A nota apela também à Fifa para atuar junto à Liga Espanhola de Futebol e revela surpresa do governo brasileiro com as repetições dos atos contra o jogador brasileiro sem consequências legais.

Eis a íntegra da nota:

O governo brasileiro repudia, nos mais fortes termos, os ataques racistas que o atleta brasileiro Vinícius Júnior vem sofrendo reiteradamente na Espanha.

Tendo em conta a gravidade dos fatos e a ocorrência de mais um inadmissível episódio, em jogo realizado ontem, naquele país, o Governo Brasileiro lamenta profundamente que, até o momento, não tenham sido tomadas providências efetivas para prevenir e evitar a repetição desses atos de racismo.

Insta as autoridades governamentais e esportivas da Espanha a tomarem as providências necessárias, a fim de punir os perpetradores e evitar a recorrência desses atos. Apela, igualmente, à FIFA e à Liga a aplicar as medidas cabíveis.

O Governo Brasileiro tem atuado em cooperação com o Governo da Espanha para coibir, reprimir e promover políticas de igualdade racial e compartilhar conhecimento e boas práticas para ampliar o acesso de pessoas afrodescendentes e imigrantes ao esporte com total intolerância a toda e qualquer prática discriminatória, com o apoio ao aperfeiçoamento das melhores práticas internacionais para promover a prevenção e o combate ao racismo, além de qualquer tipo de discriminação nas diferentes modalidades de esportes.

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O time estava em Berlin, onde jogou contra o Herta uma partida válida pela Liga Alemã, a Bundesliga. O jogo foi antecipado em algumas horas para que o time tivesse tempo de chegar ao aeroporto para pegar o voo fretado para Doha, a capital do Qatar. Mas é aí que entra a necessidade de cumprir a regra… A lei diz que nenhum avião pode decolar entre meia-noite e 7 horas da manhã.

O voo estava marcado para 23h15, mas o avião precisou passar por um procedimento extra por causa da neve e isso fez com que a decolagem atrasasse. A aeronave ficou pronta às 23:59, mas o procedimento de decolagem levaria mais de um minuto, ou seja, o avião deixaria o solo poucos minutos depois da meia-noite, fora do horário estabelecido pela regra. Resultado: decolagem proibida.

Os jogadores tiveram que ficar no avião enquanto a diretoria tentava negociar com as autoridades. O problema é que o “jeitinho” não funciona em terras alemãs. A decolagem só foi autorizada quando deu o horário permitido, 7 horas da manhã. Mas aí surgiu outro problema, mais uma regra. Assim como os jogadores, a tripulação também passou a noite no avião, o que fez com o tempo de trabalho dentro da aeronave excedesse o limite. Sem uma equipe para substituir, o voo precisou fazer escala em Munique para que uma nova tripulação assumisse.

Sete horas depois, o Bayern desembarcou no Qatar e deve jogar com o Al Ahli, do Egito, nesta segunda-feira (8), às 15 horas, no horário de Brasília. A expectativa é de goleada, se o time vencer o cansaço e respeitar as regras.

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