Para ajudar os usuários a se protegerem contra esses esquemas, explicamos a seguir como os golpes funcionam e por que adotar medidas de segurança como mudar o IP, pode ser uma estratégia eficaz.

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Como funcionam os golpes de entrega

Aproveitando-se do frenesi da Black Friday e da ansiedade dos consumidores em receber suas compras, os cibercriminosos enviam notificações falsas que parecem vir de entregadores legítimos. Essas notificações podem chegar por e-mail, SMS ou até mesmo por aplicativos de mensagens, normalmente alegando que há um problema com a entrega de um pacote. Em geral, eles afirmam que houve uma tentativa de entrega malsucedida ou então que há taxas de envio adicionais a serem pagas.

Essas mensagens muitas vezes contêm um link para um site fraudulento projetado para se parecer com uma página oficial. Uma vez no site falso, as vítimas são solicitadas a fornecer informações pessoais ou detalhes de pagamento para “resolver” o suposto problema. Isso pode levar ao roubo da sua identidade ou transações financeiras não autorizadas. Em alguns casos, clicar nesses links também pode resultar na instalação de malware no dispositivo da vítima, potencialmente dando ao golpista acesso remoto a informações confidenciais.

Outra tática comum envolve o envio de números de rastreamento falsos que parecem ser de empresas de logística bem conhecidas. Quando os usuários clicam no link de rastreamento, eles são redirecionados para um site de phishing onde são levados a “verificar” suas informações. O problema é que, durante a suposta verificação, os usuários acabam revelando dados sensíveis, como credenciais de plataformas de comércio eletrônico, detalhes de cartão de crédito ou até mesmo acesso a contas de redes sociais. Todos esses dados podem ser explorados para outros golpes ou vendidos na dark web.

Endereço IP: elemento central nos golpes

Embora possa parecer uma informação de menor importância, o endereço IP é central para estratégias criminosas como o golpe de entrega. Isso porque o IP revela sua localização geográfica, que os cibercriminosos podem usar para fazer seus golpes parecerem mais personalizados e confiáveis. Por exemplo, se um endereço IP indica que um usuário está localizado em São Paulo, o golpista pode incluir detalhes específicos do local na mensagem para fazê-la parecer mais genuína.

Além disso, os endereços IP também podem ser usados ​​para rastrear o comportamento online de um usuário, como quais sites ele visita e quando. Esses dados podem ser aproveitados para tentativas de phishing melhor direcionadas ou até mesmo para orquestrar ataques do tipo man-in-the-middle, onde os criminosos cibernéticos interceptam as comunicações entre o usuário e uma loja online.

Como se proteger ao fazer compras online

Para minimizar o risco de ser vítima de golpes de entrega nesta Black Friday, os consumidores devem:

• Desconfiar de mensagens inesperadas. Não se deve clicar em nenhum link nem fornecer informações pessoais em comunicações do tipo. Em vez disso, é recomendável visitar o site ou aplicativo oficial da empresa de entrega e usar o número de rastreamento fornecido pelo varejista virtual para verificar o status das compras.
• Verificar a fonte. E-mails fraudulentos geralmente têm erros ortográficos sutis ou endereços de remetentes estranhos que diferem ligeiramente do domínio da empresa real. Desconfie se notar algo incomum.
• Proteger o IP. Ao usar uma ferramenta, como uma rede privada virtual (VPN), o usuário pode ocultar seu endereço IP e, assim, proteger suas informações pessoais contra cibercriminosos. Isso porque uma VPN criptografa sua conexão de internet e atribui um endereço IP diferente a ela, dificultando que os criminosos cibernéticos rastreiem suas atividades online ou determinem sua localização.
• Manter programas atualizados. As atualizações são essenciais para proteger contra vulnerabilidades conhecidas. Ao combiná-las com um bom antimalware, é possível se prevenir contra grande parte das infecções e ameaças cibernéticas que os golpistas podem usar.
• Monitorar demonstrações financeiras. É recomendável que se revisem regularmente extratos bancários e de cartão de crédito para conferir a presença de quaisquer transações não autorizadas. Ao detectar qualquer atividade suspeita, o melhor a fazer é denunciá-la imediatamente à instituição financeira.

Como observado, basta tomar precauções simples, como verificar fontes de mensagens suspeitas, usar uma VPN para alterar seu IP e manter os programas atualizados para poder reduzir a probabilidade de ser vítima de um golpe de entrega.

Então, ao procurar pechinchas nesta Black Friday, é bom ter em mente que um pouco de cautela pode significar mais segurança – e muito menos dores de cabeça.

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Um dos principais alvos da operação era Gaidson Acácio dos Santos, dono da empresa GAS Consultoria Bitcoin. Em sua casa, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a PF apreendeu R$ 13,8 milhões em espécie.

A promessa de Gaidson era de 10% ao mês em investimentos em bitcoins, mas segundo a força-tarefa a GAS nem reaplicava os aportes de criptomoedas dos investidores. Muitos dos clientes da consultoria de bitcoin eram de Cabo Frio, Região dos Lagos Fluminense, que recentemente ganhou o apelido de Novo Egito, por causa das pirâmides financeiras.

Além da GAS Consultoria Bitcoin, pelo menos dez empresas que oferecem investimentos com lucro alto e rápido na cidade são alvo de investigação. Ainda de acordo com a PF, a operação apreendeu R$ 150 milhões em criptoativos, que serão liquidados e ficarão à disposição da justiça, além de 21 veículos de luxo, relógios de alto padrão, joias, valores em moeda estrangeira e documentos.

O MyNews Investe falou com o CEO da BitPreço, Ney Pimenta, que disse que esse tipo de esquema que tem acontecido cada vez mais envolvendo criptoativos, principalmente as bitcoins, faz com que muitas pessoas achem que criptomoedas sempre estão atreladas a golpes.

“Isso é muito triste e no mercado de criptomoedas ele tem sido muito explorado, por conta dessa ilusão que se tem de gente que investiu em bitcoin e se tornou rico da noite para o dia – o que não é verdade mais. Esse desconhecimento da tecnologia é muito mais fácil para os golpistas fazerem um discurso de ‘deixa o dinheiro comigo que eu mexo e invisto para te deixar rico’. Atualmente, isso é péssimo para o nosso mercado de criptomoedas; o pessoal começa conectar criptomoedas com golpes, com coisas erradas” , argumenta o CEO da BitPreço.

Como o mercado de criptomoedas ainda não é regulado, isso facilita com que os golpes aconteçam. Para fugir desse risco, Ney Pimenta dá dicas de como investir de forma segura em criptoativos.

“Escolher uma corretora e verificar se ela já está há um tempo no mercado, se tem boas referências, tem sites de reclamações. Você pode verificar se a empresa tem trabalhado bem no mercado; evitar as menores, as muito pequenas. Eu sugeriria procurar bem, estudar as que estão há pelo menos uns dois ou três anos no mercado. É muito importante dar uma estudada para ver onde você vai aplicar e fazer suas compras de moedas”, alerta.

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