Arquivos futuro - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/futuro/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Sun, 21 Jan 2024 21:41:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Livro “Como ter dinheiro para a vida toda” | Mara Luquet https://canalmynews.com.br/lojinha-dos-membros/livro-como-ter-dinheiro-para-a-vida-toda-mara-luquet/ Sun, 21 Jan 2024 21:39:12 +0000 https://localhost:8000/?p=42095 O que está acontecendo? Como se preparar? Onde investir? Uma segunda carreira é possível?

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As mudanças na previdência no Brasil e no mundo. O que está ocorrendo na França que levou a sucessivos protestos contra o presidente Macron? As incertezas das caixas de Previdência em Portugal e outros países, inclusive o Brasil, que enfrentam os desafios do aumento da expectativa de vida e a queda de natalidade. A nova pirâmide etária coloca em xeque o modelo previdenciário que vigorou por décadas e traz novos desafios. O que está acontecendo? Como se preparar? Onde investir? Uma segunda carreira é possível?

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“A melhor maneira de prever o seu futuro é cria-lo” https://canalmynews.com.br/mynews-previdencia/a-melhor-maneira-de-prever-o-seu-futuro-e-cria-lo/ Fri, 22 Jul 2022 15:34:30 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31980 A frase de Peter Drucker, o pai da administração moderna, é a melhor síntese da importância do planejamento da aposentadoria

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Nos últimos anos o tema previdência, aposentadoria, passou a ser discutido com maior frequência e passou a ser assunto muito discutido e corriqueiro no dia a dia. A mídia aborda com frequência o tema, já que é uma das grandes preocupações, ou deveria ser, da população brasileira, afetada pelo acelerado processo de longevidade.

O mercado financeiro se agita, aumentam as ofertas de planos de previdência complementar, sejam através de entidades abertas, bancos e seguradoras, sejam através das entidades fechadas, fundos de pensão, entidades de classe e empresas.

Porém uma preocupação é eminente, boa parte dessa comercialização está fundamentada na lei da Oferta e da Procura, no simples ato da Venda de um Produto, sem uma avaliação prévia de Perfil, Necessidades e Objetivos, o que pode fazer o seu plano de aposentadoria se torne uma grande armadilha.

Antes de finalizar qualquer planejamento, contratar qualquer plano de previdência, precisamos entender alguns conceitos sobre Previdência Social, já que estamos tratando de uma complementação dos benefícios proporcionados por ela, conceitos sobre Previdência Complementar (Privada), PGBL, VGBL, Entidades Abertas, Fundos de Pensão, e não se prive de buscar ajuda, informações, principalmente buscar os serviços de um Consultor Independente, sem vínculo específico com uma entidade, seja ela financeira ou não, sem vínculo de exclusividade com uma seguradora, enfim, um Consultor que trabalhe para você, que busque a defesa de seus interesses.

 Vejamos:

 

Previdência Social

 

Previdência Social é uma instituição pública que tem como objetivo conceder direitos aos seus segurados. Os benefícios da Previdência Social visam substituir a renda do trabalhador contribuinte quando ele perde a capacidade de trabalho.

A Previdência Social funciona através do Regime de Repartição, ou seja, todas as contribuições realizadas para o INSS vão para um fundo comum e o pagamento dos benefícios aos aposentados é realizado utilizando-se diretamente as contribuições feitas pelos trabalhadores da ativa, os Ativos financiam os Inativos.

Como passamos uma mudança demográfica no país, com a redução drástica da Taxa de Natalidade, as famílias hoje preferem ter um número menor de filhos, quando os tem, e a expectativa de vida do brasileiro aumenta a cada dia, hoje cerca de 15% da população brasileira é já é composta por aposentados, os recursos previdenciários não são mais suficientes para pagar a massa de aposentados e, o mais grave, a dívida cresce a cada ano, tornando futuras reformas da previdência social inevitáveis.

O teto de benefício máximo pago pela previdência social hoje é de R$ 7.087,22 (Sete mil e oitenta e sete reais e vinte e dois centavos), o que representa hoje um pouco mais do que 5 salários mínimos, com forte tendência de queda do valor real ao longo dos próximos anos, por isso que, cada vez mais, as pessoas estão procurando os planos de previdência complementar, que são uma excelente solução para garantir uma aposentadoria tranquila, confortável e de acordo com o padrão de vida ao qual você está acostumado, desde que contratados corretamente.

 

Previdência complementar (Privada)

 

Antes de falarmos sobre previdência complementar (privada) é importante entendermos que o objetivo principal da mesma é a COMPLEMENTAÇÃO dos benefícios do INSS, Invalidez Permanente, Morte e Sobrevivência (aposentadoria por idade ou tempo de contribuição), e que atualmente o teto de benefício do INSS é de R$ 7.087,22.

A previdência complementar, chamada de privada, funciona no Regime de Capitalização, de forma simples: durante o período em que está poupando, você paga realize aportes, periódicos ou únicos, de acordo com sua disponibilidade, acumulando assim um saldo, que será aplicado em um fundo de investimento exclusivo, formando assim a sua reserva, reserva que poderá ser resgatada integralmente ou recebida mensalmente quando você se aposentar. Com quanto e quando receber irá depender do valor formado de reserva e essa de acordo com sua disponibilidade e tempo de investimento, é você quem decide.

Na realidade, os planos de previdência atuam como um investimento de longo prazo, quanto maior o volume investido, maior será a renda mensal.

 

PGBL

O PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre – é um produto de Previdência Complementar que visa à acumulação de recursos e a transformação destes em uma renda futura.

Seu funcionamento é bem simples: periodicamente o cliente realiza aportes para o plano, que são aplicados em um FIC (Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Especialmente Constituídos). O dinheiro vai rendendo ao longo do tempo e assim o cliente vai formando uma reserva.

Quando chegar a idade escolhida pelo cliente para se aposentar, o que não precisa coincidir com a idade da aposentadoria pelo INSS, ele poderá optar por receber sua renda em uma única parcela ou então em quantias mensais.

É mais vantajoso para quem faz a declaração do imposto de renda através do formulário completo, já que é possível deduzir o valor das contribuições realizadas ao plano da base de cálculo do Imposto de Renda, até o limite de 12% da renda bruta anual (desde que o cliente também contribua para a Previdência Social – INSS ou regime próprio).

O PGBL é bastante flexível e permite que os recursos aplicados no plano sejam resgatados (respeitando-se o prazo de carência). Neste caso, e também no momento do recebimento da renda, haverá incidência de Imposto de Renda sobre o total resgatado, conforme legislação vigente e opção de tributação escolhida pelo cliente.

 

VGBL

O VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é um seguro de vida que garante cobertura em caso de sobrevivência, funcionando, portanto, como um plano de previdência.

Periodicamente o cliente realiza aportes para o plano, que são aplicados em um FIC (Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Especialmente Constituídos). O dinheiro vai rendendo ao longo do tempo e assim o cliente vai formando uma reserva.

Quando chegar a idade escolhida pelo cliente para se aposentar, o que não precisa coincidir com a idade da aposentadoria pelo INSS, ele poderá optar por receber sua renda em uma única parcela ou então em quantias mensais.

A grande diferença entre o PGBL e o VGBL está no tratamento fiscal conferido a cada um deles.

Enquanto no PGBL há incidência de imposto de renda sobre o total resgatado ou recebido como renda, no VGBL a tributação incide somente sobre o ganho das aplicações financeiras, ou seja, o rendimento do plano (conforme legislação vigente e opção de tributação escolhida pelo cliente).

Sendo assim, o VGBL é mais indicado para quem faz declaração simplificada, é isento de IRPF ou, mesmo que declare IRPF no modelo completo, desejar aportar mais do que os 12% da sua renda declarada, o fazendo assim no VGBL.

Além disso, é uma ótima opção para Planejamento Sucessório, diversificando parte de seus investimentos ou patrimônio, direcionando para o VGBL, já que a reserva constituída não entra em processo de inventário na ocorrência do óbito do participante.

Porém vale aqui um alerta, você não deve escolher o modelo do plano PGBL ou VGBL pelo seu modelo de declaração de imposto de renda, mas sim pelo volume de despesas dedutíveis, em grande parte das simulações com a opção pelo PGBL vale a pena você alterar o modelo de declaração para o completo e usufruir do incentivo fiscal.

A dica é, simule o seu imposto de renda utilizando todas as despesas dedutíveis mais a contribuição ao PGBL ou Fundo de Pensão, até o limite de dedução de 12% da sua renda bruta declarada.

DIFERENÇA ENTRE ENTIDADES ABERTAS E FECHADAS

Os planos de previdência complementar são oferecidos tanto por Entidades Fechadas como por Entidades Abertas. Veja abaixo a diferença entre as duas:

Entidades fechadas de previdência complementar

São Fundações ou Sociedades Civis, sem fins lucrativos, Fundos de Pensões, que administram programas previdenciários dos funcionários e seus dependentes, de uma única empresa ou de empresas pertencentes a um mesmo grupo econômico.

As empresas ou entidades que optam por ter um fundo fechado ou fundo de pensão são responsáveis por toda a administração do plano, o que inclui a presença de profissionais treinados no assunto, contabilidade apropriada, aconselhamento jurídico, entre outros. Nesse caso a empresa ou entidade é a patrocinadora do plano e, em geral as empresas também faz contribuições em nome de seus funcionários.

No caso específico das empresas os planos devem ser oferecidos a todos os colaboradores e só podem ser adquiridos por pessoas que tenham vínculo empregatício com a empresa patrocinadora.

Um outro tipo de fundo fechado é o multipatrocinado, ou seja, uma entidade fechada que agrupa diversas empresas independentes entre si, minimizando os custos operacionais, uma vez que estes são partilhados entre as empresas patrocinadoras.

As entidades fechadas estão vinculadas ao Ministério da Previdência Social e fiscalizadas pela PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar.

 

Entidades abertas de previdência complementar

São empresas constituídas especificamente para atuar no ramo de previdência complementar e também as seguradoras autorizadas a operar neste sistema. Os planos podem ser adquiridos por qualquer pessoa física e, no caso dos planos empresariais, estes podem ser constituídos para empresas de um mesmo grupo econômico ou independentes entre si, não havendo a necessidade de que todos os colaboradores participem.

Essas entidades estão vinculadas ao Ministério da Fazenda e são fiscalizadas pela SUSEP, órgão do governo que recebe mensalmente relatórios oficiais das entidades para apuração de todos os valores e aplicações dos participantes, verificando o cumprimento da legislação.

 

Considerações Finais

 

Com o conhecimento das informações básicas, porém necessárias, para o correto planejamento de nossa aposentadoria, reforço que devemos escolher uma consultoria que atue com foco no atendimento às nossas necessidades, de preferência sem vínculo específico com uma única entidade financeira ou seguradora, evitando assim confronto de interesses ou metas existentes.

Os Corretores de Seguros são profissionais habilitados, regulamentados e fiscalizados pela SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, capacitados para nos prestar um atendimento adequado, basta encontrar um profissional de confiança e iniciarmos nosso planejamento, sem esquecer que devemos nos proteger contra o Risco de Vivermos muito, assim como o Risco de Vivermos pouco, no segundo caso, devemos proteger nossos dependentes financeiros.

 

 

Rogério Araújo

TGL Consultoria

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Vacinas do futuro: o que podemos esperar? https://canalmynews.com.br/ciencia-einstein/vacinas-do-futuro-o-que-podemos-esperar/ Tue, 08 Feb 2022 19:48:17 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=23557 Mudança na forma de desenvolver os imunizantes e melhoria na comunicação serão pontos-chave daqui para frente

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Todos os avanços tecnológicos que ocorreram na área médica e de saúde populacional — que em diferentes formas continuam mudando o mundo para melhor e salvando vidas — devem algo às vacinas. Sendo bastante claro e redundante. Isso é inquestionável e fora de discussão. 

Ao longo da história da humanidade, as doenças infecciosas acarretaram desastrosas perdas para as sociedades. Mas o desenvolvimento das vacinas possibilitou um melhor controle, protegendo as pessoas principalmente de infecções virais de rápida progressão e transmissão.

A ideia da vacinação (ou, atualmente, da imunização) foi concebida em 1796 por Edward Jenner, quando o médico franco-inglês conseguiu evitar que um menino adquirisse a varíola inoculando, nos braços da criança, o material contendo o vírus da doença. A prática da inoculação foi só o começo de uma nova era no campo de pesquisa das vacinas. Durante as duas grandes guerras mundiais, por exemplo, os soldados eram protegidos contra tétano e difteria desta forma. 

Mais recentemente, nas décadas de 1950 e 1960, o imunizante contra a poliomielite foi desenvolvido em uma corrida contra o tempo, visto que a paralisia infantil acometia o mundo inteiro com mortes e sequelas. Surge nesse cenário uma das primeiras vacinas orais, a Sabin — popularizando mais ainda a necessidade de vacinação, em um nível indiscriminado e seguro, de todas as crianças, em todos os países. 

Em 2020, tivemos outro exemplo de imunizantes desenvolvidos em um prazo, até então, considerado recorde. Antes de completar um ano da pandemia da Covid-19, as vacinas contra o Sars-CoV-2, vírus causador, começavam a serem aplicadas em alguns países, como a Inglaterra. 

Doses da vacina CoronaVac contra a Covid-19. Foto: Breno Esaki (Agência Saúde)

Etapas de desenvolvimento

Em geral, as vacinas requerem anos de testes e pesquisas antes de chegarem até o uso clínico, ou a aplicação em nível populacional. São várias as etapas que devem ser cumpridas para a nossa segurança, de acordo com a agência regulatória norte-americana Centers for Disease Control and Prevention (CDC, na sigla em inglês): 

  1. Fase exploratória: identificação das moléculas que vão compor o imunizante;
  2. Fase pré-clínica: testes da possível vacina em laboratório e em animais; 
  3. Desenvolvimento clínico: testes do imunizante em seres humanos; 
  4. Revisão regulatória e aprovação;
  5. Manufatura; 
  6. Controle de Qualidade. 

Dentro da etapa de “Desenvolvimento clínico”, se dividem outras três fases: 

  • Fase I: quando a vacina é administrada em um grupo pequeno de pessoas. Em relação aos imunizantes contra a Covid-19, existem novas vacinas em andamento ainda nessa fase. 
  • Fase II: o estudo clínico é expandido para pacientes com características semelhantes, como idade ou presença de comorbidades, para começar a avaliar como será a eficácia da vacina. 
  • Fase III: nesta última fase clínica, a vacina é oferecida para milhares de pessoas. A eficácia e segurança são avaliadas nessa etapa.

Todo esse processo demora, pelo menos, de 18 a 24 meses. 

Até meados de dezembro de 2021, cerca de 110 vacinas ainda estavam sendo testadas em ensaios clínicos randomizados — no qual os pesquisadores não sabem quais participantes receberam a vacina em teste e quais foram aplicados com uma substância placebo, justamente para ter clareza nos resultados. Destes, 43 já se encontravam na última fase, a terceira. Dezesseis imunizantes já receberam a autorização de uso clínico, sendo que nove têm a aprovação final. 

Pesquisa feita por cientista em laboratório. Foto: Marcelo Seabra (Ag. Pará)

Mesmo na vigência de uma pandemia, com diferentes interesses acontecendo ao mesmo tempo, deve-se respeitar o princípio médico de “não causar mais danos que benefícios” ou, em inglês: “First, do no harm”. Em respeito a esse princípio, dez vacinas contra a Covid-19 foram abandonadas na etapa dos ensaios clínicos por não se apresentarem seguras. As razões são várias, entre elas os eventos adversos graves ou a falta de eficácia comprovada. 

Independentemente do momento, seja no presente ou no futuro, há a necessidade de existirem ensaios clínicos randomizados — nos quais não haja interferência do investigador da pesquisa — para qualquer vacina que aparecer no mercado. Afinal, é preciso entender como as vacinas se comportam no mundo real, e isso inclui saber:

Quais pessoas são mais expostas a essas doenças? Idosos ou crianças são capazes de desenvolver uma boa imunidade vacinal? Indivíduos com o sistema imunológico comprometido (imunocomprometidos) serão capazes de evitar a doença, ou de evitar uma gravidade maior? A vacina é segura para gestantes? Ou há poucas, pouquíssimas ou, ainda, nenhuma reação vacinal? E assim por diante. 

O comportamento dos imunizantes no mundo real, até o momento, não falhou quando todos esses passos fundamentais da segurança em pesquisa foram seguidos. Vale lembrar que nenhuma vacina foi idealizada para invadir e modificar nosso material genético.

Vacina de Oxford em preparação para ser aplicada. Foto: Tânia Rêgo (Agência Brasil)

Futuro das vacinas 

Como novidade e para o futuro, observamos nos estudos clínicos disponíveis que as vacinas confeccionadas com RNA mensageiro mostraram resultados superiores às demais, com bastante segurança. Esse é um método novo, e que não estava disponível anteriormente para uma vacinação em massa. 

É possível que esse tipo de imunizante esteja estabelecendo um precedente. Futuras vacinas, ou mesmo imunizantes já existentes (mas com resultados subótimos), poderão ser adequadas a essa nova maneira de formulação. 

O intuito é que as vacinas treinem o sistema imunológico para reconhecer um vírus a fim de combatê-lo. Usando tecnologias por imagem (cristalografia por Raios X, por exemplo), os pesquisadores conseguem predizer os contornos dos vírus, bem como de suas proteínas, e em seguida reproduzir essas estruturas para a criação de vacinas mais eficazes.

Ou seja, para a criação das vacinas do futuro, cada vez mais métodos de imagem serão empregados para recriar os vírus, ou as proteínas que fazem parte desses vírus, até chegar em partículas muito pequenas, em nível de átomos. 

Dessa forma, inúmeras técnicas promissoras de vacinas surgirão cada vez mais, ao melhorar a resolução de imagem das estruturas virais, como as vacinas de RNA mensageiro, ou da cápsula de um vírus com o material genético de outro vírus (por exemplo, o adenovírus contendo a proteína “spike” do Sars-CoV-2), ou partículas proteicas que adentram as células a partir de nanopartículas, que mimetizam o vírus que se pretende combater a infecção – já que são uma realidade atual. 

Outra mudança a ser vista daqui para frente é uma melhora na comunicação sobre as vacinas. Isso poderá levar algum tempo, mas estamos caminhando para um futuro no qual as informações sejam transmitidas de forma mais clara e compreendidas pela população. 

Enquanto isso, continuem vacinando a si e a seus filhos, e não apenas contra a Covid-19, mas para todas as vacinas recomendadas pelo calendário vacinal. De alguma forma ou de outra, continuaremos precisando dos imunizantes, seja agora ou no futuro. Vacinem-se!


Quem são Alexandre Rodrigues Marra e Luis Fernando Aranha Camargo?

Alexandre Rodrigues Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

Luis Fernando Aranha Camargo, professor da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.

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O que o futuro nos reserva? https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/o-que-o-futuro-nos-reserva/ Thu, 19 Aug 2021 19:50:35 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-que-o-futuro-nos-reserva/ É importante lembrar que vivemos um momento político derivado de uma enorme desilusão com a realidade. O produto desta desilusão se materializou em uma lógica antissistema.

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Tenho reservado algum tempo da minha agenda para dialogar com jovens estudantes ao redor do país. Mais do que um exercício de responsabilidade corporativa, é a oportunidade de aprender mais sobre os medos, anseios e desejos de uma juventude intelectualmente efervescente. Cada uma dessas conversas tem sido ricas em aprendizados, visões e perspectivas, porém, a parte mais importante e a pergunta mais recorrente que me fazem é: o que o futuro nos reserva?

E diante do fato de que a incerteza é um elemento importantíssimo em qualquer exercício de análise, este texto busca oferecer um panorama de futuro passado. Esta expressão, cunhada pelo pensador alemão Reinhardt Kosseleck, permite construir um panorama de futuro a partir daquilo que o passado nos traz até o presente. Em termos didáticos, o objetivo é projetar um cenário para o nosso amanhã a partir daquilo que o ontem nos apresentou até agora.

É importante lembrar que vivemos um momento político derivado de uma enorme desilusão com a realidade. O produto desta desilusão, que é o divórcio entre a cidadania e o sistema político, se materializou em uma lógica antissistema. Representantes foram eleitos e alçados ao poder com a missão de desconstruir o prédio erigido pela Constituição de 1988, e mesmo que uma parte considerável das pessoas não tivesse ideia concreta daquilo que seria colocado em seu lugar, fez a aposta de que o amanhã seria melhor.

E o amanhã trouxe desafios maiores do que aqueles previstos em quaisquer cenários. Para além dos embates políticos tradicionais, que se tentou aplacar com discursos e narrativas, a Covid-19 serviu para lembrar a todos o quão vulnerável é a existência. A implacabilidade da pandemia para além do estigma de morticínio global, serviu na Terra Brasilis para realçar as fragilidades de nossas escolhas governamentais e dos desenhos institucionais até aqui constituídos.

Negacionismo, narrativas e frases de efeito foram incapazes de disfarçar a ineficácia das estruturas de governo e de estado em lidarem de maneira eficaz com a tragédia humanitária que se abateu sobre todos nós. A resultante, realçada pelos discursos desfocados da realidade junto a uma incapacidade de demonstração de humanidade gera espécie em alguns ao mesmo passo que alimentam nos que passam fome a certeza de que os políticos, as instituições e a lei não se importam com seus destinos.

Essa descrença, por sua vez, é o veneno que tende a lentamente consumir o tecido social que nos une. Enquanto as atenções do mundo se voltam para a tragédia afegã, não deixa de ser crítico pensar no baixo nível de compadecimento com a nossa própria tragédia. Esta, por sua vez, não vinculada apenas a um mandatário ou representante político de ocasião, mas, fruto de uma tragédia coletiva, bem amarrada e arquitetada ao longo de nossa trajetória histórica, social e política.

A construção de um futuro que escape da tragédia é, portanto, um exercício de ruptura com algumas características que têm marcado fortemente o debate público atual. E aqui se propõe que o abandono do radicalismo, do rancor e do confronto são fundamentais para abraçar o novo. Se isto, por sua vez, não for possível no atual momento, caberá à cidadania se organizar e construir uma lógica de demandas o mais cedo possível para que os representantes compreendam que são servidores públicos. E como tal, por mais que tenham interesses particulares, possam atender às demandas do público. Afinal, se o passado é uma lembrança e o futuro é uma miragem, cabe aqueles que vivem o presente construir um amanhã mais auspicioso se aproveitando das lições recebidas e projetando uma lógica nova de interação com a realidade.


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Vamos pensar o Brasil de 2040? https://canalmynews.com.br/creomar-de-souza/vamos-pensar-o-brasil-de-2040/ Thu, 22 Apr 2021 13:25:52 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/vamos-pensar-o-brasil-de-2040/ Dentro de uma lógica governativa, o trabalho de planejamento e análise de tendências deve ser compreendido como parte fundamental para o progresso democrático de uma nação

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Acaba de ser publicada a última edição do documento de tendências e cenários de longo prazo a cargo do Conselho de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, o “Global Trends 2040”. Diante de um mundo cada vez mais complexo e com interações das mais diferentes ordens e origens, o exercício se propõe a pensar o futuro, identificando tendências e construindo cenários, de modo a preparar governo e sociedade para os desafios vindouros.

Governos existem para fazer as existências de seus cidadãos mais livres, justas e estáveis. Estes três elementos, liberdade, justiça e estabilidade, quando garantidos de maneira equilibrada e razoável pelo governo, permitem que os cidadãos possam desenvolver suas potencialidades com maior desenvoltura e, consequentemente, este movimento gera uma espiral positiva que tornam a sociedade e o governo mais prósperos.

O trabalho de planejamento e análise de tendências deve ser compreendido como planejamento necessária para o progresso de uma nação.
A análise de tendências deve ser compreendida como plano necessário para o progresso de uma nação. Foto: Reprodução (Flickr – com modificações).

Quando unimos o propósito à ordem democrática, temos então o melhor resultado possível. Afinal, os cidadãos podem inserir-se de maneira ativa nas ações que permitem ao governo melhorar suas vidas. As demandas, petições e sugestões legais tornam-se ferramentas essenciais para a melhoria da sociedade. Estas passam inclusive a produzir desafios criativos aos governos e permitem aprimorar a governança pública ao servirem de meio de consolidação de um planejamento estratégico estruturado no tempo.

O planejamento, por sua vez, é um elemento importantíssimo dentro de uma lógica governativa. A atual crise que vivemos mostra a importância do planejamento a partir do princípio da escassez. O colapso causado pela pandemia no Brasil e em várias sociedades mundo afora está diretamente vinculado ao fato de que na ausência de uma eficaz construção de cenários corre-se riscos desnecessários, e o resultado poderá ser a tragédia.

O mundo pré-pandemia criou algumas impressões falsas sobre o papel da política e dos políticos. Vendeu-se a ideia de que a política poderia existir como antipolítica, e que o político poderia desprezar o diálogo como instrumento de melhoria de seu próprio mandato e das políticas públicas.

Além disso, a maior das ilusões era a de que seria possível construir um mundo de muros e barreiras, em que o isolamento seria solução simplória para problemas complexos. Estes movimentos, simbolicamente materializados em Trump e no Brexit, sofreram um golpe fortíssimo da realidade. Esta, num misto de tragédia grega e prosa Shakespeariana, impôs verdades irrefutáveis, como a necessidade do diálogo, a urgência da articulação e a premência de um planejamento de qualidade para lidar com crises presentes e desafios futuros.

E o Brasil? Pois bem, nós possuímos algumas estruturas que fazem esse trabalho de planejamento e análise de tendências futuras com qualidade. De memória, é possível lembrar do IPEA, dos grupos de cenários prospectivos das forças armadas e do louvável esforço feito pela Secretaria de Planejamento Diplomático do Itamaraty em 2017 e 2018. Todas essas ações e estruturas, contudo, precisam ser priorizadas pelos tomadores de decisão, o que não tem sido o caso mais recentemente. Há ainda uma enorme resistência – suprapartidária e em todo espectro ideológico – em fazer planejamento de longo prazo.

Seja por birra ideológica, seja por vaidade eleitoral, a resistência de abraçar o planejamento e uma visão de futuro é um grande obstáculo para evitar prejuízos, tomar precauções e preparar-se para os desafios que emergem no horizonte. Sempre haverá eventos imprevisíveis, nunca será possível controlar as inúmeras variáveis de diversas ordens que moldam o ambiente e a realidade. No entanto, planejamento bem feito, monitoramento de tendências e desenho de cenários futuros como o do “Global Trends 2040”, quando se tornam política pública construída de maneira conjunta entre governo e sociedade civil, ampliam a capacidade de moldar um futuro desejável e conter tragédias evitáveis. O futuro é agora e o agora exige planejamento.

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O Futuro que Nunca Chega https://canalmynews.com.br/francisco-saboya/o-futuro-que-nunca-chega/ Tue, 16 Mar 2021 17:36:18 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/o-futuro-que-nunca-chega/ 80 anos depois da publicação do livro “Brasil, um país do futuro”, a nação brasileira ainda vive de passado

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Chega a dar uma angústia lembrar que, 80 anos depois de Brasil, País do Futuro, a leitura de Stefan Zweig, escritor austríaco que escolheu o Brasil para se suicidar nos anos 40 do século passado, ainda provoca incômodos e reflexões. Já não era pro país ter chegado lá? O Brasil tem uma característica singular, e não é apenas seu povo pacífico, culturalmente harmônico, como celebrava o escritor em sua leitura otimista que contrastava com o cenário infernal da Europa em guerra. É a incapacidade de lidar com o futuro de forma objetiva, meio que fugindo dele ou, na melhor das hipóteses, adiando o encontro. É um país saudoso de um passado que nem é lá essa Brastemp. Não fossem Pelé e Tom Jobim, e a gente não teria muito o que contar.

O futuro é formado de coisas concretas, mas nasce de sonhos e imaginação. E a ciência, cultura e meio-ambiente são os principais vetores dessa jornada. Fazemos a melhor música, mas ninguém fora daqui ouve. Basta checar as estatísticas de economia criativa, onde as exportações de cultura são um traço. Temos as maiores matas, mas parece que temos raiva delas, a ponto de destruí-las com método. A generosidade do povo, retribuímos com políticas públicas que aprofundam a pobreza e as desigualdades sociais.

Arte do livro 'Brasil, um país do futuro' (1941), de Stefan Zweig.
Arte do livro ‘Brasil, um país do futuro’ (1941), de Stefan Zweig. Foto: Reprodução com alterações (Redes Sociais).

Fazendo da negligência uma política de estado, vamos nos distanciando do rol das nações mais prósperas. O Brasil corrói o seu futuro numa espécie de autossabotagem permanente. Já fomos a 8ª economia do mundo, somos a 10ª e tudo indica que seremos ao fim dessa pandemia a 12ª. Nada parece segurar o país rumo ao século 20, quiçá 19, onde éramos uma gigantesca e bucólica fazenda. E não se trata aqui de exagero de retórica, mas de fato. Pois o presidente do IPEA, o think tank  oficial do país, que deve, através de estudos e pesquisas econômicas aplicadas, subsidiar a formulação de políticas de desenvolvimento de longo prazo, recentemente nos brindou com a perspectiva de limitar o país à produção de agrocommodities e minérios. E não foi demitido.

Mas tudo poderia ser diferente, porque, apesar de tudo e ao nosso modo, conseguimos desenvolver uma forte capacidade científica e tecnológica. Para ficar só num número, são 377 ICTs espalhadas pelo país, muitas dentro da universidade, outro tanto fora dela. Instituições assim, melhor aproveitadas, mobilizadas pelo setor produtivo e governo para inovar no enfrentamento dos desafios da sociedade, fazem a diferença.

Mas a realidade é desfavorável, e vem piorando. Somos o 14º produtor de conhecimento científico; ao mesmo tempo, ostentamos péssimos indicadores de inovação, produtividade e competitividade global, este último lá pela casa da 100ª posição. Esse hiato é mortal, e encurtar a distância entre o mundo da produção científica e o da produção econômica segue sendo a prioridade zero para a construção do país do futuro. Isso requer visão de longo prazo. Nas vezes em que pensou seriamente nisso, o Brasil gerou uma EMBRAER, EMBRAPA e PETROBRAS, para ficar nestes três exemplos de um país que deu certo.

Como o longo prazo mora no futuro, e a inovação é a construção permanente de futuros, não haverá saída para o país fora daí. Mas não um futuro difuso, qualquer um que se apresente. Mas aquele construído conscientemente, dia-a-dia, 24 horas por dia. Como ensinam os profissionais dessa área, o futuro manda sinais, e a gente tem que aprender seus códigos, falar a sua língua, para poder incorporar nas estratégias presentes porções generosas do que ainda está por acontecer, deixando o passado de lado. Em tempos de intensos avanços tecnológicos, de mudanças de paradigmas de produção e mesmo de comportamento social, o passado virou uma roupa que já não serve mais, como lembrava há décadas o genial Belchior. É um livro pra ser estudado, mas tem outra tarefa mais importante, que é escrever os próximos capítulos.

[A propósito, o Congresso Nacional está na iminência de votar pela aceitação ou derrubada dos vetos do presidente da República à LC 177. Esta Lei, aprovada de forma quase unânime, incluindo aí a base do próprio governo, concedia autonomia financeira e contábil ao FNDCT – principal instrumento de financiamento da ciência, tecnologia e inovação do país -, proibia o contingenciamento de seu orçamento e vedava a utilização do saldo não gasto no exercício para pagamento da dívida pública. O poder executivo vetou esses dispositivos. Quem quiser apoiar essa causa, vai aqui http://chng.it/KxqHmymFMF ].

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