Considerada um dos grandes nomes do samba, formou gerações e deixou seu legado
Na manhã deste domingo (20), morreu a cantora e compositora Cristina Buarque. A informação foi divulgada pelo filho da artista, Zeca Ferreira, nas redes sociais.
Cristina, aliás, é filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e da intelectual e pianista Maria Amélia Buarque de Hollanda. Também era irmã de Chico Buarque, Ana de Hollanda e Miúcha.
Contudo, a cantora lutava contra um câncer de mama há um ano e deixa cinco filhos: Ana (52), Zeca (51), Paulo (49), Antônio (48) e Maria do Carmo (46). O velório acontecerá nesta segunda-feira (21).
Nas redes sociais, Zeca prestou homenagem à mãe com a seguinte publicação
“Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra. ‘Bom mesmo é o coro’, ela dizia, e viveria mesmo feliz a vida escondidinha no meio das vozes não fosse esse faro tão apurado, o amor por revirar as sombras da música brasileira em busca de pequenas pérolas não tocadas pelo sucesso, porque o sucesso, naqueles e nesses tempos, tem um alcance curto.”
VEJA: Música à flor da pele
Cristina nasceu em 1950 e se tornou um grande nome do samba brasileiro. Em 1974, lançou seu primeiro álbum, que leva seu nome. Na época, ganhou projeção ao interpretar “Quantas Lágrimas”, composição do sambista Manacéa.
Segundo o Instituto Memória Musical Brasileira (Immub), Cristina gravou, portanto, 14 discos ao longo da carreira, sendo o mais recente “Terreiro Grande e Cristina Buarque cantam Candeia”, de 2010. Além disso, participou de pelo menos 68 discos.