Arquivos Ciência e Tecnologia - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/ciencia-e-tecnologia/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 17 Oct 2023 13:16:41 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 IA: Avatares Ultra-Realistas https://canalmynews.com.br/tecnologia/avatares-ia-inovacao-etica/ Sun, 20 Aug 2023 23:33:33 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=38931 A Revolução Digital que Está Mudando o Rosto da Criação de Conteúdo

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Em uma era de avanços tecnológicos sem precedentes, onde a inteligência artificial e a realidade virtual estão remodelando a forma como interagimos com o mundo digital, a HeyGen se destaca como um farol de inovação. Esta plataforma inovadora de geração de vídeos, alimentada por IA, não somente acompanha a tendência, mas a define, abrindo novos horizontes na criação de conteúdo. Recentemente, a empresa revelou um vídeo viral que capturou a imaginação do público: um avatar ultra-realista de Jesse Wellens, um conhecido criador de conteúdo, cujo Twitter é @Jessewelle. A representação digital de Jesse é uma façanha tecnológica e uma obra de arte, uma síntese da ciência e da criatividade.

A Era dos Avatares de IA: Uma Transformação Tecnológica

A adoção de avatares de IA, como o de Jesse Wellens, está sinalizando uma mudança profunda na forma como as pessoas criam e consomem conteúdo. Essa tecnologia, que transcende a necessidade de presença física diante das câmeras, representa uma democratização da criação de conteúdo.

Com a possibilidade de enviar instruções em texto e receber instantaneamente clipes de vídeo do avatar falando, os criadores têm uma liberdade sem precedentes. Eles podem experimentar, iterar e inovar sem as restrições tradicionais de tempo, aparência ou localização. A tecnologia permite que qualquer pessoa, independentemente de sua experiência ou recursos, possa criar conteúdo visual envolvente.

Em colaborações de marca, a agilidade é aprimorada. Elimina a necessidade de refilmagem, com seus custos associados e desafios logísticos. Uma simples regeneração do clipe com as atualizações necessárias torna o processo mais eficiente e responsivo às necessidades do mercado.

Mas essa transformação vai além da eficiência. Ela questiona as noções tradicionais de autenticidade, presença e representação. Em um mundo onde avatares realistas podem falar e agir como humanos, as linhas entre o real e o virtual estão se tornando cada vez mais tênues. A tecnologia está redefinindo não apenas como o conteúdo é criado, mas também como ele é percebido e experimentado.

Essa revolução tecnológica traz consigo questões éticas e filosóficas que ainda estão sendo exploradas. A responsabilidade, a autenticidade e a ética na utilização desses avatares são temas que exigem reflexão e debate contínuos.

A era dos avatares de IA está apenas começando, e seu impacto total ainda está por ser compreendido. É uma fronteira emocionante e desafiadora que promete transformar a paisagem da comunicação e da expressão criativa.

A Velocidade dos Avanços em IA

O ritmo acelerado dos avanços em Inteligência Artificial (IA) é algo que transcende empresas e indústrias individuais, tornando-se um fenômeno global. A representação ultra-realista de avatares, como o de Jesse, é apenas uma faceta de um campo em constante evolução. A capacidade de criar avatares semelhantes à vida real que podem falar, agir e até emular emoções humanas é um reflexo de como a IA está mudando rapidamente.

Essa transformação é alimentada não apenas por algoritmos sofisticados e aprendizado profundo, mas também por avanços significativos em hardware, como GPUs de alta potência e processadores especializados. Esses componentes de hardware permitem o processamento de grandes volumes de dados em velocidades vertiginosas, possibilitando inovações que antes eram consideradas futurísticas. A cada dia, a linha entre o virtual e o real torna-se mais tênue, e o que antes era um sonho distante agora é uma realidade tangível e acessível. A velocidade desses avanços desafia nossa compreensão e abre portas para possibilidades inexploradas, redefinindo continuamente os limites do que a tecnologia de IA pode alcançar.

Considerações Éticas

No entanto, com grande poder vem grande responsabilidade. A emergência de avatares ultra-realistas alimentados por IA, como o apresentado pela HeyGen, levanta questões profundas e complexas sobre ética e responsabilidade. Muitos estão preocupados com o possível uso indevido dessa tecnologia, que vai além da mera criação de conteúdo.

A empolgação com o que é possível é palpável, mas também há um medo compreensível em torno das implicações. Pode-se questionar: Quem tem controle sobre esses avatares? Como a autenticidade é mantida? Quais são as salvaguardas contra a falsificação ou manipulação de vozes e imagens?

A indústria como um todo enfrenta o desafio de equilibrar inovação e ética. É necessário um compromisso contínuo com o aprendizado, a reflexão e a busca de feedback sobre como melhorar e desenvolver salvaguardas. A questão da ética na IA não é apenas uma responsabilidade corporativa, mas uma preocupação coletiva que envolve legisladores, reguladores, comunidade tecnológica e o público em geral.

A tecnologia de IA, em sua essência, é neutra, mas seu uso pode ter implicações profundas e de longo alcance. A criação de avatares ultra-realistas é apenas a ponta do iceberg. A sociedade deve se envolver em um diálogo aberto e contínuo sobre como moldar e governar essa tecnologia, garantindo seu uso responsável e ético, sem comprometer a inovação e a criatividade.

Considerações finais 

O vídeo viral do avatar de Jesse Wellens transcende o mero espetáculo; é uma afirmação sobre as possibilidades infinitas e os avanços vertiginosos na tecnologia de IA. Vivemos em um mundo onde a criação de conteúdo rompeu as barreiras físicas, onde refilmagens são um conceito obsoleto, e onde a criatividade flui sem limites.

No entanto, enquanto nos maravilhamos com essa conquista tecnológica, devemos também pausar e refletir sobre as implicações éticas. Como essa tecnologia moldará nosso futuro? Quais salvaguardas devem estar em vigor para garantir o uso responsável?

As respostas para essas perguntas ainda estão se desdobrando, e nós, como sociedade, devemos ser vigilantes e ponderados em nossa aceitação deste novo mundo corajoso.

Mas, além disso, a emergência dos avatares ultra-realistas nos leva a uma reflexão mais profunda e talvez perturbadora: o que significa ser humano em uma era onde a linha entre o real e o virtual está se tornando cada vez mais tênue? A tecnologia está redefinindo nossa existência, desafiando nossas noções de identidade e realidade, e nos convidando a explorar territórios inexplorados da consciência e da existência.

É um momento de assombro e maravilha, um convite para olhar além do horizonte conhecido e contemplar o vasto e misterioso universo da possibilidade.

 

Allex Ferreira, um artista visionário e fotógrafo, tem sido um pioneiro na intersecção de tecnologia e arte. Desde 2011, Allex tem explorado a tecnologia blockchain, sendo um dos primeiros adeptos do Bitcoin. Recentemente, voltou sua atenção para a inteligência artificial, integrando-a em seu trabalho artístico. Allex também contribui com escritos sobre blockchain, oferecendo uma perspectiva única sobre esta tecnologia revolucionária. Seja através da lente de uma câmera ou das últimas tendências tecnológicas, Allex sempre busca novas maneiras de unir tecnologia e arte.

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Recursos para pesquisas caem na média mais de 23% desde 2018. https://canalmynews.com.br/sem-categoria/ciencia-perde-recursos-para-pesquisa/ Wed, 20 Jul 2022 02:30:20 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31851 Ciência perde recurso e compromete pesquisa. A maior queda registrada no período 2018-2021 foi no INEP (51,81%), seguida pela AEB (50,01%) e pelo MCTI (42,19%) Na comparação 2018/2022, 19 dos 22 órgãos apresentaram queda.

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A situação de penúria que vive os institutos de pesquisa no Brasil comprometerá o desenvolvimento do país nos próximos anos. A ciência perde recursos para pesquisa em seus orçamentos. A queda média é de 23% (veja tabela) no orçamento. Os dados constam no pesquisa da cientista Mariana Moura, coordenadora do projeto Cientistas Engajados.

“Analisei as unidades orçamentárias típicas de Ciência e Tecnologia”, diz Mariana.

A maior queda registrada no período 2018-2021 foi no INEP (51,81%), seguida pela AEB (50,01%) e pelo MCTI (42,19%). As maiores quedas registradas no período 2013-2021 foram no FNDCT Não Reembolsável (73,18%), seguida pela AEB (70,72%), CNPq (64,92%) e CEITEC (60,05%). A ciência perde recursos e compromete o futuro.

“É difícil medir o impacto nas pesquisas”, diz Mariana. “Mas os resultados da redução do repasse para as unidades de C&T é visível”, acrescenta. Segundo ela, há redução do número de publicações, fuga de cérebros, instituições de pesquisa sem condições de pagar contas, pesquisador tirando dinheiro do bolso para realizar o trabalho, projetos de pesquisa suspensos, são alguns dos exemplos que ela cita.

Esses são os dados do orçamento. Mas, o mais gritante é o saque dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)

Este é um fundo com recursos exclusivos para ciência e tecnologia. “Ocorre que e esse dinheiro todos os anos é bloqueado, deixa de ser gasto em ciência e tecnologia, mais da metade não é gasto”, diz Mariana.

Por que? Já foi contingenciamento, depois virou reserva de contingência e este ano chama-se bloqueio. “Tudo a mesma coisa, simplesmente não usa o dinheiro para o qual foi arrecadado”.reclama a cientista. Para se ter uma ideia da importância desses recursos, foi o FNDCT que financiou o acelerador de partículas Sirius que fica em Campinas.

“No ano passado a gente conseguiu aprovar uma lei que proíbe a reserva de contingência com recursos do FNDCT”, conta Mariana.  Ocorre que este ano o Ministério da Economia chamou de bloqueio.  “Então na prática mais de 50% do fundo não está sendo utilizado”, diz.  A previsão de arrecadação deste fundo este ano é de 10 bilhões de reais.

 

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Pane na Plataforma Lattes acende alerta sobre falta de recursos para C&T no Brasil https://canalmynews.com.br/mais/pane-plataforma-lattes-acende-alerta/ Sat, 31 Jul 2021 02:13:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pane-plataforma-lattes-acende-alerta/ Plataforma Lattes saiu do ar e chamou atenção para a redução de investimentos para a ciência no país

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A semana terminou com a Plataforma Lattes e a Plataforma Integrada Carlos Chagas do mesmo jeito que iniciaram: fora do ar. A pane no maior sistema de informações sobre pesquisadores e bolsistas do país causou apreensão no meio científico nacional. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) garante que não houve perda das informações e que o problema aconteceu numa peça chamada controladora de armazenamento – que deve ser trocada.

Falta de recursos ameaça pesquisa científica no Brasil
Universidades e cientistas fazem esforço para manter estrutura de pesquisa funcionando/Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará

Também garante que foi concluído o backup dos dados, sem perda de informações, com a promessa de o sistema ser restabelecido na próxima segunda (02/08). A possibilidade de sumiço total das informações dos pesquisadores e bolsistas da plataforma que é usada como base para diversos procedimentos da vida acadêmica e científica do país, acendeu mais um alerta sobre a falta de investimentos em Ciência & Tecnologia no Brasil.

Com o sistema fora do ar, diversos procedimentos internos das universidades e de prestação de contas de projetos, com prazos determinados, precisaram ser suspensos até que a plataforma seja retomada. O orçamento do CNPq em 2021 é de R$ 1,21 bilhão – metade do valor reservado para o órgão há 21 anos – segundo o economista Felipe Salto – diretor da Instituição Fiscal Independente do Senado.

A informação – citada no programa Quinta Chamada desta semana, chama atenção também quando é sabido que o orçamento destinado para as universidades e centros de pesquisa brasileiros vem diminuindo seguidamente, ao ponto de o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estar sob ameaça de precisar desligar o supercomputador Tupan – que faz as principais previsões meteorológicas do país – por falta de pagamento da conta de energia elétrica.

“O CNPq começou a apresentar uma instabilidade desde a semana passada. Na sexta (23), a gente não tinha mais acesso à Plataforma Lattes – sistema que se consulta o tempo inteiro. No caso da UFPE, por exemplo, estamos num processo de credenciamento de docentes nos programas de pós-graduação e estamos impossibilitados de seguir com esta atividade. Já na Plataforma Carlos Chagas estão projetos de pesquisa, resultados de editais, das consultas, entre outras atividades essenciais”, explica a pró-reitora de Pós-Graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carol Leandro, em entrevista ao site do Canal MyNews.

Perder os dados das duas plataformas seria um prejuízo incalculável, segundo Carol Leandro, pois nelas estão as principais base de dados que as universidades têm para acompanhar a vida acadêmica de todos os pesquisadores no Brasil, inclusive estrangeiros. A professora explica que além da redução de recursos, as universidades temem que avance um projeto de fusão entre o CNPq e a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Uma tentativa de unificação das duas entidades foi feita em 2019, mas não avançou.

“O CNPq é uma instituição importante, que acompanhou todo o processo de evolução da pós-graduação no Brasil. Junto com a Capes faz um trabalho que se complementa. São inúmeros pesquisadores com projetos aprovados, em parceria com outras entidades, abrindo editais de pesquisa e ofertando bolsas. Estamos muito apreensivos e atentos para qualquer tentativa de desmonte do CNPq, ou de colocar em dúvida sua seriedade como instituição de fomento à pesquisa no Brasil”, prossegue Carol Leandro.

Falta de recursos prejudica desenvolvimento da ciência no país

A pesquisadora Roberta Froes – professora do Departamento de Química da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em participação no Quinta Chamada, alertou que a situação da ciência no Brasil está muito complicada pela falta de recursos para desenvolver pesquisas.

“Não tem bolsa para os pesquisadores, não só para os alunos de pós-graduação. A iniciação científica também não tem. Como você vai incentivar um aluno de iniciação científica a se manter na universidade numa pós-graduação se não tem nenhuma garantia da bolsa? Vale lembrar que o valor da bolsa não é exorbitante, não é um bônus que ele recebe. Muitas vezes a bolsa é pra manter o aluno longe da sua cidade, longe da sua família e ele tem que morar, comer, dormir, se vestir e comprar o material para estudar”, falou a pesquisadora, lembrando que o valor da bolsa de iniciação científica é R$ 400.

Ela pontuou que além da falta de recursos para apoiar os pesquisadores a se manterem na vida acadêmica e científica, a estrutura das universidades também está se deteriorando. “A gente está vendo os laboratórios serem sucateados. A minha área, por exemplo, precisa de insumos para laboratório, manutenção de equipamentos, equipamentos novos, e estamos sempre fazendo gambiarras para não parar de funcionar. O Tupan, por exemplo, estava na base de gambiarra por falta de investimentos. Isso é muito desestimulante; é um ataque à ciência”, ressaltou.

Carol Leandro, da UFPE, vê uma realidade em que a pesquisa científica está ameaçada, principalmente por posturas negacionistas e cortes orçamentários nos últimos 10 anos. “De uma forma geral, a universidade perdeu como um todo. O que fizemos foi uma reorganização interna, para que uma parte do orçamento para universidades continuasse na área de pesquisa. Uma das ações de resistência é manter a pesquisa. É uma prioridade. É grave a situação do fomento à pesquisa nas universidades federais”, finalizou.


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