Arquivos Ciro - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/ciro/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Mon, 01 Aug 2022 13:32:44 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Cientista político analisa as origens do enfrentamento entre Ciro e Lula https://canalmynews.com.br/politica/a-briga-entre-lula-e-ciro/ Sat, 30 Jul 2022 19:31:04 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=32325 O cientista político Eduardo Grin conta a história da escalada da dificuldade deste relacionamento entre os dois candidatos e que está por trás do rompimento da aliança histórica do PT e PDT no Ceará

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De onde vem as dificuldades para uma aliança entre Ciro Gomes e Luís Inácio Lula da Silva nesta corrida presidencial? O cientista político Eduardo Grin, que esteve no Almoço do MyNews na quinta-feira, conversou com a jornalista Myriam Clark sobre as origens da briga entre Lula e Ciro e suas perspectivas para o desfecho da eleição à presidência este ano. A briga entre Lula e Ciro, diz Grin, começa em 2014 quando o PT inviabiliza a candidatura de Ciro ao Senado. A briga entre Lula e Ciro inclusive está por trás do rompimento de uma aliança história do PT e PDT no Ceará.

“Em 2014 é importante lembrar que Ciro tinha uma perspectiva de vir a ser candidato ao Senado pelo Estado de São Paulo e um conjunto de fatores, a época liderado pelo PT, fez com que a sua candidatura não vingasse”, conta Grin. Já em 2018 é uma história de dois lados. Como conta Grin, a briga de Lula e Ciro tem como de fundo a promessa de Lula que ele Ciro seria o candidato tendo alguém do PT como seu vice, que poderia ser o candidato Fernando Haddad. A história contada pelo PT é que Lula nunca prometeu isso.

“Então isso acabou gerando um processo de muito desgaste”, diz Grin. Esse processo anterior foi criando muita dificuldade no relacionamento político entre Ciro e o PT, mais particularmente entre Ciro e o ex-presidente Lula, o que culminou em 2018 com o lançamento de duas candidaturas presidenciais, o de Ciro Gomes pelo PDT e a candidatura do Fernando Haddad pelo PT.

Ciro não foi para o segundo turno e todo o esforço feito por Lula e pelo Fernando Haddad para que recebesse o apoio de Ciro acabou não se concretizando. Ciro deu uma declaração de que não iria se posicionar no segundo turno. “A partir daquele momento Ciro passou a eleger o ex-presidente Lula como um alvo predileto da sua disputa política”, diz Grin.  Ciro seguiu fazendo isso numa escalada que foi aumentando cada vez mais o nível de enfrentamento. “Com essa perspectiva de que o PT é grande culpado de Bolsonaro estar no poder dado o desastre econômico do governo Dilma Roussef”, diz Grin.

Segundo Grin, Ciro acusa o PT de representar práticas políticas autoritárias. Em suma, Grin diz que “Ciro vem buscando demarcar um campo político junto ao PT e esse processo todo culmina então durante a eleição desse ano com essa enorme dificuldade política de aproximar PT e PDT”

Neste enfrentamento feito com a candidatura Lula, Ciro tem a intenção de demarcar uma diferença política e ideológica. “Nós podemos nesse caso inserir dentro do rompimento da aliança entre PDT e PT no Ceará”. Essa aliança,  explica Grin, perdurou durante 16 anos. Mas Ciro vetou a candidatura da atual governadora, Izolda Cela, que era vice-governadora eleita na chapa do então governador Camilo Santana, colocando o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, para concorrer a sua própria candidatura dentro do PDT. Por que isso? “Porque Ciro tinha temor de que a governadora poderia vir apoiar, Lula, poderia vir apoiar o governador Camilo Santana, portanto um projeto político que não lhe interessa”, diz Grin.

Você pode ver a entrevista completa no vídeo abaixo

 

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Em Brasilia, empate nas intenções de voto entre Lula e Bolsonaro https://canalmynews.com.br/politica/em-brasilia-empate-nas-intencoes-de-voto-entre-lula-e-bolsonaro/ Sun, 17 Jul 2022 16:13:10 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31644 Pesquisa Genial/Quaest divulgada neste domingo mostra corrida eleitoral no DF e intenções de voto para governo também está empatada entre Ibaneis e Arruda e o empate se repete também para a presidência

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Neste domingo a Genial/Quaest soltou pesquisa mapeando os eleitores no Distrito Federal. A intenções de voto para o governo não remete à polarização nacional. Embora o eleitor de Bolsonaro esteja votando mais no atual governador Ibaneis Rocha (38%), o eleitorado de Lula se divide entre ele e José Arruda. E o eleitorado de Ciro Gomes também.

Na corrida ao governo, Ibaneis (28%) e Arruda (25%) aparecem empatados tecnicamente.

Em todos os cenários testados, haveria segundo turno entre os dois. Sob vários aspectos, eles aparecem empatados. “Primeiro, metade acha que Ibaneis merece uma segunda chance, outra metade acha que não”, anotou Felipe Nunes, CEO da Quaest.

Ambos são conhecidos e rejeitados nos mesmos patamares. Arruda conhecido por 95% e rejeitado por 49%. Ibaneis conhecido por 96% e rejeitado por 48%. “Ou seja, tudo na margem de erro”, observou Nunes. Como resultado, eles também aparecem tecnicamente empatados na margem de erro no cenário de segundo turno testado: Ibaneis 41% x Arruda 38%.

POR RENDA

Não conseguimos distinguir estatisticamente qual estrato de renda apoia mais Ibaneis ou Arruda, mas da pra ver na transversal que quanto maior a renda, maior tende a ser o apoio a Ibaneis, quanto menor a renda, melhor para Arruda, sugerindo um corte de renda

Em favor de Ibaneis: sua boa avaliação de governo. Os 33% de avaliação positiva e os 37% de regular criam um colchão de proteção para o atual governador. Ele que tem avaliação melhor do que a do presidente no DF.

A corrida para o senado tem um quadro diferente. A mulher de Arruda e atual deputada, Flávia Arruda aparece bem na frente dos demais com 36% no cenário completo, contudo tem rejeição maior. A ex-ministra Damares Alves e José Reguffe aparecem empatados com 9%.

FLAVIA AGLUTINA APOIOS

Damares se sai melhor entre eleitores de Bolsonaro, mas só ali. Flávia, ao contrário, consegue atrair voto de eleitores de Lula, Bolsonaro e Ciro. Ela aglutina apoios para além de um lado do jogo nacional.

Damares ainda tem 50% de desconhecimento e provavelmente por isso acumula rejeição de 28%. Flávia é conhecida por 86%, contudo tem rejeição de 40%. “Proporcionalmente, elas tem a mesma rejeição”, anota Felipe Nunes.

Em suma, Nunes observa o cenário eleitoral presidencial no DF.  Neste caso, o voto espontâneo ainda é bem pequeno. 38% estão indecisos para presidente, 29% tem intenção de votar em Bolsonaro e 26% em Lula.

No cenário estimulado, Bolsonaro aparece numericamente à frente de Lula (36 % e 32%). No entanto, estatisticamente empatados na margem de erro da pesquisa.

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Toda previsão será castigada https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/toda-previsao-sera-castigada/ Thu, 11 Nov 2021 17:19:39 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/toda-previsao-sera-castigada/ O processo eleitoral se iniciou com precocidade. Isto posto, o impacto sobre os atores políticos e os eleitores leva a uma explosão de paixões e olhares que muitas vezes se perdem em emoções e tentativas de compreender um futuro incerto

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As eleições já começaram. Apesar do fato de que, formalmente, o processo eleitoral só terá seu pontapé inicial em 2022, é nítida a velocidade com que as articulações se constroem até aqui. E neste cenário marcado por uma enxurrada constante de pesquisas e especulações, todos aqueles que possuem a observação de cenários políticos como ofício são cotidianamente desafiados a construir ilações sobre o futuro. Em um mix de metodologia científica, diálogo com fontes e alguma parcimônia, o que se apresenta ao final do dia é a tentativa de oferecer à sociedade uma visão mais clara desta paisagem cada vez mais desafiadora.

Diante disto, é importante considerar o fato de que, com os dados que possuímos até aqui, alguns elementos se destacam. O primeiro deles é a prevalência de Bolsonaro e Lula como principais atores e antagonistas do processo. E aqui cabe lembrar duas questões importantes: a primeira é que desde que a reeleição foi aprovada nenhum presidente foi derrotado em sua campanha para segundo mandato. A segunda é que, desde a redemocratização, o líder das pesquisas um ano antes da eleição, não necessariamente foi o vencedor do pleito no ano seguinte.

O fato é que a fotografia do momento tem alimentado a transposição de alguns desejos pessoais em análise de cenário. E estes desejos, por sua vez, têm alimentado comportamentos que podem ser vistos com soberbos. Por exemplo, qual outro sentimento que não soberba explicaria o lançamento de uma nota do Partido dos Trabalhadores apoiando a forma autoritária como Daniel Ortega conduziu o processo eleitoral na Nicarágua? Ou, em termos de comparação, o que explica o fato de que Jair Bolsonaro tentará emplacar um discurso anticorrupção estando filiado ao Partido Liberal – cujo presidente foi o principal ator político do escândalo do mensalão?

Os principais candidatos e muitos de seus assessores parecem atuar de modo a fazer com que a eleição tenha apenas dois polos – Lula e Bolsonaro –, e a possibilidade mais alta é a de que ambos se digladiarão ao longo de 2022. Ao desconsiderarem a possibilidade de que outros possam de fato lhes criar problemas, parece até aqui cultivar-se uma lógica em que uma peça importante da equação é ignorada, o eleitor. As maquinações, reflexões e ilações construídas em pequenos grupos ou desmembradas em correntes de aplicativos parecem subestimar a capacidade dos cidadãos de acolherem novas ideias, propósitos e expectativas em termos da eleição vindoura.

Neste aspecto, chamaram atenção dois movimentos de atores ainda secundários na agenda eleitoral. De um lado, o ato de suspensão da campanha de Ciro Gomes – tratado de maneira jocosa por outros eleitores de esquerda – deu a este a possibilidade de ocupar espaço central no debate político por um exercício em algum sentido esquecido, que é a coerência. Ao parar sua atividade eleitoral para forçar uma mudança de comportamento da sua legenda, Ciro lançou luz sobre o quanto partidos e bancadas partidárias funcionam em tabuleiros distintos.

Em paralelo, Moro lançou sua candidatura com um discurso muito bem amarrado naquilo a que ele se propõe a ser, o antagonista das velhas elites políticas. Até aqui, Moro e Ciro, cada um a seu modo, tendem a ser atores muitíssimo importantes para o jogo eleitoral. Não necessariamente pela sua capacidade de construir agendas, mas pela possibilidade de causar constrangimentos para os dois protagonistas do pleito até este momento. De um lado, teremos Ciro, constantemente tentando levantar as incongruências de Lula e do PT. De outro, Moro tenderá a lançar sobre Bolsonaro a pecha de “traidor” do movimento de 2018.

Diante de um cenário marcado pela confluência de uma tempestade perfeita, a única previsão de fato acertada em termos de futuro é a de que o cenário está mais aberto do que os números das pesquisas eleitorais possam nos mostrar. Caberá, portanto, aos candidatos e aos interpretes do processo eleitoral, buscar a compreensão de quais tendências de fato se manifestarão de maneira robusta e continuada de agora até a realização do pleito em outubro de 2022.


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Ciro suspende pré-candidatura após bancada do PDT votar a favor da PEC dos Precatórios https://canalmynews.com.br/politica/ciro-suspende-pre-candidatura-apos-pdt-votar-a-favor-pec-dos-precatorios/ Tue, 09 Nov 2021 13:02:43 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/ciro-suspende-pre-candidatura-apos-pdt-votar-a-favor-pec-dos-precatorios/ Após o fim da votação, os deputados do PDT se desentenderam e houve bate-boca entre os parlamentares que votaram a favor e contra a PEC dos Precatórios. Ciro se posicionou através do Twitter

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Com uma votação favorável em primeiro turno nesta quarta-feira (3), com um placar apertado de 312 votos a favor, 144 contrários e 57 abstenções, a PEC dos Precatórios pode viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400 para o ano eleitoral de 2022. A PEC ainda precisa ser votada em segundo turno para ser aprovada. Na prática, o Auxílio Emergencial se transformará no Auxílio Brasil – com verba garantida até dezembro de 2022, através de uma manobra proporcionada pela PEC, que flexibiliza o teto de gastos.

Para aprovar a PEC eram necessários 308 votos, apenas quatro votos a menos do que a votação final alcançada em primeiro turno; e nesse placar foram decisivos os votos dos deputados federais do PDT e do PSB.

Plenário da Câmara dos Deputados
Votos do PDT e do PSB foram decisivos para a aprovação da PEC dos Precatórios em 1º turno. Votação dos destaques e do 2º turno deve acontecer na próxima semana/Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Dos 24 votos do PDT, apenas seis deputados votaram contra a PEC; enquanto no PSB, 10 dos 32 deputados votaram a favor da manobra que altera o teto de gastos. No PDT, o resultado foi alcançado através de um acordo entre o presidente da Câmara dos Deputados e a bancada trabalhista, de que seriam liberados 60% dos pagamentos das dívidas de precatórios com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Bancada do PDT se desentendeu após fim da votação e Ciro anunciou suspensão da pré-candidatura

Após o fim da votação, os deputados do PDT se desentenderam e houve bate-boca entre os parlamentares que votaram a favor e contra a PEC dos Precatórios. O posicionamento do PDT na votação motivou a insatisfação do presidenciável da legenda, Ciro Gomes, que anunciou nesta quinta (4), através de sua conta no Twitter, que está suspendendo sua pré-candidatura à presidência da República.

“Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios. A mim só me resta um caminho: deixar minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição”, disse o pedetista.

“Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo”, completou Ciro Gomes, sugerindo que a decisão do partido seja revista na votação em segundo turno, que deve acontecer apenas na próxima semana.

Na prática, com a aprovação da PEC, o governo Bolsonaro vai adiar o pagamento de precatórios (dívidas já reconhecidas pela Justiça) e realizar uma manobra no cálculo do teto de gastos para ter espaço no orçamento para pagar o Auxílio Brasil de R$ 400. Atualmente, o teto de gastos é corrigido pelo IPCA acumulado nos últimos 12 meses, até junho do ano anterior ao exercício fiscal. Pelo texto aprovado, esse reajuste vai considerar o ano fechado, de janeiro a dezembro.

O governo estima que a manobra libere R$ 91,6 bilhões no orçamento de 2022, sendo R$ 44,6 bilhões do limite para pagamento de dívidas judiciais do governo federal (precatórios) e R$ 47 bilhões da mudança no fator de correção do teto de gastos.

Além do Auxílio Brasil, os recursos serão usados para realizar ajuste de benefícios vinculados ao salário mínimo, despesas com a vacinação contra a Covid-19 e elevação de despesas obrigatórias.

Assista ao Café do MyNews, no Canal MyNews, De segunda a sexta, a partir das 8h30, com apresentação de Juliana Braga

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