Milton Ribeiro e outros pastores evangélicos estão sendo investigados por desvio de dinheiro público, corrupção passiva, prevaricação, e tráfico de influência. O ex-ministro é suspeito de fazer parte de um esquema de liberação de verbas no MEC.

Segundo investigações, o esquema ainda contava com a participação de outros pastores que atuavam diretamente com prefeitos e negociavam a liberação do dinheiro para os municípios. Em depoimento, prefeitos confirmaram a exigência de propina por parte de pastores evangélicos, entre eles, Gilmar Santos e Arilton Moura.

O pastor Gilmar Santos também foi preso pela Polícia Federal nesta quarta.

Em março, o jornal Folha de São Paulo publicou o áudio de uma reunião onde o ex-ministro Milton Ribeiro afirma que o pedido para o repasse de verbas para municípios indicados pelos dois pastores veio do presidente Jair Bolsonaro.

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar” […] “Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, afirmou Milton Ribeiro no áudio.

Depois da publicação, sem apoio até mesmo entre a base evangélica, o Ribeiro pediu demissão do cargo.

Ainda nesta quarta, em entrevista à rádio Itatiaia, o presidente foi questionado sobre a prisão de Milton Ribeiro e o escândalo dos pastores. Segundo Bolsonaro, “se a PF prendeu, tem motivo”. O presidente tmbém afirmou que “ele [Milton ribeiro] responde pelos atos dele”.

Vale lembrar que há dois meses, em uma live nas redes sociais, Bolsonaro chegou a dizer que botava “a cara no fogo” pelo ex-ministro.

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