Arquivos jornada de trabalho - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/jornada-de-trabalho/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Mon, 18 Nov 2024 19:18:56 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Jornada 6×1 divide entidades de trabalhadores e associações patronais https://canalmynews.com.br/noticias/jornada-6x1-divide-entidades-de-trabalhadores-e-patronais/ Mon, 18 Nov 2024 19:13:56 +0000 https://localhost:8000/?p=48616 Enquanto defensores da PEC defendem que novo modelo traria mais qualidade de vida, opositores alegam que medida reduziria o número de postos de trabalho

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A extinção da jornada de trabalho 6×1 (seis dias de trabalho contra um de folga), proposta pelo Movimento Vida Além do Trabalho, colocou em lados opostos entidades ligadas aos trabalhadores e aquelas representativas dos empregadores. Entre vários pontos antagônicos, enquanto de um lado, as primeiras defendem os temas de melhoria na qualidade de vida, as associações patronais acreditam que a medida reduziria a redução no número de postos de trabalho.

A iniciativa tomou conta dos debates nesta semana com a formalização da proposta de emenda constitucional (PEC), apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), na Câmara dos Deputados. A Agência Brasil consultou três entidades de cada lado do assunto. Veja a seguir os principais argumentos de cada uma.

A favor

Central Única dos Trabalhadores (CUT) – “A CUT reafirma seu compromisso histórico em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras, contra todas as ameaças de retirada de direitos, contra a redução do orçamento para as políticas públicas e em defesa do fim da escala de trabalho semanal de 6×1 sem redução de salários e sem a retirada de direitos de redução da jornada já conquistadas por algumas categorias por meio da negociação coletiva. O crescimento e o desenvolvimento do país somente serão possíveis com distribuição de renda, com políticas permanentes de proteção social e de valorização do salário mínimo, com redução da jornada de trabalho sem redução de salários e com o povo brasileiro no orçamento público.”

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Federação dos Sindicatos de Metalúrgiocos da Cut-SP – “Na base da FEM-CUT/SP, diversos exemplos de redução de jornada mostram que este é um caminho acertado. Acordos que reduzem a jornada semanal para 40 horas e o fim da escala 6×1 já são uma realidade e não prejudicaram as empresas. Os metalúrgicos do ABC, Sorocaba e Pindamonhangaba são provas disso, como acordos exemplares que trazem grandes benefícios para a categoria e para as fábricas”.

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União Geral dos Trabalhadores (UGT) – “A jornada 6×1 não apenas desgasta fisicamente, mas também priva os trabalhadores de momentos essenciais com a família e amigos, atividades de lazer e oportunidades de desenvolvimento pessoal, como investir na qualificação profissional. Essa desconexão constante do convívio social e familiar pode gerar estresse e problemas de saúde mental. Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), lutar pelo fim da jornada 6×1 é uma prioridade, pois sabemos que a saúde mental e o bem-estar não são apenas direitos, mas fatores que beneficiam toda a sociedade.”

Contra a proposta

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo (Fecomécio-SP)  – “Proposta de Emenda à Constituição (PEC) não tem levado em conta um elemento importante nesse debate: que a imensa maioria de empregadores do país é formada por empresas de pequeno e médio porte (PMEs) que, se por um lado são as que mais geram postos de trabalho, por outro não teriam condições de reduzir a jornada dos seus funcionários sem uma redução salarial proporcional. Dessa forma, os efeitos econômicos seriam significativos, com potencial de inviabilizar um grande número desses negócios.”

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Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) – “A Constituição brasileira, em seu artigo 7º, estabelece que a jornada do trabalho normal não deve ser superior a 44 horas semanais. Nada impede que por meio de negociação as partes cheguem a jornadas diferentes. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, em termos práticos, no segundo trimestre deste ano, os brasileiros trabalharam em média 39,2 horas por semana. A Fiesp defende que o caminho adequado para estabelecer uma jornada de trabalho inferior às 44 horas semanais são os acordos coletivos firmados entre empregadores e empregados, como prevê a Constituição. Somente a negociação direta é capaz de contemplar as especificidades de cada setor, considerando fatores como o contexto local, porte das empresas e demanda dos trabalhadores, e garantir a sustentabilidade econômica dos segmentos produtivos. Por isso, devemos buscar o fortalecimento das negociações coletivas.

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Associação Comercial de São Paulo – “A Associação Comercial de São Paulo entende que é um retrocesso e teremos um problema muito sério. Por duas razões: a primeira é porque pode colocar em risco o emprego do funcionário, já que ao adotá-la a empresa terá um custo maior e vai precisar modificar seu custeio de uma maneira geral. Por outro lado, se a empresa aceitar esse custo adicional que o empresário vai carregar, isso será necessariamente repassado ao preço do produto final. Imagine um funcionário comprando um quilo de arroz, com esse custo adicional, o que era dez será 12. Ao final, quem pagará a conta será o próprio trabalhador. É um momento para se esquecer um projeto desta natureza”.

Assista abaixo ao Segunda Chamada, com participação da Deputada Erika Hilton, sobre a PEC 6×1:

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PEC 6×1 ainda não foi discutida no núcleo do governo, diz ministro https://canalmynews.com.br/brasil/pec-6x1-ainda-nao-foi-discutida-no-nucleo-do-governo-diz-ministro/ Thu, 14 Nov 2024 01:34:39 +0000 https://localhost:8000/?p=48515 Questionado se o governo pode encampar a PEC ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, afirmou que vai esperar encaminhamento do Congresso

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O debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita a carga horária semanal de trabalho em 36 horas e ficou conhecida como PEC 6×1 — 6 dias de trabalho por 1 dia de folga — ainda não foi discutida pelo núcleo do governo. A afirmação é do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, nesta quarta-feira (13).

“Esse debate está no Congresso Nacional, ainda não foi discutido no núcleo do governo.  O ministro [Luiz] Marinho [do Trabalho e Emprego – MTE] já se pronunciou no ambiente dele, mas não foi discutido ainda. Vamos aguardar a posição que o Congresso vai encaminhar para a gente poder discutir no núcleo do governo”, disse ministro.

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A declaração foi feita durante evento do C20, grupo de engajamento do G20 (Fórum que abrange os países com a principais economias do mundo) que representa organizações da sociedade civil, no Rio de Janeiro.

Questionado se o governo pode encampar a PEC ainda no Congresso, Macêdo reforçou: “Esse tema ainda não está em discussão no centro do governo”.

Ministro Marinho

O posicionamento do ministro Luiz Marinho ao qual se referiu Macêdo foi publicado em rede social.

Marinho defendeu que a jornada de trabalho 6×1 deve ser tratada em convenções e acordos coletivos de trabalho, quando empregadores e trabalhadores negociam as regras do contrato entre as partes.

“A pasta considera, contudo, que a redução da jornada para 40 horas semanais é plenamente possível e saudável, quando resulte de decisão coletiva. O MTE tem acompanhado de perto o debate e entende que esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, considerando as necessidades específicas de cada área”, disse Marinho em uma rede social.

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A defesa do fim da escala de trabalho 6×1, ou seja, apenas um dia de folga na semana, ganhou notoriedade nos últimos dias, impulsionada pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT). O tema virou um dos mais discutidos em redes sociais, imprensa e no Congresso.

O proposta estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e quatro dias de trabalho por semana no Brasil.

Pressão social

Eram necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara dos Deputados. No intervalo de dias, o número de deputados que endossaram a proposta subiu de 60 para cerca de 200. Para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação.

De autoria da deputada Erika Hilton (Psol-SP), a proposta foi apresenta em 1º de maio deste ano inspirada no movimento VAT que, por meio de uma petição online, recolheu mais de 2,7 milhões de assinaturas a favor do fim da escala 6 por 1.

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A redução da jornada de trabalho semanal sem redução de salários é uma demanda histórica de centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

No entanto, recebe oposição de atores da economia, como empregadores, que preveem queda de produtividade e aumento de custos, o que seria repassado para os preços.

Assista abaixo ao Segunda Chamada, com participação da Deputada Erika Hilton, sobre a PEC 6×1:

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Senado rejeita MP da reforma trabalhista por 47 votos contrários e 27 a favor https://canalmynews.com.br/economia/senado-rejeita-mp-reforma-trabalhista-47-votos-contrarios-27-favoraveis/ Thu, 02 Sep 2021 01:04:59 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/senado-rejeita-mp-reforma-trabalhista-47-votos-contrarios-27-favoraveis/ MP propunha reforma trabalhista que modificava CLT e criava categoria de trabalhador sem direitos trabalhistas e previdenciários e restringia acesso à Justiça

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O plenário do Senado Federal rejeitou nesta quarta (1º) a Medida Provisória 1.045 (MP 1.045), que faria uma espécie de minirreforma trabalhista. Votaram contra o projeto 47 senadores; a favor, 27 senadores; e houve uma abstenção. O Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados e estava sendo negociado com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Projeto de reforma trabalhista do governo rejeitado pelo Senado criava possibilidade de trabalho sem carteira assinada e sem direitos trabalhistas e previdenciários

O projeto editaria novamente um programa de redução da jornada de trabalho e salários – adotado pela primeira vez em 2020, durante o período mais crítico de distanciamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus – e criaria uma categoria de contratação de empregados sem direito a férias, 13º salário e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

O projeto do governo também estabelecia uma categoria de trabalhador sem carteira assinada e sem direitos trabalhistas e previdenciários, e propunha a redução no pagamento de horas extras para algumas categorias profissionais, como operadores de telemarketing, bancários e jornalistas. A MP também restringia o acesso gratuito ao Judiciário e dificultava a fiscalização trabalhista sobre casos de trabalho análogo ao escravo.

Com a derrota no plenário do Senado, a Medida Provisória será arquivada.


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