior ao fazer o exame e, eventualmente, detectar um câncer e, com isso, salvar vidas. A dica é nunca deixar de fazer o exame e buscar sempre a prevenção precoce, pois ela salva”.

Quando diagnosticado no início, a taxa de cura do câncer de mama é alta. “Se diagnosticado precocemente, o câncer de mama apresenta uma alta taxa de cura, mais de 90% em cinco anos”, completa a mastologista Laura Penteado. Iniciado logo após o diagnóstico, o tratamento aumenta a sobrevida e as chances de cura da paciente.

A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia de rastreamento anual a partir dos 40 anos para mulheres de risco habitual e a partir dos 30 anos para mulheres de alto risco. O Ministério da Saúde recomenda mamografia de rastreamento a partir dos 50 anos e anual a partir dos 35 anos para mulheres de alto risco. Mas, a mamografia diagnóstica, aquela que é solicitada para elucidação de alterações palpáveis, deve ser realizada em qualquer idade sempre que necessário.

Em casos específicos, porém, o mastologista pode recomendar outros exames além da mamografia. “Atualmente, com os avanços da tecnologia, alguns centros oferecem a tomossintese, um exame 3D que apresenta maior sensibilidade e deve ser realizado em conjunto com a mamografia – exame 2D – sempre que possível. Para as mulheres que apresentam alto risco para a doença, também realiza-se a ressonância magnética das mamas como exame de rotina. O ultrassom é indicado como rastreamento somente em alguns casos específicos, como o de mamas muito densas”, completa a mastologista Laura Penteado.

Histórico familiar

Dois ou mais parentes de primeiro grau (pais, irmãs ou filhas) ou de segundo grau (neta, avó, tia, sobrinha, meio-irmão) com câncer de mama e/ou de ovário já indicam alto risco para câncer de mama. Ou seja, o histórico familiar é um indicativo para começar a prevenção o quanto antes.

É o caso da Ana Clara Varela, modelo e influenciadora digital, de 30 anos. Em 2010, a mãe dela teve câncer na faixa dos 40 anos, e na mesma época ela havia descoberto dois nódulos chamados tumor filoide. A mãe se tratou e ela fazia os exames anualmente. “A cada ano um nódulo novo aparecia, totalizando oito nódulos benignos e devidamente acompanhados. Não quis tirar pois sempre tive medo de cirurgias”.

Ana Clara Todero Vereda fala sobre a vitória sobre o câncer de mama.
Ana Clara Todero Vereda fala sobre a vitória sobre o câncer de mama. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Apesar da vida regrada e de praticar esportes desde 2019, a rotina da modelo ficou paralisada com o início da pandemia. “Em maio de 2020 eu havia engordado 10 quilos e resolvi voltar a minha rotina de esportes e dietas. Procurei uma clínica de medicina do esporte e fiz uma série de exames. Na hora de realizar o ultrassom, avisei ao médico que havia oito nódulos que eram acompanhados pela minha mastologista. E aí ele achou o nono, disse que era diferente dos outros e que era para eu acompanhar. Como já tinha o caminho das pedras, peguei o atalho e fui direto fazer a biópsia”, conta.

“Com 28 anos fui diagnosticada com carcinoma invasivo do tipo não especial (Luminal B). Origem completamente hormonal pela produção exacerbada de estrogênio. Descobri tão no início que não precisei de quimioterapia e nem radioterapia. Após a cirurgia, fui direto para o Tamoxifeno, que é um tratamento complementar via oral. Graças ao diagnóstico precoce, as chances de cura aumentam até 90%! Meu nódulo não era palpável, somente os exames de rotina poderiam detectá-lo”.

Diagnosticada no primeiro ano da pandemia, ela conta como foi se tratar na época. “Todo o processo até a cirurgia foi muito delicado, pois eu não poderia me contaminar em hipótese alguma devido a minha imunidade baixíssima. Mas, fiz todo o processo, operei e dois dias depois fui pra casa”. Ana fez a adenomastectomia bilateral com reconstrução imediata das mamas, cirurgia para mulheres que necessitam de mastectomia, mas que possuem a pele livre para a realização de uma reconstrução mamária imediata.

“Mulheres com histórico familiar de câncer de mama são consideradas pacientes de alto risco para desenvolver o tumor e por isso necessitam de um acompanhamento e de uma investigação mais detalhada. Recomenda-se que essa mulher realize ressonância magnética anual após os 25 anos e mamografia após os 30 anos. Geralmente, em famílias com mutações genéticas que favorecem o aparecimento do câncer de mama (por exemplo, mutação BRCA 1 e 2) o tumor tende a surgir em idade mais precoce do que nas gerações anteriores”, alertou a mastologista.

Ana Clara Todero Vereda, com o filho Marco Antônio e o marido Antônio Carlos Cirillo, após a cura de um câncer de mama.
Ana Clara Todero Vereda, com o filho Marco Antônio e o marido Antônio Carlos Cirillo, após a cura de um câncer de mama. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Prevenção

Para o câncer de mama existe a prevenção primária, ou seja, reduzir os riscos de surgimento da doença, a qual está muito correlacionada com os fatores hormonais da mulher. “Ter filhos, amamentar, não usar anticoncepcional hormonal, não realizar terapia de reposição hormonal são fatores protetores para as mulheres”, explica a mastologista. Já a prevenção secundária são exames de rastreamento para detecção precoce da doença.

Ela explica como se dá o fator protetivo da amamentação. “Quando você tem filhos e amamenta, estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias e pela alteração hormonal da gestação, o que acaba protegendo a mama contra alterações celulares cancerígenas”.

“Quanto à reposição hormonal na menopausa, outro fator que predispõe ao câncer de mama, ela aconselha a usar com muita parcimônia. “Em alguns casos a mulher tem muita sintomatologia e realmente necessita de uma reposição hormonal, mas os casos tem que ser individualizados, porque está correlacionado com o aumento de câncer de mama. Principalmente as mulheres que têm alto risco familiar para desenvolvimento de câncer de mama, precisa ser muito bem ponderado o uso da reposição hormonal”.

Para as mulheres que optam por não ter filhos, ela recomenda a prevenção secundária, mas alerta. “Realizar mamografia todo ano não vai impedir que a doença apareça, mas aumenta a chance de detectar tumores em estágios precoces, o que aumenta a cura”.

Hábitos saudáveis são protetores

Os hábitos saudáveis também são protetores e auxiliam a reduzir o risco do câncer de mama, assim como de outras doenças. “A ingesta de bebida alcoólica, o sobrepeso e a obesidade, o sedentarismo e a exposição à radiação ionizante são fatores correlacionados a aumento de taxas da doença. Assim, reduzir a ingestão de álcool, praticar atividade física e ter uma alimentação saudável para manter-se em um IMC [índice de massa corpórea] adequado são hábitos recomendados para evitar a doença”.

A médica explica como a obesidade está correlacionada a um aumento do câncer de mama. “As células de gordura produzem estrogênio. Então a mulher obesa tem mais estrogênio circulante e a gente sabe que alguns tipos de tumores de câncer de mama se alimentam desses hormônios. Então quanto maior o nível, maior a predisposição aos surgimentos de câncer de mama”.

Manter atividade física regular e a alimentação saudável reduzem os riscos de aparecimento de cânceres e diminui também outras doenças como hipertensão, diabetes e tumores.

Por isso, desde o surgimento do câncer de mama, a fisioterapeuta Roberta Perez não se descuidou mais. “Embora biologicamente eu esteja curada, uma vez que você descobre a doença, nunca mais sua vida será igual. E quanto mais jovem você descobre, mais chance você tem de desenvolver o câncer de novo. Hoje, faço acompanhamento anual. Mudei péssimos hábitos que tinha e, quando vou à academia vejo como parte do tratamento. Quando me alimento bem e, de forma saudável, faz parte do meu cuidado. Sempre temos uma atenção especial quando se descobre uma doença como essa. Agora, vou fazer uma renovação dos meus exames genéticos, pois está muito avançada a pesquisa genética, para ver se tenho alguma mutação e, assim ajudar meus familiares de primeiro grau, mãe e irmã”.

Impacto da pandemia

Revista Brasileira de Cancerologia de julho de 2022, apontou dados em relação à falta de busca das mulheres pela mamografia durante a pandemia. O Data SUS, que é o sistema de informação dos exames realizados pelo sistema único de saúde, revelou um déficit de mais de 1,7 milhões de mulheres que deixaram de fazer o exame em 2020 com relação a 2019. Essa queda significa quase 40% no número de exames realizados em pacientes assintomáticas (mamografias de rastreamento) em 2020 em comparação a 2019, enquanto, em pacientes sintomáticas, ou seja, com alguma queixa clínica relativa às mamas, a redução foi em torno de 20% nesse mesmo ano.

“Além do aumento na incidência, é preciso dizer que o câncer de mama é uma doença evolutiva. A falta de diagnóstico e de tratamento precoce reflete em menores chances de cura e em tratamento mais complexo e agressivo. E aquele grupo de mulheres que apresentou sintomas suspeitos de câncer mamário durante a pandemia, e que tiveram seu atendimento e diagnóstico atrasados, provavelmente sofreram com o avanço da doença, que pode ter alterado seu estadiamento) processo para determinar a localização e a extensão do câncer presente no corpo de uma pessoa) e, eventualmente, também sua expectativa de vida”, lamenta a especialista em radiologia mamária Maria Helena Louveira.

Conselhos

A modelo Ana Clara ainda dá o seu conselho para as mulheres jovens. “Mulheres, se toquem! Conheçam seu próprio corpo. Não tenham medo de investigar algo incomum por conta do resultado. Sua vida, sua saúde estão a um toque de distância! O diagnóstico precoce aumenta em 90% das chances de cura! Idade não é regra e autocuidado nunca sai de moda”.

A fisioterapeuta Roberta Perez também tem seu conselho. “Quanto mais jovem, temos em nosso subconsciente que vamos morrer velhinhos, e isso dá uma margem para certas prioridades, como colocar trabalho na frente de saúde, lazer na frente de autocuidado, e isso não pode. Aos 27 anos, era muito imatura, workaholic [alguém que trabalha muito], e sei que, parte do meu câncer ter sido diagnosticado em fase avançada se deve a isso. Estava há quatro anos sem ir ao médico e acabei negligenciando meu cuidado. Mulheres, a dica que dou, eu que passei por isso é, revejam suas prioridades, olhem com carinho para você emocionalmente e fisicamente. Olhar para a finitude pode levar à reflexão de como estamos vivemos e sempre é hora de mudar”.

Para a especialista em radiologia mamária, Maria Helena Louveira, as campanhas de conscientização, como as relacionadas ao Outubro Rosa, têm contribuído de forma significativa para difundir informações verdadeiras acerca do câncer de mama, e têm influenciado positivamente as mulheres na busca do exames de mamografia.

“Temos que incentivar a busca pelos exames de detecção, mas, antes disso, fortalecer os vínculos entre as mulheres, para que olhem para suas companheiras  – tias, mães, irmãs que estão desassistidas – e insistam para que falem o que sentem, se percebem algo suspeito em suas mamas, algum nódulo palpável que passou despercebido, para que procurarem o atendimento médico o quanto antes”, aconselha.

Alto risco para câncer de mama

– Dois ou mais parentes de primeiro grau (pais, irmãs ou filhas) ou de segundo grau (neta, avó, tia, sobrinha, meio-irmão) com câncer de mama e/ou de ovário;

– Câncer de mama antes dos 50 anos (pré-menopausa) em um parente de primeiro grau;

– História familiar de câncer de mama e de ovário;

– Um ou mais parentes com dois tumores (de mama e de ovário ou dois tumores mamários independentes);

– Parentes do sexo masculino com câncer de mama.

Edição: Maria Claudia

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Depois da imunoterapia, qual é o grande salto no tratamento contra o câncer? https://canalmynews.com.br/ciencia-einstein/depois-da-imunoterapia-qual-e-o-grande-salto-no-tratamento-contra-o-cancer/ Tue, 07 Dec 2021 19:31:49 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/depois-da-imunoterapia-qual-e-o-grande-salto-no-tratamento-contra-o-cancer/ Terapias alvo-dirigidas, sequenciamento genético de tumores e anticorpos conjugados com medicamentos quimioterápicos devem aumentar a sobrevida dos pacientes oncológicos

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A imunoterapia revolucionou o tratamento do câncer nos últimos cinco anos. A técnica possibilita que o próprio sistema imune do paciente seja recrutado para erradicar as células malignas, que utilizam mecanismos para escapar desse mecanismo de defesa. Ao bloquear essa engrenagem, a imunoterapia trouxe chances de cura para alguns tipos de tumores, como o de pulmão e o melanoma, mesmo em estágios avançados.

Daqui para frente, outras novidades vão chamar a atenção nos tratamentos oncológicos. A primeira são as terapias alvo-dirigidas. A partir do sequenciamento genético dos tumores, essa nova classe de medicamentos permite uma ação personalizada para cada particularidade da doença.

O mais moderno dos testes atuais é o Sequenciamento de Próxima Geração (NGS – Next Generation Sequencing, na sigla em inglês), que possibilita a análise de centenas de genes em uma só plataforma, com o prazo de duas a três semanas para obter os resultados.

Por meio desse sequenciamento, os especialistas descobrem alterações moleculares das mais variadas formas – mutações, fusões, amplificações. Em última instância, essas alterações produzem proteínas (que ou são aberrantes ou estão em quantidade anormal) e fazem com que a célula dispare sinais de forma anômala ao seu núcleo com a mensagem de se replicar.

Torna-se, dessa forma, uma célula cancerosa, com poder de crescimento desregulado e perda da capacidade de fazer apoptose – o ato de morte programada –, ganhando uma vida muito mais longa do que uma célula normal. Ao detectar o gene alterado que é o responsável por gerar a proteína aberrante, é possível desenvolver moléculas capazes de inibir a ação dessas proteínas.

Um dos primeiros exemplos de uso dessa terapia foi com o tratamento alvo-dirigido contra a proteína HER-2 — que pode estar amplificada em cerca de 20% dos casos de câncer de mama.

Com a tecnologia NGS, foi possível identificar dezenas alterações em genes e associá-las com o crescimento acelerado do tumor. A partir daí, com maior ou menor complexidade, foram desenvolvidos medicamentos bloqueando cada proteína.

Outro grande exemplo é o câncer de pulmão. Atualmente são conhecidas mais de 10 alterações genéticas que, somadas, podem estar presentes em cerca de 50% a 70% de todos os tumores pulmonares do tipo adenocarcinoma, a depender da população estudada. E cada mutação possui hoje um remédio específico para bloquear sua respectiva proteína.

Como exemplos, temos a mutação mais comum em um gene chamado EGFR, com medicamentos aprovados incluindo erlotinibe, gefitinibe, osimertinibe. Entre outros genes, estão ALK, ROS1, RET, MET, BRAF, NTRK. Muitos genes, como os dois últimos, podem ser encontrados, inclusive, em diversos tipos de tumor, sendo os causadores do crescimento tumoral em diferentes contextos, mas igualmente suscetíveis ao mesmo medicamento.

O remédio larotrectinibe é um exemplo disso. Um inibidor de NTRK, ele foi o primeiro tratamento chamado tumor-agnóstico. Ou seja, foi aprovado para uso em diferentes tipos de câncer (pulmão, tireoide, sarcomas, tumores pediátricos…), desde que carreguem uma alteração conhecida como fusão do NTRK.

Anticorpos com quimioterapia

Outra modalidade que vem ganhando destaque é a dos anticorpos conjugados com drogas quimioterápicas – que atuam como “cavalos de Troia”. O anticorpo se conecta a uma proteína específica da superfície tumoral e, então, insere na célula uma molécula de quimioterapia, que exerce sua atividade. Esse tratamento tem diferentes alvos possíveis e é altamente eficaz, com a toxicidade menor, já que é apenas entregue a um número restrito de células.

Em geral, os estudos se iniciam em casos mais avançados e refratários (quando a doença não responde ao tratamento padrão). Conforme trazem resultados positivos, passam a ser estudados em estágios mais precoces da doença para, então, serem comparados com o tratamento padrão.

É o caso do trastuzumab-deruxtecan, anticorpo conjugado contra a proteína HER-2 que carrega o quimioterápico deruxtecan. Esse medicamento se mostrou amplamente superior ao tratamento de segunda linha padrão no câncer de mama HER-2-positivo metastático e já está sendo estudado como primeira opção. Imunoterapia, tratamentos alvo-dirigidos e os anticorpos conjugados com quimioterápicos devem aumentar de maneira significativa a sobrevida de pacientes com vários tipos de câncer metastático. Possibilitando, inclusive, a cura de casos selecionados.


Quem é Gustavo Schvarstman?

Gustavo Schvarstman é oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Docente do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Ciências da Saúde, da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein.

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Bolsonaro veta PL que obrigava planos a cobrir tratamento oral contra o câncer https://canalmynews.com.br/politica/bolsonaro-veta-pl-que-obrigava-planos-a-cobrir-tratamento-oral-contra-o-cancer/ Tue, 19 Oct 2021 20:04:59 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bolsonaro-veta-pl-que-obrigava-planos-a-cobrir-tratamento-oral-contra-o-cancer/ Após aprovação no Congresso e resistência de operadoras, presidente rejeitou o projeto alegando razões jurídicas

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou nesta segunda-feira (26) o projeto de lei que obrigava planos de saúde a cobrir todas as quimioterapias orais para o tratamento contra o câncer, desde que tivessem registros na Anvisa. A proposta havia sido aprovada no Congresso no início do mês de julho e vinha enfrentando resistência das operadoras.

A proposta vetada por Bolsonaro abriria espaço para a incorporação por planos privados de 23 novos medicamentos orais para pacientes com câncer.
A proposta vetada por Bolsonaro abriria espaço para a incorporação por planos privados de 23 novos medicamentos orais para pacientes com câncer. Foto: Reprodução (Pixabay)

No novo modelo, pacientes passariam a ter acesso a medicamentos que não têm cobertura das operadoras, sem a necessidade de análise da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As únicas exigências seriam o registro do medicamento na Anvisa e a prescrição médica. Atualmente, há 59 tratamentos cobertos pela ANS e outros 23 que já têm aval da Anvisa, mas não têm oferta garantida pelos convênios. 

Além dos tratamentos orais, a lei previa ainda que os planos entregassem os remédios em até 48 horas após a emissão da receita, de maneira fracionada ou conforme o ciclo de evolução e tratamento da doença. Para as entidades médicas, a mudança traria mais conforto e opções para quem estivesse em tratamento.

A justificativa ao veto apresentada pela Subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência da República é de que o projeto “contrariaria o interesse público por deixar de levar em conta aspectos como a previsibilidade, transparência e segurança jurídica aos atores do mercado e toda a sociedade civil”. O órgão apontou ainda que a proposta teria como consequência o “inevitável repasse” de custos adicionais aos consumidores, o que faria encarecer ainda mais os planos de saúde.

Em nota publicada no jornal o Estado de São Paulo, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante de 15 dos maiores planos nacionais, afirma que considera a decisão adequada. “A inclusão automática prevista no projeto de lei afetaria um dos pilares do funcionamento da saúde suplementar e prejudicaria a sustentabilidade de um sistema que assiste mais de 48 milhões de pessoas”, informou.

Para a relatora do projeto na Câmara dos Deputados, a deputada Silvia Cristina (PDT-RO), a nova legislação era “imprescindível para dezenas de milhares de brasileiros que, mensalmente, gastam considerável parte do seu orçamento para garantir um plano de saúde”.

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