Arquivos Gaza - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/gaza/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 22 Oct 2024 23:07:08 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Norte de Gaza está sem água, comida e assistência médica, diz ONU https://canalmynews.com.br/noticias/norte-de-gaza-esta-sem-agua-comida-e-assistencia-medica-diz-onu/ Tue, 22 Oct 2024 20:06:52 +0000 https://localhost:8000/?p=47825 Segundo a Agência para Refugiados Palestinos da ONU, Israel não tem permitido a entrada de ajuda humanitária no território; pessoas que tentam fugir são mortas

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A intensificação do bloqueio de Israel no norte da Faixa de Gaza nas últimas três semanas fez com que a região ficasse sem água, comida e assistência médica. Segundo a Agência para Refugiados Palestinos das Nações Unidas (UNRWA), que tem equipes trabalhando no norte de Gaza, Israel não tem permitido a entrada de ajuda humanitária no território.

O chefe da agência da ONU, Philippe Lazzarini, disse nesta terça-feira (22) que já são três semanas de bombardeios ininterruptos de Israel no norte do enclave.

“Nossos funcionários relatam que não conseguem encontrar comida, água ou assistência médica. O cheiro da morte está em todo lugar, com corpos sendo deixados nas estradas ou sob os escombros. Missões para limpar os corpos ou fornecer assistência humanitária são negadas”, afirmou Lazzarini em uma rede social.

Em nota divulgada também nesta terça-feira, Israel rebateu a informação da ONU e disse que permitiu a entrada de cerca de 230 caminhões com alimentos, água e suprimentos médicos para o norte de Gaza. Segundo a ONU, anteriormente, entravam em média 500 caminhões com mercadorias, por dia, em Gaza.

Estima-se que dezenas de milhares de palestinos ainda estejam no norte do enclave. A agência da ONU vem fazendo apelos sistemáticos para que Israel permita a entrada de assistência humanitária no local. A UNRWA informou ainda que as pessoas que tentam fugir da região são mortas e os corpos deixados na rua e que não são autorizadas missões para resgatar feridos embaixo dos escombros.

“No norte de Gaza, as pessoas estão apenas esperando para morrer. Eles se sentem abandonados, sem esperança e sozinhos. Eles vivem de uma hora para a outra, temendo a morte a cada segundo”, completou Lazzarini.

O alto-representante da União Europeia (UE) para negócios estrangeiros, Josep Borrell Fontelles, também se manifestou sobre a situação no norte da Faixa de Gaza. Segundo a autoridade europeia, os relatos da região são horríveis e pediu que observadores internacionais e os meios de comunicação tenham acesso ao local.

“O sofrimento humano causado pela fome provocada pelo homem e pelo deslocamento forçado não pode ser justificado. Condeno o pesado bombardeio e a destruição de instalações da UNRWA”, afirmou hoje Fontelles em uma rede social.

Após as novas denúncias da UNRWA, o governo de Israel publicou uma nota dizendo que permitiu a entrada de 237 caminhões com alimentos, água e suprimentos básicos desde a segunda feira da semana passada, dia 14 de outubro, “como parte dos esforços para entregar ajuda humanitária ao norte da Faixa de Gaza”.

“[Israel] continuará a agir de acordo com a lei internacional para facilitar e facilitar a resposta humanitária à Faixa de Gaza”, completou o comunicado.

Cerco a hospitais

O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (Ocha) tem denunciado ataques e cercos a unidades de saúde no norte da Faixa de Gaza. Segundo a organização, dois dos três hospitais que restam foram diretamente atingidos.

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“Nas últimas duas semanas, as forças israelenses aumentaram a pressão sobre esses hospitais para que fossem evacuados, mas os pacientes não tinham para onde ir. No hospital indonésio, dois pacientes morreram devido a uma queda de energia e falta de suprimentos; alguns funcionários médicos tiveram que fugir para salvar suas vidas. A instalação não está mais operacional”, alertou Muhannad Hadi, coordenador humanitário da Ocha para o Território Palestino Ocupado.

Israel

Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), o exército tem realizado operações da região de Jabalia, no norte de Gaza, em busca de militantes da resistência palestina e tentando destruir infraestruturas militares usadas pelos grupos palestinos.

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Novamente, Israel acusou militantes de usarem instalações médicas para suas operações. “A inteligência das IDF identificou uma clínica regional da UNRWA que havia sido tomada por terroristas e transformada em um depósito de armas e esconderijo para terroristas na área. Os terroristas que se barricaram na clínica dispararam contra as tropas e foram eliminados”, disse a FDI.

Enquanto isso, o ministro da Segurança Pública de Israel, Itamar Bem-Gvir, segue defendendo a ocupação da Faixa de Gaza por assentamentos de israelenses. “Incentivar a imigração judaica e o assentamento em Gaza – está em nossas mãos!”, disse Itamar, nessa segunda-feira (21).

Assista abaixo ao Segunda Chamada sobre o conflito no Oriente Médio:

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Análise: Postura de Kamala Harris sobre a guerra em Gaza pode ser determinante na eleição https://canalmynews.com.br/opiniao/analise-postura-de-kamala-harris-sobre-a-guerra-em-gaza-pode-ser-determinante-na-eleicao/ Thu, 22 Aug 2024 19:08:49 +0000 https://localhost:8000/?p=46052 Michigan, estado que ajudou a eleger Trump em 2016, é o estado com a maior população de origem árabe nos Estados Unidos

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A postura da democrata Kamala Harris, candidata à presidência dos Estados Unidos, sobre a guerra na Faixa de Gaza, pode ser determinante para decidir a eleição, avaliou o jornalista Andrew Fishman, fundador do Intercept Brasil, durante participação no Segunda Chamada de quarta-feira (21). Na eleição de 2016, três estados americanos — Pensilvânia, Michigan e Wisconsin — inesperadamente votaram a favor de Donald Trump e deram vitória ao ex-presidente, com cerca de 80 mil votos. Michigan é o estado com a maior população de origem árabe nos EUA e, por isso, pode ser decisivo para definir o próximo presidente.

“Os membros da campanha de Kamala vêm dizendo que ela está lutando muito para que se alcance um cessar-fogo em Gaza, mas este não é o caso. É uma mentira. Ela não está diretamente envolvida nessas negociações”, disse Fishman, ressaltando que o desafio dos jornalistas, hoje, é “extrair o que a democrata representa”, uma vez que ela tem evitado dar entrevistas e estabelecer posicionamentos claros.

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“Os democratas estão dizendo há dez meses que estão empenhados nas negociações, mas nada acontece. Israel exige que o Hamas entregue tudo e assuma que perdeu a guerra. Isso não é cessar-fogo, é uma vitória absoluta”, acrescentou.

Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre negociações para um cessar-fogo e a libertação dos reféns em Gaza. Kamala também se juntou à conversa, que aconteceu em um momento crítico. No início desta semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou, em Israel, que esta pode ser a última oportunidade para um acordo.

Desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, o Exército de Israel matou mais de 40 mil pessoas em Gaza, incluindo mais de 16 mil crianças, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Ministério de Saúde do Hamas. A cada hora, 15 pessoas, entre elas seis crianças, são mortas no enclave. No mesmo período, 35 pessoas são feridas, 42 bombas são lançadas e 12 edifícios são destruídos.

Veja o que disse Obama sobre Kamala Harris e por que ela está atraindo até republicanos:

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Mais um grupo de repatriados de Gaza chega ao Brasil https://canalmynews.com.br/brasil/mais-um-grupo-de-repatriados-de-gaza-chega-ao-brasil/ Mon, 11 Dec 2023 10:10:35 +0000 https://localhost:8000/?p=41723 Grupo soma 48 pessoas, sendo 11 com dupla cidadania (Brasil-Palestina) e 37 palestinos, parentes de cidadãos brasileiros

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Mais um grupo de brasileiros repatriados da Faixa de Gaza chegou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (11). A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou do Cairo, capital do Egito, às 19h03 (hora local) de domingo (10) e pousou às 3h47 na Base Aérea de Brasília, onde o grupo foi recebido por autoridades brasileiras. Foram cerca de 15 horas de voo.

O grupo é formado por 48 pessoas, sendo 11 com dupla cidadania (Brasil-Palestina) e 37 palestinos, parentes de cidadãos brasileiros. São 27 crianças e adolescentes, 17 mulheres, incluindo duas idosas, e quatro homens adultos. Uma jovem de 22 anos que já estava no Egito se juntou aos resgatados de Gaza e embarcou neste mesmo voo. Ela é filha de uma das integrantes do grupo de repatriados em Gaza.

No último sábado (9), eles receberam autorização para cruzar a fronteira de Rafah, no sul de Gaza, em direção ao Egito, de onde seguiram de ônibus até o Cairo. Na capital egípcia, foram recebidos por diplomatas brasileiros na capital do país e embarcaram para o Brasil.

Segundo o Itamaraty, da lista de 102 pessoas enviada pelo Brasil às autoridades israelenses, 24 não tiveram autorização para cruzar a fronteira, incluindo sete plaestino-brasileiros. A maioria dos barrados é de homens. O governo brasileiro não soube informar o motivo de eles terem sido impedidos, por Israel, de atravessar a fronteira. No momento, segundo o Palácio do Planalto, não há previsão de novo voo de repatriação.

“Em um primeiro momento, eles ficarão de dois a três dias em Brasília. A primeira etapa é do apoio psicológico, de imunização, de estabelecer contato com familiares e parentes e a questão da documentação. Alguns vão para as casas de familiares e amigos. Os que estiverem sem referência serão abrigados no Sistema de Assistência Social em instituições em que tenham todo o apoio de acolhimento e alimentação. Um suporte para reconstituírem a trajetória, já que vêm de situação bastante complexa”, afirmou o secretário nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), André Quintão.

Uma das repatriadas que desembarcou em Brasília é Yasmeen Rabee, irmã de Hasan Rabee, que veio antes com a esposa e os filhos em outro voo que trouxe brasileiros de Gaza.

“Bombardearam nossa casa, ficamos sem comida e sem um lugar fixo para morar”, disse Yasmenn, que veio agora com a mãe. Perguntada sobre a situação em Gaza, a principal zona de ataques, ela se emocionou. “A situação é terrível, você dorme sem saber se vai acordar. Perdi muitos amigos, minha tia e os filhos dela”, relatou.

No dia 13 de novembro, após dias de tensão e negociação, os primeiros 32 brasileiros resgatados de Gaza desembarcaram no país, ocasião em que foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília.

Voltando em paz
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro, o governo brasileiro já retirou 1.524 brasileiros e palestino-brasileiros da Faixa de Gaza e de cidades israelenses, incluindo 53 animais domésticos. No total, a FAB já realizou 11 voos de repatriação por meio da Operação Voltando em Paz.

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Brasil envia para Israel e Egito lista para saída de Gaza com 86 nomes https://canalmynews.com.br/brasil/brasil-envia-para-israel-e-egito-lista-para-saida-de-gaza-com-86-nomes/ Wed, 22 Nov 2023 15:00:50 +0000 https://localhost:8000/?p=41368 Itamaraty destacou que não há prazo para que essas pessoas saiam de Gaza porque ainda existem outras listas

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O governo brasileiro elaborou nova lista com 86 pessoas, entre brasileiros e parentes de brasileiros, que estão na Faixa de Gaza e que desejam sair da zona de conflito no Oriente Médio com destino ao Brasil. A informação foi confirmada nesta terça-feira (21) pelo Itamaraty. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a lista já foi enviada ao Egito e Israel para autorizem a saída dessas pessoas do enclave palestino.

Quando o Brasil conseguiu trazer os 32 brasileiros que estavam em Gaza, no dia 14 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que o governo trabalharia para trazer todos os nacionais e seus parentes que desejassem sair do local. “A gente vai tentar fazer todo o esforço que estiver ao alcance da diplomacia brasileira”, disse na ocasiaão.

O Itamaraty, por meio da assessoria de imprensa, destacou que não há prazo para que essas pessoas saiam de Gaza porque ainda existem outras listas de nacionais de outros países que ainda não obtiveram autorização para sair do local e que estariam na frente dessa fila.

A saída de estrangeiros tem sido feita aos poucos, com cerca de 600 autorizações por dia. Isso quando não há interrupções na fronteira de Rafah, que liga Gaza ao Egito.

Segundo o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, só é autorizada a saída de pessoas da Faixa de Gaza após uma análise dos serviços de segurança dos países envolvidos nessas negociações, que além de Egito e Israel, reúne as autoridades de Gaza, que é controlada pelo Hamas, e de países como Estados Unidos e Catar, que atuam como intermediários do conflito.

Família desiste
A família do brasileiro resgatado de Gaza Hasan Rabbe, comerciante de 32 anos de idade que vive em São Paulo, desejava sair da zona de conflito, porém, depois de ter recebido ameaças vindas de pessoas no Brasil, a família desistiu de deixar o local. Hasan tem sido vítima de ameaças desde que chegou ao Brasil, chegando a pedir proteção ao governo.

Ele disse à Agência Brasil que sua família, em Gaza, também tem recebido ameaças e, por isso, desistiram de vir. “Infelizmente, a minha família não vai chegar aqui. Eles estão recebendo muitas ameaças em Gaza. Por enquanto, eles desistiram [de vir]. Eu não estou sentindo segurança em mandarmos as meninas para a escola”.

Voos
A Operação Voltando em Paz, do governo federal, organizou dez voos da região do conflito para repatriar brasileiros e familiares. A maioria saiu de Tel-Aviv, em Israel, um grupo saiu de Amã, na Jordânia, sendo repatriados do território palestino da Cisjordânia ocupada. O último grupo, com 32 pessoas, deixou a Faixa de Gaza após mais de um mês de tensão e angústia.

Ao todo, a operação transportou 1.477 pessoas e 53 animais domésticos. Do total, foram 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana.

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Atos pró-Palestina em São Paulo e Brasília pedem cessar-fogo em Gaza https://canalmynews.com.br/brasil/atos-pro-palestina-em-sao-paulo-e-brasilia-pedem-cessar-fogo-em-gaza/ Mon, 13 Nov 2023 11:45:52 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41203 Ato em São Paulo foi organizado pela Frente em Defesa da Luta do Povo Palestino e contou com a participação de partidos políticos e movimentos sociais

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As cidades de São Paulo e de Brasília tiveram, neste domingo (12), atos pró-Palestina e pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza. Em São Paulo, o ato na Avenida Paulista começou às 11h em frente à Praça Oswaldo Cruz e seguiu até o Museu de Arte de São Paulo (Masp), finalizando por volta das 14h. Em Brasília, o ato ocorreu no Eixo Norte, no Plano Piloto, a partir das 10h.

O ato em São Paulo foi organizado pela Frente em Defesa da Luta do Povo Palestino e contou com a participação de partidos políticos e movimentos sociais. Um dos gritos entoados pelos manifestantes era: “Estado de Israel, Estado assassino! Viva a luta do povo palestino!”

Um dos organizadores, Mohamad El Kadri foi presidente do Fórum Latino Palestino e contou que esse já é o quinto ato a favor da Palestina em São Paulo, desde o início das hostilidades mais recentes, que começaram em 7 de outubro. Para ele, os atos servem para informar à sociedade sobre a causa do povo palestino.

“As mobilizações levam para as pessoas conhecimento sobre a causa palestina. Aqui no Brasil as pessoas não conhecem bem o motivo da causa palestina. Inclusive o trabalho da mídia é muito parcial, eles não entrevistam representantes da comunidade palestina e da sociedade árabe. Uma senhora na manifestação falou que nem imaginava que Israel ocupa a Palestina por 75 anos”, destacou.

Para Mohamad os atos também servem de alento aos palestinos em Gaza: “tudo que a gente faz no Brasil a gente manda para os palestinos em Gaza e na Cisjordânia. Isso para eles é muito importante, eles veem que não estão sozinhos”.

Uma performance de mulheres simulando carregar crianças mortas em panos manchados de vermelho chamou atenção do público. A ideia é denunciar o elevado número de óbitos de crianças pelos bombardeios de Israel.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o número de crianças mortas desde o dia 7 de outubro chegou a 4.506 neste domingo. Com isso, uma criança morre a cada 10 minutos no enclave palestino.

Brasília
Em Brasília, o ato foi organizado pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, que reúne partidos políticos e movimentos sociais. O presidente do Instituto Brasil Palestina, Ahmad Shehada, foi um dos organizadores deste que foi o sexto ato de rua em Brasília a favor da causa palestina.

“A causa palestina é de toda a humanidade, é uma causa justa. O povo está sensibilizado contra esses ataques contra as crianças, contra os hospitais”.

A professora Eliene Bento Luiz, de 58 anos, foi ao ato em Brasília por acreditar que é importante mostrar para o governo que a sociedade brasileira está atenta ao que acontece em Gaza. “Isso não quer dizer que somos antissemitas, pois sabemos o quanto o povo judeu sofreu ao longo da história. Queremos, sim, que o povo palestino seja respeitado. Se deve haver punição, que seja ao grupo Hamas, não com morte e sangue de inocentes e crianças”, destacou.

Mundo
Manifestações pró-Palestina também ocorreram em diversas cidades pelo mundo neste final de semana. Em Londres, na Inglaterra, um ato reuniu mais de 300 mil pessoas nesse sábado (11).

Também foram registradas manifestações pró-Palestina e pelo cessar fogo em Bruxelas (Bélgica), Berlim (Alemanha), Genebra (Suíça), Barcelona (Espanha) e Austrália.

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Brasileiros que estavam em Gaza chegam ao Brasil nesta segunda https://canalmynews.com.br/brasil/brasileiros-que-estavam-em-gaza-chegam-ao-brasil-nesta-segunda/ Mon, 13 Nov 2023 11:34:58 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=41199 Previsão é que a aeronave decole às 11h50 (horário local) e pouse em Brasília às 23h30 (horário local)

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Os brasileiros e seus familiares palestinos que deixaram a Faixa de Gaza chegam nesta segunda-feira (13) ao Brasil. O governo federal já tem uma operação de acolhimento pronta para o grupo, como atendimento médico e psicológico e regularização de documentos.

Eles cruzaram a fronteira com o Egito pelo Portal de Rafah, no início da manhã deste domingo (12). A chegada ao Cairo ocorreu no início da noite. Na capital egípcia, o grupo pega o voo para Brasília. A previsão é que a aeronave decole às 11h50 (horário local) e pouse em Brasília às 23h30 (horário local). Antes disso, haverá três paradas técnicas: em Roma, na Itália; em Las Palmas, na Espanha; e na Base Aérea do Recife, já no Brasil.

Os repatriados receberão apoio psicológico, cuidados médicos e imunização e terão um período de repouso em Brasília, em alojamento da Força Aérea Brasileira (FAB), antes de se deslocarem para outras cidades no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) está sendo mobilizada para oferecer aos repatriados os cuidados em saúde necessários logo no momento de chegada ao Brasil, em Brasília.

“A oferta no momento da recepção envolve cuidados psicológicos e clínicos, incluindo urgências e emergências que possam surgir. A equipe será formada por cinco profissionais da saúde: um médico, um enfermeiro e três psicólogos. Além disso, será disponibilizada uma ambulância do Samu/DF, tipo UTI móvel, com médico e enfermeiro, se houver necessidade de atendimento especializado em unidade da rede de saúde”, explicou a pasta, em resposta à Agência Brasil.

Ao chegarem ao Brasil, também será feita a regularização migratória, pela Polícia Federal, e a emissão de outros documentos que permitam o acesso a serviços públicos e ao emprego.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, algumas pessoas têm familiares no Brasil, enquanto outras serão acolhidas em um local no interior de São Paulo, disponibilizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social.

O grupo a caminho do Brasil tem 22 brasileiros de nascimento, sete palestinos naturalizados brasileiros e três palestinos familiares próximos. Dos 32 repatriados, 17 são crianças, nove mulheres e seis homens.

Voltando em Paz
Este será o décimo voo da Operação Voltando em Paz, do governo federal, que cumpre mais uma missão de repatriação em áreas de conflito no Oriente Médio. A aeronave VC-2, cedida pela Presidência da República, está há quase um mês no Egito para o resgate dos repatriados oriundos da Faixa de Gaza. Os outros voos partiram de Tel Aviv, em Israel, e de Amã, na Jordânia, com brasileiros que estavam no território palestino da Cisjordânia.

Com os dez voos, a Operação Voltando em Paz terá transportado um total de 1.477 passageiros, além de 53 animais domésticos. Do total, foram 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana.

No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.

Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios. A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

Assista:

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Gaza: brasileiros estão nas cidades com mais mortes em 24 horas https://canalmynews.com.br/brasil/gaza-brasileiros-estao-nas-cidades-com-mais-mortes-em-24-horas/ Fri, 27 Oct 2023 15:54:42 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40940 Grupo de 32 pessoas estão em Rafah e Khan Yunis, ao Sul do enclave

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As cidades de Rafah e Khan Yunis, ao Sul da Faixa de Gaza, foram as que registraram o maior número de mortes, nas últimas 24 horas, causadas pelos bombardeios de Israel, segundo o último boletim publicado pelo Escritório para Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha).

O grupo com 32 pessoas monitorado pelo governo brasileiro está dividido entre Rafah (8 crianças, 4 mulheres e 4 homens) e Khan Yunes (9 crianças, 5 mulheres e 2 homens). Apesar das forças israelenses ordenarem a saída dos moradores do Norte de Gaza, o sul também segue sob intenso bombardeio.

“Entre os ataques mais mortais relatados nas últimas 24 horas estão os ataques aéreos contra estruturas residenciais em Khan Yunis (40 mortes relatadas em dois ataques aéreos separados) e em Rafah (12 mortes relatadas, incluindo cinco crianças), enquanto as operações de busca e resgate estão em andamento para dezenas de pessoas desaparecidas sob os escombros”, afirma o boletim do Escritório da ONU.

Segundo a Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, os brasileiros reportaram intenso bombardeiro na última noite “com uso de algum produto que afeta a respiração: ‘parece gás lacrimogêneo’”.

O palestino naturalizado brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, presenciou na manhã desta sexta-feira (26) novos bombardeiros próximos à residência onde está abrigado com a mulher e duas filhas. Eles estão há 20 dias aguardando autorização para deixar a Faixa de Gaza:

“Bombardeio direito naquele lugar, dá para ver pela janela, 21 dias direto no meio desse conflito, ataques diretos, sem água, sem energia, sem gás para cozinhar, sem pão, está muito complicado. É a terceira vez que atacaram esse lugar”.

Pelo menos 7.326 palestinos, incluindo 3.038 crianças, foram mortos em ataques israelenses no enclave desde 7 de outubro, informou o Ministério da Saúde em Gaza, controlada pelo Hamas, nesta sexta-feira.

Além disso, cerca de 1,6 mil pessoas, incluindo pelo menos 900 crianças, foram dadas como desaparecidas e podem estar presas ou mortas sob os escombros, aguardando resgate ou recuperação, segundo a Ocha.

Água
O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários informou que o abastecimento de água teve uma melhoria temporária pelo segundo dia consecutivo, “depois de a UNRWA [Agência da ONU para Refugiados Palestinos] e a Unicef [Fundo da ONU para Infância] terem conseguido fornecer 25 mil litros adicionais de combustível a instalações de água cruciais, provenientes das suas reservas em Gaza. No entanto, a menos que seja fornecido combustível adicional a estas instalações, as operações serão novamente interrompidas em breve”.

Além disso, depois do abastecimento de água por Israel à área de Khan Younis ter diminuído entre 60% e 80%, em 25 de outubro, o fornecimento foi retomado ao nível anterior de 600 metros cúbicos por hora. “Isto também contribuiu para a disponibilidade de água canalizada em alguns agregados familiares”, informou.

A Ocha destacou ainda que duas centrais de dessalinização de água do mar na Área Média e Khan Younis continuam a operar com 30% da sua capacidade total (a terceira central de dessalinização de água do mar no Norte de Gaza permanece fechado).

Assista:
CRISE DIPLOMÁTICA: Representante de Israel se irrita e pede renúncia de secretário-geral da ONU

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1947: ESTADO PALESTINO E ESTADO ISRAELENSE https://canalmynews.com.br/opiniao/1947-estado-palestino-e-estado-israelense/ Wed, 25 Oct 2023 09:34:33 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40845 Eventos que se desencadearam a partir de 07/10/2023, surpreendendo o mundo, têm provocado inúmeras discussões

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Acredito que, se há solução para a sobrevivência da humanidade, ela virá pela conquista da igualdade social. Do mesmo modo, entendo que, se há solução para os problemas entre israelenses e palestinos, ela estará na concretização de dois Estados independentes na região: o Estado Palestino e o Estado de Israel.

Os eventos que se desencadearam a partir de 07/10/2023, surpreendendo o mundo, têm provocado inúmeras discussões, principalmente nos meios de comunicação e, também, nos meios acadêmicos.

Temos sido bombardeados por uma avalanche de informações das mais variadas que apontam para um inédito despertar da chamada “opinião pública”, nem sempre interessada em assuntos áridos e complexos. Ao lado disso, desenvolve-se a possibilidade de, com o passar do tempo, o tema cair no desinteresse e cansaço como está acontecendo com outro grave problema mundial contemporâneo: a invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra dali decorrente.

Acompanhamos uma quantidade enorme de análises dos meios de comunicação que, desde o primeiro instante, caracterizaram o Hamas como grupo terrorista. O governo brasileiro tem sido muito criticado por não utilizar o termo (“terrorista”) para o Hamas e, de nada adiantou observar que, nesse quesito o Brasil seguia as orientações da Organização das Nações Unidas (ONU) que não colocava o grupo como organização terrorista. Ao mesmo tempo, os meios de comunicação que se desdobraram em analisar os eventos, não se preocuparam em definir terrorismo e ação terrorista o que é importante que façamos.

Segundo Norberto Bobbio (BOBBIO, Norberto et alii. Dicionário de Política. Brasília, Ed. Universidade de Brasília, 2010. p. 1242-1244) terrorismo pode ser entendido “como a prática política de quem recorre sistematicamente à violência contra as pessoas ou às coisas provocando o terror”. No plano internacional, o terrorismo se revela “a única forma de ação possível quando os grupos terroristas não possam ser reconduzidos a nenhuma unidade territorial, ou melhor, a nenhum Estado.” Este é o caso do Hamas e do Hezbollah que não tem um Estado para chamar de seu.

É importante que nos debrucemos sobre aspectos-chave para que possamos expressar uma concepção abalizada a respeito desse tema que, tal como a Guerra Rússia/Ucrânia, veio para ficar e, com o qual, conviveremos durante bastante tempo.

É necessário que se reflita sobre o porquê desse ataque do Hamas ao Estado de Israel 2 que, em tese, pegou a todos, especialmente, os israelenses de surpresa.

Para tanto é necessário um recuo à Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1947, que decidiu pela criação de dois Estados independentes: o Estado Palestino e o Estado de Israel na região da Palestina, ou seja, no território localizado na região do conhecido Oriente Médio ou Oriente Próximo. Seu nome se origina de Filistina ou Terra dos Filisteus. Além disso, como Jerusalém é uma cidade considerada sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos, a ONU decidiu que seu território deveria ser livre e administrado internacionalmente. Essa sessão da Assembleia Geral da ONU foi presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha que defendeu a questão da partilha e da criação do Estado de Israel, a famosa Resolução 181. Porém, por que foi realizada essa Conferência para decidir essa temática?

Desde o final do século XIX, judeus entusiasmados pelo pensamento de Theodor Herzl (1860-1904), começaram a se dirigir em direção ao território da Palestina. Theodor Herzl foi um jornalista judeu austro-húngaro que havia sofrido pessoalmente perseguições por ser judeu. Posteriormente, influenciado pelo famoso Caso Dreyfus (1894-1906) 3 , escreveu um livro O Estado Judeu onde defendia a criação de um Estado para os judeus.

No início do século XX, amplia-se a migração de judeus em direção à Terra que consideram como sua: a Palestina, cuja antiga denominação é Canaã. Começaram a comprar terras na região que se encontrava ocupada por árabes que lá se instalaram a partir do século VII d.C. O clima de tensão no território já é claro, pois, os árabes não aceitam partilhar sua terra com esse povo que chega comprando territórios com ambições de domínio.

Há um mito religioso, segundo o qual, Deus teria prometido essa terra aos judeus que seriam o seu “povo escolhido”. Deus teria dito a Abraão, um dos patriarcas hebraicos 4 que deveria sair de sua terra e se dirigir ao território que ele iria lhe mostrar e essa terra seria sua e de seus descendentes.

Segundo a tradição bíblica, os hebreus, por volta de 1.700 a.C., levados por uma fase de escassez de alimentos, migraram para o Egito, buscando se estabelecer em suas terras férteis. Inicialmente aceitos, com o passar do tempo, teriam sido escravizados, o que se manteve até aproximadamente 1.300 a.C. Aí, segundo, novamente, a tradição bíblica, teriam sido libertos por Moisés que os conduziu de volta à sua terra prometida por Deus: Canaã. Canaã, em termos atuais, corresponde aos territórios de: Israel, Faixa de Gaza, Cisjordânia, parte da Jordânia, Líbano e parte da Síria.

Porém, como era de se esperar, essa terra não estava à sua espera. Estava ocupada por cananeus e filisteus. Para se estabelecerem precisaram conquistar militarmente essa terra contra os povos que ali viviam. Segue-se um período de prosperidade em que todos conhecemos os importantes reis hebreus: Saul, Davi e Salomão, momento em que foi construído o Templo de Jerusalém, templo este que foi destruído durante o domínio romano.

Ou seja, após essa fase de prosperidade veio a decadência. Com a morte de Salomão, seu filho Roboão passou a governar. Mas seu reinado desagradou à população. Isto acabou levando à divisão do território em dois reinos: Israel Setentrional, o reino das 10 tribos e Israel Meridional, com capital em Jerusalém.

Nesse momento de fragilidade foram alvo de diversas conquistas até o domínio romano em 63 a.C. Foi sob este domínio que se deu sua diáspora (dispersão). Após uma rebelião foram expulsos pelos romanos (70 d.C.) e condenados a se espalhar por diversas regiões, excetuando-se o território do Império Romano. Assim permaneceram até voltar a se agrupar, a partir do início do século XX embalados pelas crenças de Theodore Herzl e do sionismo 5 .

As barbaridades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial e, particularmente, o terror do Holocausto com a morte de, aproximadamente, 6 milhões de judeus criaram um sentimento generalizado de culpa. Afinal, como a Europa poderia não saber dos horrores dos campos de concentração e do genocídio de povos? Boa parte dos países agiram como se o tivessem descoberto somente com a libertação dos campos de concentração, ao término do conflito.

Em meio à hipocrisia do pretenso desconhecimento, os vencedores da guerra se viram obrigados a criar uma solução para a região da Palestina, mesmo porque a pressão judaica populacional na região era explosiva. Essa região estivera sob o domínio do Império Otomano que, entretanto, com a Primeira Guerra Mundial (1914- 1918) foi destroçado. Mesmo antes do término da guerra, um documento conhecido como a Declaração Balfour (1917) se referia ao desejo do governo britânico de facilitar o estabelecimento do Lar Nacional Judeu na Palestina, se os ingleses conseguissem derrotar o Império Otomano. Após o fim do Império Otomano, a região da Palestina ficou sob o
controle de um Mandato Britânico (1920-1948).

Deve-se observar que, após a Conferência da ONU de 1947, não foram tomadas medidas concretas para a criação dos Estados. Assim, os judeus apressaram-se, em 1948, a criar unilateralmente o seu Estado. O mesmo não ocorreu com a Palestina e seu Estado ainda por se realizar.

Novamente se vivenciava o drama da chegada dos judeus a um território que consideram a sua “terra prometida por Deus” que não estava à sua espera, estava ocupada por uma população beligerante em relação ao novo Estado. Entre a sua crença religiosa como “povo escolhido por Deus” e a realidade vivenciada a distância foi abissal. Para os habitantes da região, os Palestinos, nada significava ser o “povo escolhido por Deus”. Que Deus? Eles acreditam em outras divindades. Esse povo foi visto por eles simplesmente como invasor, usurpador.

É preciso explicar que, quando da partilha, os judeus detinham apenas 7% do território e passaram a possuir 55%, enquanto os palestinos, em maioria, ficaram com 45%. Outra questão importante: na concepção de um Estado Palestino, os territórios destinados a eles foram divididos e distanciados: uma parte na estreita e diminuta Faixa de Gaza e outra parte na Cisjordânia. O tratamento desigual dado para a questão é, portanto, gritante!

Entre 1948 e 1949 os exércitos da Liga Árabe (Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque e a população árabe palestina), invadem Israel tentando evitar a consolidação do novo Estado. Mas, apesar de mais numerosos, em 1949, a Liga Árabe foi derrotada. Durante o conflito, os judeus aproveitaram para expulsar mais da metade da população palestina da região. Os palestinos consideram essa a sua diáspora: Al Nakba (a catástrofe). Popularmente é narrado que a maior parte dos palestinos expulsos guardaram as chaves de suas casas que conservam até hoje, preparando o seu retorno.

Durante essa diáspora, entretanto, os territórios destinados ao futuro Estado Palestino, foram dominados por outros povos: o Egito ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia passou a ser controlada pela Jordânia. Aos palestinos restou se espalharem pela Jordânia e pelo Líbano.

Os hebreus são os antepassados dos atuais judeus. Segundo narrativas bíblicas Abraão é considerado o pai do povo hebreu. Ele
teria sido escolhido por Deus para chefiar uma nação. Sion é o nome de uma das colinas da “Terra Santa” que, durante o reinado de Davi, se tornou sinônimo de Jerusalém.

Em 1956, uma grave crise expõe novamente a brutalidade da questão. Em 29/10/1956, forças armadas israelitas avançaram em direção ao Egito e ao Canal de Suez 6 cuja passagem controlava 2/3 do petróleo utilizado pela Europa.

Isso se deveu ao fato de que o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser nacionalizou o Canal. Nasser desejava que as taxas cobradas por franceses e ingleses passassem aos egípcios e ajudassem a financiar a represa de Assuã que almejava construir. Na investida israelense houve o apoio da França e da Inglaterra na invasão que se desencadeou.

A URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) apoiava Nasser auxiliando-o na construção da barragem de Assuã. Além disso, o líder soviético Nikita Khrushchev ameaçou com uma guerra nuclear caso a tríplice aliança (Israel, França e Inglaterra) não se retirasse. Os EUA resolvem intervir ameaçando com sanções econômicas.

Resultado: França e Inglaterra se retiraram e Israel acabou cedendo ao devolver o canal ao Egito. Este evento é excepcional pois, de um lado, revela um momento em que os EUA não apoiam Israel e, de outro, mostra uma derrota dos judeus. Em 1964, uma importante alteração no quadro: todos os grupos que lutavam pelos direitos dos palestinos se unificaram, criando a Organização pela Libertação da Palestina (OLP). Yasser Arafat, o criador do maior desses grupos, o Fatah, assume a presidência da OLP.

Porém, a situação iria se alterar brutalmente em 1967. Pretextando uma ameaça de invasão árabe, Israel conduz um ataque surpresa contra Egito, Jordânia e Síria, a breve e conhecida Guerra dos Seis Dias que terminou com a ocupação de novos territórios por Israel – provavelmente seu objetivo real. Conquistas e ocupação de áreas da Península do Sinai, da Faixa de Gaza, as Colinas de Golã, a Cisjordânia e toda a cidade de Jerusalém.

Com a guerra, a OLP precisou se exilar na Jordânia. Mas, em 1970, tentam derrubar o rei da Jordânia para assumir o controle do país. Entretanto, fracassam e são expulsos da Jordânia e obrigados a ir para o sul do Líbano onde permanecem.

Em 1972, temos a tentativa do grupo da OLP, chamado Setembro Negro, nas Olimpíadas de Munique, de sequestrar 11 atletas israelenses. No conflito, sequestradores e atletas são mortos. Em 1973, numa data sagrada para os judeus, o Yom Kippur, o “Dia do Perdão”, Egito e Síria atacam Israel.

Durante o confronto os israelitas perdem o controle da Península do Sinai e das Colinas de Golã. A intervenção dos EUA
promove a reconquista desses territórios para Israel. Como consequência desse conflito a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) resolve elevar de forma inédita os preços do produto do qual boa parte do mundo dependia. É a conhecida “Crise do Petróleo” que
afetou a economia de muitos países.

Em 1974, a Liga Árabe reconhece a OLP como a representante legítima do povo palestino e a Assembleia Geral da ONU admite a OLP como a entidade para representar (como membro observador) a Palestina em qualquer assunto que a ela dissesse respeito.

Entre 1987 e 1993 tivemos a Primeira Intifada que é o levante palestino contra a ocupação de Israel. Nessa ocasião o levante se caracterizou pelo ataque com paus e pedras pelos palestinos – sua forma de resistência – contra o todo poderoso Estado de Israel. O pretexto para o início do conflito foi a morte de trabalhadores palestinos quando duas vans israelenses colidiram com o seu transporte para o trabalho. A revolta palestina chegou até a Cisjordânia. O número de mortos, presos e desaparecidos foi avassalador.

Em 1988, a Liga Árabe reconhece a OLP e Yasser Arafat como representante dos palestinos. Na mesma data, a OLP declara a independência da Palestina o que é reconhecido pela maioria dos países. Entretanto, os territórios ocupados por Israel continuam sob seu jugo. Em 1993, Yasser Arafat do grupo Fatah, numa carta ao primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, reconheceu o Estado de Israel. Israel aceitou a OLP como representante legítima do povo palestino.

Claramente houve um distensionamento na região. É o momento para, talvez, o mais ousado e alvissareiro acordo de paz entre Palestinos e Israelenses. São os Acordos de Oslo (1993). Gostaria de dizer que, naquele momento, fui chamada diversas vezes pelos meios de comunicação para analisar esse conflito.

Reputo que esses acordos foram a mais importante tentativa de estabelecimento de paz na região. Observo ainda que, em visita ao Egito e a Israel, em 1995, pude constatar que se podia atravessar territórios que, anteriormente, seriam fechados. Tive então a possibilidade de uma ampla visita à região.

Foram um conjunto de acordos estabelecidos na cidade de Oslo na Noruega: o governo israelense foi representado pela figura de Yitzhak Rabin e a OLP representada por Yasser Arafat. A mediação coube ao então presidente dos EUA Bill Clinton. O plano deveria ter a duração de 6 anos (1993-1999) e compreendia a retirada de Israel da Faixa de Gaza e de regiões da Cisjordânia, com a transferência de poderes à OLP.

Previa também a transferência de outras aldeias da 6 Inaugurado em 1869 idealizado por Ferdinand de Lesseps e administrado em conjunto pela França e Inglaterra que angariava as taxas cobradas pelo transporte de navios pelo Canal. Cisjordânia, realização de eleições em breve, com a permissão da movimentação entre os territórios transferidos.

O mais importante: a discussão sobre os assentamentos judeus nos territórios palestinos e em Jerusalém. Apesar de, num primeiro momento, as resoluções terem sido levadas adiante, logo as desconfianças de ambas as partes predominaram e o plano fracassou. Importante assinalar que, em 1995, Yitzhak Rabin foi assassinado por um seu compatriota judeu
fanático que não aceitava os acordos de Oslo.

Uma consequência positiva desses acordos foi a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em 1994. A ANP passou a controlar os territórios de Gaza e Cisjordânia e Yasser Arafat foi seu primeiro presidente, exercendo o
cargo até sua morte em 2004.

Um pequeno parêntese, em minha viagem de 1995 à região, nosso guia falava de forma muito satisfatória que Binyamin Netanyahu, a quem chamava carinhosamente de “Bibi”, estava de volta, colocando-o como a solução para todos os conflitos. Dito e feito! Em 1996, “Bibi” é eleito pelo Partido Likud, extremamente conservador. Interrompe o processo de desocupação dos territórios palestinos e amplia os assentamentos de colonos judeus em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Porém, em 1999, Ehud Barak, é eleito Primeiro-Ministro de Israel. Barak pertencia ao Partido Trabalhista (o mesmo de Yitzhak Rabin), de tendência social-democrata. Sob sua administração, Israel retira-se do sul do Líbano. Porém, sofrendo muitas represálias dos israelenses, Barak acaba renunciando. Novas eleições são convocadas com a vitória do general Ariel Sharon, do Likud, declarado inimigo dos palestinos.

Apesar de admoestado Sharon, contrariando os palestinos faz uma visita à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém. O local é considerado sagrado pelos israelenses, mas também o é para os palestinos que o reivindicam como capital de seu futuro Estado. Entendendo a atitude de Sharon como provocação, tem início nova Intifada.

Em 2004, Yasser Arafat morreu e, em 2005, terminou a segunda Intifada. Os israelenses deixaram a Faixa de Gaza que, pela primeira vez, viveu um processo de eleições. Entretanto, a vitória pertenceu ao Hamas que não é um
consenso entre os palestinos e estabeleceu um governo na região. O Fatah de Yasser Arafat tem muitas divergências com o Hamas. Só para ficarmos em uma delas, o objetivo do Hamas é destruir o Estado de Israel que não aceita. O Fatah, desde 1988 reconhece o Estado de Israel.

Ao se retirar de Gaza, Israel impôs um bloqueio à região e lançou vários ataques militares: 2008, 2012, 2014, 2021. É importante frisar que Netanyahu que governou Israel no final do século XX, ao longo do século XXI, esteve no poder entre 2009 e 2021 e, após um pequeno interregno, voltou ao poder em 2022 apoiado por uma coalizão de
extrema-direita.

Peço desculpas pelo longo histórico perseguido por este artigo. Entretanto, se não tivermos conhecimento dos fatos, seremos apenas repetidores das notícias que nos bombardeiam e que nos levam a crer numa imparcialidade. Não há imparcialidade! Quando nos expressamos estamos exprimindo nosso ponto de vista, do lugar social de onde falamos. Como diz Gilberto Gil: “que a paz invada nossos corações!”

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Avião da FAB decola nesta sexta para resgatar brasileiros em Israel https://canalmynews.com.br/brasil/aviao-da-fab-decola-nesta-sexta-para-resgatar-brasileiros-em-israel/ Fri, 20 Oct 2023 09:16:41 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40707 Retorno está previsto para o domingo (22) à tarde, com pouso do KC-30 na madrugada da segunda-feira (23), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio

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A Operação Voltando em Paz, do governo federal, realiza o nono voo de repatriação de brasileiros em Israel. A aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, às 17h (horário de Brasília) desta sexta-feira (20). O destino é Tel Aviv, em voo direto.

O retorno está previsto para o domingo (22) à tarde, com pouso do KC-30 na madrugada da segunda-feira (23), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio.

Um avião da Força Aérea Brasileira KC-30, procedente de Tel Aviv, pousou na madrugada desta quinta-feira (19) no Rio com 219 brasileiros repatriados da zona de guerra no Oriente Médio. Eles trouxeram 11 animais de estimação no sexto voo de repatriação. Com isso, chegou a 1.135 o número de brasileiros atendidos pela Operação Voltando em Paz.

O problema ocorre com o grupo de brasileiros na Faixa de Gaza, pois não há previsão para saída de pessoas do enclave palestino. Um avião presidencial já está no Cairo, capital do Egito, aguardando autorização para tirar os brasileiros pela fronteira com o Egito.

Repatriação
O Brasil retirou da região do conflito no Oriente Médio um total de 1.135 brasileiros por meio da Operação Voltando em Paz, iniciativa do governo brasileiro para trazer nacionais que desejam sair da zona de guerra. Outros 150 brasileiros continuam na região no aguardo da repatriação: 120 em Israel e cerca de 30 na Faixa de Gaza. Foram seis voos desde o dia 10 de outubro.

A operação inclui veículos para transportar os brasileiros das áreas centrais de Jerusalém e Tel Aviv até o aeroporto.

Há ainda 15 estrangeiros de países latino-americanos, da Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai, que solicitaram ajuda ao Brasil para deixar a região da guerra.

Assista “Repatriado brasileiro conta como foi o primeiro momento da guerra”:

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Brasil é convidado para reunião no Egito sobre crise em Gaza https://canalmynews.com.br/brasil/brasil-e-convidado-para-reuniao-no-egito-sobre-crise-em-gaza/ Thu, 19 Oct 2023 10:32:32 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40675 Foco principal do encontro é a crise humanitária em Gaza. Território está cercado e sofrendo bombardeios contínuos das forças militares de Israel

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O governo do Egito, país que faz fronteira com a Faixa de Gaza, na Palestina, convidou o Brasil para participar de uma cúpula com outros países para discutir a guerra entre Israel e o grupo Hamas. A informação foi confirmada à Agência Brasil pela Presidência da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recupera de uma cirurgia no quadril e não pode viajar. Um representante irá em seu lugar, mas o nome ainda não foi anunciado. A cúpula ocorrerá neste sábado (21), no Cairo, capital egípcia.

O foco principal do encontro é a crise humanitária em Gaza. O território está cercado e sofrendo bombardeios contínuos das forças militares de Israel, desde a eclosão de um novo conflito, há pouco mais de uma semana, quando o Hamas promoveu uma série de ataques em território israelense, que resultou na morte de centenas de civis e provocou uma forte contraofensiva.

O convite ao Brasil ocorre após a tentativa do país, que preside atualmente o Conselho de Segurança das Nações Unidas, de aprovar uma resolução sobre o conflito no colegiado. A diplomacia brasileira obteve amplo apoio em torno de um texto de consenso, mas a oposição dos Estados Unidos, que é membro permanente do Conselho a tem direito a veto, frustrou a expectativa de ver a resolução aprovada. Além do Egito e Brasil, outros países árabes, como Jordânia, Catar e Turquia devem participar, mas nenhuma lista oficial dos países participantes foi divulgada até o momento.

No último fim de semana, Lula falou por telefone com o presidente do Egito. Um avião da Presidência da República está no país e aguarda para fazer a repatriação de cerca de 30 brasileiros que estão em Gaza, perto da fronteira com o Egito. A travessia da fronteira ainda não foi autorizada.

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Conselho de Segurança da ONU rejeita proposta do Brasil sobre conflito https://canalmynews.com.br/politica/conselho-de-seguranca-da-onu-rejeita-proposta-do-brasil-sobre-conflito/ Wed, 18 Oct 2023 15:44:09 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40671 Resultado da votação foi 12 votos a favor, duas abstenções, sendo uma da Rússia, e um voto contrário, por parte dos Estados Unidos. Por se tratar de um membro permanente, o voto norte-americano resultou na rejeição da proposta brasileira

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (18) a proposta apresentada pelo governo brasileiro sobre o conflito envolvendo Israel e o grupo extremista palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O texto pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

O resultado da votação foi 12 votos a favor, duas abstenções, sendo uma da Rússia, e um voto contrário, por parte dos Estados Unidos. Por se tratar de um membro permanente, o voto norte-americano resultou na rejeição da proposta brasileira.

A análise da resolução estava inicialmente prevista para o início da semana, mas foi adiada para esta quarta-feira na sede da entidade, em Nova York.

Após a votação, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, lembrou que o presidente norte-americano, Joe Biden, está, neste momento, na região do conflito, o que, segundo ela, demonstra o envolvimento do país no tema. “Apesar de reconhecermos o desejo do governo brasileiro de aprovar a proposta, acreditamos que precisamos deixar essa diplomacia acontecer.”

“Sim, resoluções são importantes. E sim, esse conselho deve se manifestar. Mas as ações que tomamos devem levar em conta o que acontece no local e apoiar esforços diretos de diplomacia que podem salvar vidas”, disse. “Os Estados Unidos estão desapontados pelo fato dessa resolução não mencionar o direito de Israel de autodefesa. Como qualquer outro país do mundo, Israel tem o direito de se autodefender”.

Na segunda-feira (16), membros do conselho rejeitaram uma proposta de resolução da Rússia sobre o conflito. O país apresentou um projeto de cessar-fogo imediato, incluindo a abertura de corredores humanitários e a liberação de reféns com segurança, mas não condenava diretamente o Hamas pelos atos de violência cometidos contra Israel. A proposta teve cinco votos favoráveis, quatro contrários e seis abstenções.

Entenda
O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes, a China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo a Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. Para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.

* Matéria alterada às 12h28 para acrescentar posicionamento da embaixadora dos EUA na ONU

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Avião que trará brasileiros de Gaza decola para o Egito https://canalmynews.com.br/politica/aviao-que-trara-brasileiros-de-gaza-decola-para-o-egito/ Wed, 18 Oct 2023 12:22:40 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40658 VC-2 (Embraer 190), da Força Aérea Brasileira (FAB), estava parada em Roma, na Itália, desde a última sexta-feira (13), aguardando autorização para pousar em território egípcio

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O avião que fará a repatriação de cerca de 30 brasileiros que estão em Gaza decolou nesta quarta-feira (18) com destino ao Egito. O VC-2 (Embraer 190), da Força Aérea Brasileira (FAB), estava parada em Roma, na Itália, desde a última sexta-feira (13), aguardando autorização para pousar em território egípcio.

A aeronave também leva 40 purificadores de água portáteis, além de dois kits de medicamentos e insumos enviados pelo governo brasileiro, para atender à situação de emergência na Faixa de Gaza, que vem sendo bombardeada por Israel desde 7 de outubro.

Segundo a FAB, cada kit tem 48 itens, incluindo antibióticos, anti-inflamatórios, ataduras, entre outros. Já os purificadores têm capacidade para produzir água pura e atender até 13,5 mil pessoas por dia.

O VC-2 inicialmente pousará no Aeroporto Internacional de El-Arish, localizado a cerca de 60 quilômetros do posto de fronteira de Rafah, que separa Gaza do Egito.

Depois de descarregar o material, o avião da FAB será deslocado para o Cairo, capital egípcia, onde aguardará instruções sobre a retirada dos brasileiros que estão em Gaza.

Nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores nessa terça-feira (17), informava que o grupo de cerca de 30 brasileiros e seus familiares diretos estavam abrigados nas localidades de Khan Younis e Rafah, no sul de Gaza, aguardando a abertura do posto de fronteira de Rafah.

Assista
Professor de direito internacional faz análise das ações na guerra envolvendo Israel:

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Gaza: OMS condena ataque a hospital e pede fim de evacuação https://canalmynews.com.br/internacional/gaza-oms-condena-ataque-a-hospital-e-pede-fim-de-evacuacao/ Wed, 18 Oct 2023 10:27:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40650 De acordo com a organização, o hospital era uma das 20 instituições da região que receberam ordens de evacuação pelas forças de segurança israelenses

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nota condenando o ataque aéreo ao hospital Al Ahli Arab, localizado no norte da Faixa de Gaza.

No momento do ataque, o hospital estava em operação, com pacientes, profissionais de saúde e pessoas internadas. Há relatos de centenas de mortos e feridos.

De acordo com a organização, o hospital era uma das 20 instituições da região que receberam ordens de evacuação pelas forças de segurança israelenses.

“A ordem de evacuação tem sido impossível de ser executada dada a atual insegurança, o estado crítico de muitos pacientes e a falta de ambulâncias, pessoal, capacidade de camas do sistema de saúde e abrigo alternativo para os deslocados”, diz a organização internacional.

A OMS pede a suspensão das ordens de evacuação e a proteção dos civis e das unidades de saúde durante o conflito Israel-Hamas.

“O direito humanitário internacional deve ser respeitado, o que significa que os cuidados de saúde devem ser ativamente protegidos e nunca visados”.

Ataque
Estima-se que mais de 500 pessoas morreram ou ficaram feridas no bombardeio ao hospital, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

O grupo acusa Israel de ter liderado o ataque aéreo. Militares israelenses negam a responsabilidade pela ação e alegam que a unidade foi atingida por um lançamento fracassado de um foguete pela Jihad Islâmica.

O Café do MyNews de 18 de outubro trata do ataque:

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Conselho da ONU analisa na quarta-feira resolução sobre conflito https://canalmynews.com.br/internacional/conselho-da-onu-analisa-na-quarta-feira-resolucao-sobre-conflito/ Wed, 18 Oct 2023 10:19:44 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40647 Análise da proposta da presidência do Conselho, que neste mês está sendo exercida pelo Brasil, estava inicialmente prevista para segunda-feira (16), mas foi adiada para esta terça-feira (17)

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai analisar nesta quarta-feira (18) o projeto de resolução elaborado pelo Brasil sobre o conflito no Oriente Médio. O texto pede pausas humanitárias na troca de agressões entre Israel e o grupo palestino do Hamas para permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A reunião acontece às 10h, no horário de Nova York.

A análise da proposta da presidência do Conselho, que neste mês está sendo exercida pelo Brasil, estava inicialmente prevista para segunda-feira (16), mas foi adiada para esta terça-feira (17). No entanto, no fim da tarde, o Itamaraty confirmou que a reunião será amanhã.

Na segunda-feira (16), os membros do Conselho rejeitaram a proposta de resolução da Rússia sobre o conflito, que apresentava a proposta de um cessar-fogo imediato, a abertura de corredores humanitários e a liberação de reféns com segurança, mas não condenava diretamente o Hamas pelos atos de violência cometidos.

A proposta da Rússia teve cinco votos favoráveis, quatro contrários e seis abstenções. Para aprovar uma resolução na ONU, é preciso o apoio de 9 dos 15 membros e nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.

O Conselho de Segurança tem cinco membros permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Outros 10 países fazem parte do conselho rotativo: Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.

Assista ao Café desta terça-feira (17) que tratou do tema:

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Chanceler vai ao Senado falar sobre posição no conflito Israel-Palestina https://canalmynews.com.br/internacional/chanceler-vai-ao-senado-falar-sobre-posicao-no-conflito-israel-palestina/ Tue, 17 Oct 2023 13:30:29 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40610 Objetivo é compreender a posição da diplomacia brasileira e coletar informações sobre a repatriação de brasileiros

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Diante da escalada do conflito entre Israel e Palestina e a crise humanitária na Faixa de Gaza, a Comissão de Relações Exteriores marcou uma audiência pública para ouvir o chanceler Mauro Vieira. A reunião com o ministro das Relações Exteriores começa às 13h desta quarta-feira (18).

O objetivo é compreender a posição da diplomacia brasileira e coletar informações sobre a repatriação de brasileiros. A CRE é presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).

A reunião será interativa, transmitida ao vivo e aberta à participação dos interessados por meio do portal e-cidadania, na internet, em senado.leg.br/ecidadania ou pelo telefone da ouvidoria 0800 061 22 11.

Como participar
O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.

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Biden visitará Israel na quarta-feira, diz secretário de Estado https://canalmynews.com.br/internacional/biden-visitara-israel-na-quarta-feira-diz-secretario-de-estado/ Tue, 17 Oct 2023 09:34:15 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40590 Presidente dos EUA reafirmará direito do país se defender

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitará Israel na quarta-feira para se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Conforme anunciou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, nesta segunda-feira (16), Biden deixará claro que Israel tem o direito de se defender.

Biden reafirmará sua solidariedade a Israel enquanto o país se prepara para uma ofensiva terrestre contra os militantes do Hamas em Gaza, disse Blinken após longas conversas com Netanyahu.

Negociações
O secretário de Estado norte-americano manteve mais de seis horas de conversas com o gabinete de guerra de Netanyahu sobre o desdobramento da crise humanitária em Gaza. A reunião incluiu uma parada para os dois se abrigarem em um bunker após alerta para ataques aéreos.

Inesperadamente longa, a conversa estendeu-se até altas horas da madrugada de terça-feira (horário local), interrompida por sirenes enquanto o sistema de defesa antimísseis israelense Domo de Ferro interceptava foguetes do Hamas, ao mesmo tempo em que o Exército de Israel permanecia de prontidão para um possível ataque por terra a Gaza.

Blinken estava no quinto dia consecutivo de diplomacia ininterrupta na região, voltando a Israel após visitar seis países árabes em quatro dias.

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Brasileiros podem deixar Gaza nesta segunda-feira, diz embaixador https://canalmynews.com.br/brasil/brasileiros-podem-deixar-gaza-nesta-segunda-feira-diz-embaixador/ Mon, 16 Oct 2023 08:37:33 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40545 Grupo retornará ao Brasil em avião da Presidência da República

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O embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, disse neste domingo (15) esperar que os brasileiros que aguardam repatriação na Faixa de Gaza possam atravessar a fronteira para o Egito, em passagem próxima à cidade de Rafah, na segunda-feira (16). Segundo ele, a embaixada recebeu a informação de brasileiros que estão em Gaza de que “circulam rumores” de que a fronteira será aberta na segunda, e também confirmou essa informação por outro canal.

ebc.pngUm grupo de 28 pessoas, 22 brasileiros e seis palestinos com residência no Brasil, segue abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul de Gaza, aguardando autorização para cruzar a fronteira.

O embaixador afirmou que a saída dos brasileiros depende da abertura da passagem para o Egito e também da autorização das autoridades de imigração, que precisam carimbar os passaportes dos brasileiros. “No nível político tudo já está feito. É necessário apenas que, uma vez que seja aberta a fronteira, o funcionário que está ali, que vai receber os brasileiros, ele tenha a lista e autorize o ingresso. Esperamos que isso aconteça amanhã, essa é a nossa expectativa”, disse Candeas.

Segundo o governo brasileiro, assim que o grupo puder cruzar para o Egito, eles serão trazidos ao Brasil no avião VC-2 da Presidência da República, que tem capacidade para transportar até 40 passageiros. Outros cinco voos de repatriação já foram feitos para trazer brasileiros e familiares de Israel.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vêm negociando a abertura da fronteira desde a semana passada para poder resgatar o grupo. Entre sexta e sábado, o presidente abordou a questão em telefonemas com o presidente de Israel, Isaac Herzog, o presidente do Egito, Abdul Fatah al-Sisi, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

Reabertura da fronteira

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou neste domingo que a passagem fronteiriça controlada pelo Egito na Faixa de Gaza será reaberta e que os Estados Unidos estão trabalhando com egípcios, israelenses e a Organização das Nações Unidas (ONU) para que auxílio humanitário possa chegar à região.

Centenas de toneladas de ajuda foram enviadas de vários países e estão esperando há dias na península do Sinai, no Egito. Falta um acordo para sua entrega em segurança em Gaza, além da evacuação de estrangeiros por meio da fronteira em Rafah.

O Egito afirmou que intensificou seus esforços diplomáticos para resolver o impasse. “Colocamos para funcionar, o Egito botou para funcionar muitos materiais de apoio ao povo em Gaza, e Rafah será reaberta”, afirmou Blinken a repórteres no Cairo, depois do que disse ter sido uma “conversa muito boa” com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

“Estamos estabelecendo com a ONU, o Egito, Israel e outros o mecanismo pelo qual vamos receber a ajuda e como ela chegará às pessoas que precisam”, finalizou.

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Mundo perigoso: a guerra distante e a nossa, onde a violência mata quase 50 mil por ano https://canalmynews.com.br/balaio-do-kotscho/mundo-perigoso-a-guerra-distante-e-a-nossa-onde-a-violencia-mata-quase-50-mil-por-ano/ Sun, 15 Oct 2023 14:15:35 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=40535 Com a vista embaçada e dificuldades para ler e escrever, passei a semana ligado nos canais de TV

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Para quem estranhou minha ausência no Balaio nos últimos dias, algo raro de acontecer, justamente em meio a mais uma guerra no Oriente Médio, informo que estou de quarentena, derrubado pela covid pela primeira vez, quando a pandemia já tinha saído de moda.

Com a vista embaçada e dificuldades para ler e escrever, passei a semana ligado nos canais de TV, vez mais aflito com o que está acontecendo, e não podendo atualizar a coluna.

Hoje, no 9º dia dos conflitos, acordei um pouco melhor. A contabilidade do morticínio até agora registra 1.300 mortos do lado de Israel e 2.300 do lado palestino, o que já é uma enormidade, mas bem menos do que a violência fora de controle mata a cada ano na nossa guerra interna.

Não podemos esquecer dos nosso mortos _ entre eles, também grande número de crianças e mulheres, como estamos vendo no Oriente Médio, um massacre covarde contra inocentes, que nada têm a ver com o confronto entre forças israelenses de Netanyahu e palestinas do Hamas.

As nossas faixas de Gaza se espalham pelo país, dos morros cariocas aos confins da Amazônia, onde as milícias e o crime organizado ocuparam o lugar do Estado.

Segundo os últimos dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados em julho, o Brasil registrou 47,5 mil mortes violentas em 2022, uma queda de 2,4% em relação ao ano anterior. E esse número já chegou a passar de 60 mil na década passada.

Enquanto a TV mostra os horrores da guerra lá fora em tempo real, 24 horas por dia, assustando o mundo, na guerra aqui dentro só ficamos sabendo depois o que aconteceu, pelos frios boletins de ocorrência das estatísticas policiais. Ninguém se choca mais com esses números da grande tragédia social brasileira que já faz parte da paisagem. O que os olhos não veem, o coração não sente. Não dá ibope.

Nos últimos quatro anos, com o liberou geral de armas e munições para a população civil e a licença para matar das forças de segurança, passamos a andar com medo nas ruas das grandes e pequenas cidades, sem saber se as balas perdidas são da polícia ou da bandidagem, que cada vez mais se confundem em seu modus-operandi.

É tão difícil reconquistar a paz aqui como no milenar conflito entre palestinos e israelenses, que disputam o mesmo pequeno espaço de terra, com a diferença de que no Brasil temos imensos latifúndios ociosos ou ocupados apenas por bois e plantações de soja, que agora avançam pela Amazônia.

 

Ao massacre humano desses últimos dias, some-se o massacre informativo, com comentaristas e especialistas em geral se revezando nos estúdios para defender suas teses sobre quem está certo ou errado nesta guerra que só tem derrotados, dos dois lados. Ou alguém imagina que a vida vai melhorar depois, seja qual for o resultado, para os povos envolvidos neste morticínio alucinado sem dia marcado para acabar?

A única boa notícia é que agora temos um governo para tirar e repatriar os brasileiros que estão na zona de conflito, mas levou vários dias para o noticiário reconhecer os esforços do presidente Lula e seus ministros em busca de uma solução negociada de paz, agora que o país preside o Conselho de Segurança da ONU, um cargo rotativo.

A covid uma hora passa, a guerra um dia acaba, só a luta pela vida é permanente num mundo cada vez mais perigoso.

Bom domingo.

Vida que segue.

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