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Pela primeira vez, Fazenda divulga lista de empresas que recebem benefício fiscal; veja

Informações vêm à tona em meio a pressões pelo corte de R$ 50 bilhões para possibilitar o ajuste fiscal esperado pelo mercado

por Mara Luquet em 17/11/24 12:58

Ministério da Fazenda deu transparência aos R$ 546 bilhões disponibilizados em benefícios fiscais | Foto: Pixabay

Renúncias fiscais têm nome e sobrenome. Pela primeira vez na história, o Ministério da Fazenda deu transparência aos R$ 546 bilhões concedidos a empresas em benefícios fiscais. Só as companhias do setor do agronegócio respondem por 18,7% do montante total.

A lista (clique neste link para acessar), traz em detalhe o quanto cada companhia recebeu em benefício. A divulgação ocorre em meio a pressões pelo corte de R$ 50 bilhões para possibilitar o ajuste fiscal esperado pelo mercado.

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“Tá fácil. É menos de 10% dos benefícios que os mais ricos recebem”, escreveu o presidente da Agência de Desenvolvimento da Indústria (ABDI) Ricardo Capelli em post nas redes sociais que alimentou o debate sobre ajustes de contas. “Dá pra cortar fácil, ou melhor, tenho certeza que, comprometidos com o equilíbrio fiscal, eles mesmos irão se apresentar.”

Leia mais: ‘Ricardo Cappelli rebate argumento de que Brasil tem ‘alto risco fiscal’: ‘Não existe isso’

O Congresso Nacional aprovou este ano uma lei que eliminará, até 2028, as chamadas desonerações, que causaram nos últimos dez anos um prejuízo de mais de R$ 200 bilhões à arrecadação federal. Pela lei, os privilégios fiscais que favorecem 17 setores da economia começam a ser reduzidos gradualmente a partir de 2025, e serão extintos em três anos.

A transparência com relação aos benefícios fiscais concedidos a empresas joga luz sobre o orçamento federal num momento em que o ajuste fiscal está no foco das discussões, e com forte pressão de agentes econômicos para que o governo promova os cortes.

Setores da sociedade civil argumentam que esses cortes não podem recair sobre recursos destinados à educação, saúde e à criação de políticas públicas voltadas aos mais vulneráveis, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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