Oposição ao Prefeito Eduardo Paes, vereadores do PL criticam ação e plano para a Guarda Municipal no Rio de Janeiro
A primeira semana de trabalho na Câmara do Rio já mostrou que Eduardo Paes (PSD) terá resistência da bancada do PL para emplacar a Força Municipal de Segurança. Durante as sessões desta terça (18) e quarta-feira (19), os vereadores da direita subiram o tom contra o projeto, apontando “inconstitucionalidade” e “oportunismo eleitoral”.
A provocação do prefeito nas redes sociais, ao ironizar que a bancada bolsonarista era contra uma força armada, não passou batida. O líder do PL na Câmara, Rogério Amorim, rebateu com força e acusou Paes de querer criar uma “galhofa” para fortalecer sua candidatura ao governo estadual.
VEJA TAMBÉM: Carlos Bolsonaro afirma que Cid faz falsas acusações: ‘Não é apenas um pobre coitado’
“Nos cinco minutos que ele usou para discursar aqui, quatro foram para atacar o governador e um para apresentar uma solução inconstitucional e mentirosa”, disse, acrescentando que o prefeito “não entende absolutamente nada de segurança pública”.
Carlos Bolsonaro (PL) engrossou o coro. “O prefeito Eduardo Paes acha que agentes de segurança são carne de matadouro, que pode atirar homens e mulheres aos lobos para avançar em seu plano político pessoal”, disparou.
A falta de previsão orçamentária e o modelo de contratação temporária de seis anos para os agentes também foram alvos de crítica. Fernando Armelau (PL) classificou a proposta como uma “pirotecnia para as redes sociais” e desafiou Paes a comparecer à Câmara para defender o projeto.
“O mal do malandro é achar que todo mundo é otário. Nem ele mesmo acredita nisso. Não precisa saber muito para saber que você não pode montar uma milícia armada dentro do município”, afirmou.
O vereador Poubel (PL) foi além e anunciou uma moção de repúdio. “O prefeito tem que deixar quem entende de segurança pública tratar de segurança pública. Ele está usando trabalhadores da prefeitura para um serviço que é das polícias Militar e Civil. Isso aqui não é brincadeira”, criticou.
A bancada também levantou o tom sobre a real motivação do projeto. “Por que o prefeito decidiu se preocupar com a segurança pública do Rio somente agora, depois de três mandatos inteiros, a dois anos de uma eleição para governador para a qual ele provavelmente deve concorrer?”, questionou Carlos.
Com o PL unido contra a proposta, a promessa agora é de uma audiência pública para expor as fragilidades do projeto e cobrar uma solução real para a segurança no município. “Segurança Pública não é trampolim para 2026. O prefeito quer brincar com a emoção dos cariocas mirando votos”, concluiu Amorim.