Arquivos Haiti - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/haiti/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 07 Jun 2022 16:06:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Outras guerras além da Ucrânia: 6 locais que vivem conflitos sangrentos https://canalmynews.com.br/internacional/outras-guerras-alem-da-ucrania-6-locais-que-vivem-conflitos-sangrentos/ Fri, 18 Mar 2022 13:00:57 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=26687 Apesar de ter ganhado notoriedade midiática e social, a guerra na Ucrânia não é a única que acontece no mundo. Outras guerras já causaram milhares de mortes e desabrigados.

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A guerra na Ucrânia se aproxima da quarta semana e apesar de ter ganhado grande notoriedade devido a importância do embate para o ocidente e para as maiores economias do planeta, há outras guerras no mundo e conflitos sangrentos que já duram anos. 

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Diferente do território ucraniano, esses locais não recebem tanta atenção da mídia ou de países como os Estados Unidos, que já anunciaram o envio de mais de 1 bilhão de dólares para ajudar o país invadido pela Rússia.  

Não há informações exatas sobre a quantidade de mortos no país, mas a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que cerca de 2 milhões de ucranianos já deixaram o território do país em busca de asilo em outros locais. 

Apesar de expressivo, o número é baixo em relação a outros apontados pela própria organização. No Iêmen, por exemplo, a guerra dura mais de uma década e foram confirmados mais de 233 mil mortos, além de 2,3 milhões de crianças em situação de desnutrição aguda. De acordo com a ONU, essa é a pior situação humanitária do mundo. 

Outros locais que já foram foco da mídia, como o Afeganistão e a Síria, ainda hoje vivem situações de calamidade. O Afeganistão, por exemplo de acordo com a agência da ONU para refugiados, sofre com falta de necessidades básicas como moradia, alimentação e aquecimento no inverno. 

Confira abaixo outras guerras além da Ucrânia:

1. Afeganistão, Sul da Ásia

Em agosto de 2021 o Talibã retomou o poder do país após 20 anos, gerando uma nova onda de crise econômica e social. O mês foi o mesmo em que os Estados Unidos anunciaram a retirada total de suas tropas após duas décadas de ocupação. 

As tropas americanas foram enviadas ao país após os ataques de setembro de 2001. O Taleban foi apontado pelos norte-americanos como grupo que protegeu e abrigou a Al Qaeda, rede terrorista que cometeu os atentados.

Membros do grupo fundamentalista islâmico protagonizaram cenas que circularam nas redes sociais como o corte de cabeças de manequins femininos e a retirada de qualquer imagem de mulheres que estivessem nas ruas. 

De acordo com o Relatório Acnur, agência da ONU voltada para refugiados, há cerca de 40 milhões de afegãos, metade da população, que sofrem com a falta de itens básicos. Outros 2,6 milhões são refugiados do país.

2. Síria, Oriente Médio

Outro conflito que já dura anos, a guerra na Síria teve início em 2011, quando a população deu início ao que seria a Primavera Árabe. Uma série de protestos inicialmente pacíficos pró-democracia e contra o presidente Bashar al-Assad tomaram as ruas das principais cidades sírias.

O conflito eclodiu em uma guerra civil que já deixou mais de 380 mil mortos e cerca de 200 mil pessoas desaparecidas. Estima-se, ainda, que mais de 2 milhões de pessoas sofreram algum tipo de ferimento e 11 milhões de sírios precisaram deixar suas casas. Países vizinhos como Líbano, Jordânia e Turquia foram o destino dos refugiados. 

Atualmente, o conflito está em uma fase menos sangrenda, já que o presidente Assad conseguiu dominar grande parte do território do país, no entanto ainda há espaços de resistência onde grupos rebeldes mantém suas lutas.

Campo de refugiados. Foto: Levi Meir Clancy (Pixabay)

3. Mianmar, Sudeste da Ásia

Há anos o país vive tensões étnicas e políticas, com ares de guerra civil, principalmente após o golpe militar que aconteceu em fevereiro de 2021. Militares do Tatmadaw, como é chamado o exército do país, tomaram o poder após o presidente Aung Suu Kyi ser eleito em votação popular. 

Grupos rebeldes incitam a desobediência civil e promovem protestos e greves que são duramente repreendidos. O país sofre ainda o problema das mílicias locais, que se denominam como “Forças de Defesa do Povo” e já promoveram ataques a militares e demais autoridades políticas. 

Ao todo, a agência humanitária International Rescue Committee estimou que cerca de 10 mil pessoas foram mortas durante os conflitos em 2021 e 220 mil pessoas já tiveram que deixar suas casas. Outras 14 milhões precisam de algum tipo de ajuda, como alimentação e moradia. 

4. Haiti, Caribe

Apesar de viver em situação de instabilidade há algum tempo, o ano de 2021 também foi marcado por uma forte onda de violência no Haiti, quando o presidente do país Jovenel Moise foi assassinado com 12 tiros no rosto. No ato, os assassinos ainda retiraram o olho do presidente e quebraram ossos do seu corpo. 

O primeiro-ministro Ariel Henry foi quem assumiu o comando do país, mas tem sido contestado por diversos grupos. As eleições no Haiti foram combinadas para acontecer em 2022, mas ainda não há data marcada. 

O principal problema do país são os grupos de mercenários e gangues que tem promovido cenas de violência como sequestros. Ao todo, o governo haitiano relatou que apenas em 2021 foram mais de 800 casos desse tipo de crime. 

Além dos problemas civis, o país também sofre com catástrofes climáticas, como o terremoto que aconteceu em agosto de 2021 e matou mais de 2 mil pessoas, além de deixar outras milhares sem casa e meios de alimentação.

Coletes salva-vidas usado por refugiados. Foto: Jdblack (Pixabay)

5. Iêmen, Oriente Médio

Considerado pela ONU como o pior desastre humanitário do mundo, a guerra no Iêmen já provocou 233 mil mortes, além de 4 milhões de pessoas desabrigadas, que precisaram fugir de suas casas. A agência estima, ainda, que cerca de 10 mil crianças morreram nos conflitos e mais de 70% da população precisa de alguma forma de assistência de alimentação ou moradia. 

O conflito teve início na Revolução Iemenita, ocorrida em 2011, que fez parte da Primavera Árabe e tentou instaurar estabilidade democrática no país. O presidente da época Ali Abdullah Saleh chegou a entregar o cargo ao seu vice, Abdrabbuh Mansour Hadi, mas grupos extremistas aproveitaram-se da fragilidade do novo governo para promover um movimento separatista no sul do país, incluindo ataques jihadistas.

Outros números também assustam: cerca de 5 milhões de pessoas estão em situação de quase fome e quase 50 mil já passam pela falta de alimentos. Mais de 2,3 milhões de crianças sofrem com desnutrição e quase 20 milhões de pessoas não têm acesso a procedimentos de saúde adequados. Os números são da ONU.

6. Etiópia, Leste da África

O conflito no país africano teve início em novembro de 2020 e tem como causa um conflito étnico entre diferentes partidos. O sistema político do país chama-se federalismo étnico e cada uma das dez regiões etíopes são controladas por etnias diferentes. 

Em 2020, um partido político chamado de Frente de Libertação do Povo de Tigré, formado por pessoas desse grupo, realizou eleições que foram consideradas ilegais pelo primeiro ministro do país, Abiy Ahmed. Anteriormente, Ahmed havia recebido o Prêmio Nobel da Paz por conseguir encerrar disputas territoriais no país. Sua gestão, no entanto, foi tida por outros grupos étnicos como uma tentativa de centralizar o poder.

De acordo com a ONU, mais de 900 mil pessoas estão em situação de fome e 9 milhões de etíopes precisam de ajuda alimentar. Não há negociações em andamento e não existe previsão para que o conflito chegue ao fim.

 

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Terremoto atinge Haiti, provoca mortes e alerta de tsunami https://canalmynews.com.br/mais/terremoto-atinge-haiti-mortes-alerta-tsunami/ Sat, 14 Aug 2021 19:29:37 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/terremoto-atinge-haiti-mortes-alerta-tsunami/ Autoridades confirmaram mortes e danos materiais após terremoto. O Haiti ainda tem a memória de outro grande tremor, que matou 300 mil pessoas, em 2010

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Um tremor de terra de magnitude 7,2 na escala Richter (1 a 10) atingiu o Haiti na manhã deste sábado (14), segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos. O tremor foi seguido de um terremoto secundário de 5,2 graus. Os dois tremores tiveram o hipocentro de 10 quilômetros de profundidade. A capital do Haiti, Porto Príncipe, que fica a 130 quilômetros do epicentro, também sentiu a terra tremer.

Haiti
Um terremoto de 7,2 graus na escala Ritcher atingiu o Haiti neste sábado (14), deixando mortos e danos materiais/Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Devido à escala do tremor, foi emitido um alerta de tsunami. Segundo informações da CNN, as autoridades confirmaram mortes e danos materiais. Ainda de acordo com a CNN, o país está no centro da tempestade tropical Grace – que deve chegar ao Haiti na próxima terça (17).

O país tem memória de um terremoto com repercussões catastróficas, de 7 graus na escala Ritcher, que ocorreu no ano de 2010 – quando 300 mil pessoas morreram, mais de 300 mil ficaram feridas e 1,5 milhão de pessoas, desabrigadas. A situação agravou a situação de pobreza no país.


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Presidente do Haiti é assassinado https://canalmynews.com.br/mais/presidente-do-haiti-e-primeira-dama-sao-assassinados/ Wed, 07 Jul 2021 21:50:12 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/presidente-do-haiti-e-primeira-dama-sao-assassinados/ Ataque ocorreu na residência presidencial. Segundo o premiê interino, a ação foi realizada por um grupo de indivíduos não identificados

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Jovenel Moise, de 53 anos, presidente do Haiti, foi morto na madrugada desta quarta-feira (7) em um ataque a tiros em sua residência, na capital Porto Príncipe. A primeira-dama, Martine Moise, 47, levou um tiro e teve de ser hospitalizada. O primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, confirmou o episódio pela manhã.

Presidente do Haiti, Jovenel Moise, ao lado da primeira-dama Martine Moise.
Presidente do Haiti, Jovenel Moise, ao lado da primeira-dama Martine Moise. Foto: Reprodução (Redes Sociais).

Em comunicado oficial, Joseph afirmou que o assassinato foi um “ato odioso, desumano e bárbaro”. “Um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República” por volta da 1h e “feriu mortalmente o chefe de Estado” – as línguas oficiais faladas no país são o francês e o crioulo haitiano.

O primeiro-ministro solicitou calma à população e disse que “a situação da segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional haitiana e das Forças Armadas do Haiti”, além de que “todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”.

Acredita-se que a motivação para o ato tenha sido por razões de divergências políticas, uma vez que Moise dissolveu o Parlamento e governava por decreto há mais de um ano, após o país não conseguir realizar eleições legislativas. Durante o mandato, o presidente procurou articular uma polêmica reforma constitucional, que dividia opiniões no Senado.

A oposição o acusava por tentativas de expansão de poder, sobretudo por intermédio de dois decretos: um que limitava a autoridade do tribunal responsável pela fiscalização de contratos governamentais e outro que autorizava a criação de uma agência de inteligência unilateral, que respondia apenas ao presidente.

Moise declarava que ficaria no cargo até 7 de fevereiro de 2022, data correspondente a uma interpretação da Constituição rejeitada pela oposição – para eles, o mandato do presidente havia terminado em 7 de fevereiro deste ano.

Em fevereiro, autoridades do país confirmaram ter impedido uma “tentativa de golpe” de Estado, no qual o presidente também seria alvo de um atentado malsucedido. Na ocasião, 20 pessoas foram presas, incluindo o juiz federal do Tribunal de Cassação e a inspetora-geral da Polícia Nacional.

Embate eleitoral

Moise foi eleito em outubro de 2015 para cumprir um mandato de cinco anos; no entanto, o pleito foi suspenso após a verificação de fraudes. Em nova disputa realizada em 2016, Moises foi novamente o mais votado, e tomou posse apenas em 2017.

O presidente foi eleito com 600 mil votos em um país com 11,3 milhões de habitantes. Pouco conhecido antes das eleições, ele conseguiu vencer com o apoio do ex-presidente Michel Martelly.

Novas eleições legislativas e municipais estavam agendadas para ocorrer neste ano, mas foram adiadas para 2022. Moise compreendeu, devido ao vácuo de poder, que deveria se manter no cargo por mais um ano, contrariando a oposição.

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