O pedido partiu do procurador-geral da República, Augusto Aras, e acontece uma semana depois do pedido de prisão do apresentador feito pela Câmara dos Deputados.

A Câmara acusa Gentili de usar sua conta no Twitter, a qual possui mais de 17 milhões de seguidores, para proferir ameaças, o que os deputados chamam de “grave ameaça ao livre exercício dos Poderes”, crime previsto na Lei de Segurança Nacional.

Em fevereiro o apresentador fez uma postagem dizendo que o país só teria jeito se o povo invadisse a câmara:

“Só acreditaria que esse País tem jeito se a população entrasse agora na câmara e socasse todo deputado que está nesse momento discutindo PEC de imunidade parlamentar”.

O Procurador-geral entende que no caso de Gentili não há a necessidade de prisão, pois ele apagou a postagem e em seguida se retratou na mesma rede social. No entanto, pediu a proibição de uso das redes porque são “meios da prática dos crimes ora sob apuração”.

Aras pediu também que o apresentador seja proibido de se aproximar a menos de um quilômetro da Câmara, de mobilizar, organizar ou integrar manifestações contra qualquer um dos poderes e de se ausentar da comarca de sua residência sem autorização judicial.

O pedido ainda deve ser apreciado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Twitter e invasão

Nos Estados Unidos o ex-presidente Donald Trump teve restrições nas contas de várias redes sociais. O Twitter baniu Trump permanentemente depois do ataque ao Capitólio incitado pelo chefe de Estado norte-americano.

O ataque violento ocorreu no dia 6 de janeiro de 2021, e acabou com a morte de cinco pessoas e outras feridas.

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