Acusado de ligação com CV, Deputado TH ostenta com R$ 5 milhões em fotos Foto: divulgação

Acusado de ligação com CV, Deputado TH ostenta com R$ 5 milhões em fotos

Parlamentar foi preso com acusações de ligações com o crime organizado e imagens mostram momentos de ostentação nas redes sociais

Um homem deitado sobre uma cama coberta por R$ 5 milhões em notas. A cena surreal não é cena de filme, mas do ex-deputado Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, preso pela Polícia Federal na quarta-feira (3). As imagens, obtidas durante a investigação, vão além da ostentação: refletem uma convicção de poder e impunidade. Segundo o Coaf e a PF, o grupo de TH movimentou R$ 140 milhões em cinco anos, entre reais e dólares, em um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, frequentemente associado ao traficante conhecido como Índio.

É mais um caso que evidencia a importância do Coaf, órgão que identifica movimentações financeiras atípicas e suspeitas. Sem sua atuação, operações desse porte dificilmente seriam descobertas, permitindo que esquemas milionários se mantivessem ocultos. O episódio reforça a necessidade de mais recursos humanos e tecnológicos para o conselho, garantindo que cada alerta seja analisado rapidamente e transformado em indícios concretos para investigações.

VEJA: Quatro vídeos para entender megaoperação contra lavagem de dinheiro

Além disso, a investigação mostra a urgência de caminhos mais ágeis de troca de informações entre o Coaf e o Ministério Público. A burocracia atual muitas vezes retarda o avanço das apurações, enquanto uma cooperação mais direta poderia acelerar processos, prevenir crimes financeiros e aumentar o efeito dissuasório sobre quem acredita estar acima da lei. Casos como o de TH Joias demonstram que o combate à lavagem de dinheiro depende tanto de inteligência quanto de estrutura e integração institucional. É o caminho mais eficiente para combater o crime organizado.

Por que TH foi preso?

O político, que era filiado ao PMD, do Rio de Janeiro, foi preso nesta semana por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro. Segundo informações e investigações das autoridades cariocas, o parlamentar da ALERJ teria atuado em favor tanto do Comando Vermelho (CV) quanto do Terceiro Comando Puro (TCP), facções rivais que disputam o controle de comunidades no Rio. Com a confirmação de sua prisão, o partido o expulsou. Em seu lugar, entrou um velho conhecido, Rafael Picciani, que estava ocupando a Secretária de Esportes do Estado.

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