‘Brasil deixou de ser o país das oportunidades’, afirma economista Foto: reprodução além das Manchetes

‘Brasil deixou de ser o país das oportunidades’, afirma economista

No Além das Manchetes do canal do MyNews, Paulo Tafner analisa o contexto da economia no nosso país e afirma ter gerações que foram perdidas

O economista Paulo Tafner é o convidado do programa Além das Manchetes, do canal MyNews. Em entrevista realizada no Cine Belas Artes, em São Paulo, o diretor-presidente do Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) abordou diversos temas, entre eles a situação das gerações no Brasil.

Na visão de Tafner, o país teve uma geração perdida e traída. Ele também analisou os desafios da mobilidade social, a crise da educação pública, os limites estruturais da Previdência e a incapacidade do Estado de investir. O programa conta com a apresentação e mediação de Denise Campos de Toledo.

Tafner afirma que o Brasil deixou de ser um país de oportunidades:

“São jovens com aproximadamente 35 anos. Entre aqueles que nasceram em famílias que pertenciam aos 50% mais pobres, menos da metade conseguiu sair da pobreza. É um resultado muito precário. Muito precário. Veja só: deixamos de ser um país de oportunidades. Deixamos, progressivamente, de oferecer mobilidade social.

“Isso gera inúmeras consequências, a principal é a perpetuação da pobreza, o que é péssimo. Além disso, há um sentimento de não pertencimento, o que leva a uma disrupção social. As pessoas deixam de se sentir parte da sociedade quando não enxergam possibilidades reais de sair da pobreza”, afirmou o economista.

Segundo Tafner, o Brasil precisa ser redesenhado:

“Tem que ser redesenhado. O Brasil é o único país do mundo onde um benefício assistencial, como o BPC, tem o mesmo valor e é concedido na mesma idade que a aposentadoria. Isso não existe em nenhum outro lugar.

“Estamos falando de uma pessoa que não contribuiu regularmente para a Previdência, e ainda assim recebe o mesmo que quem contribuiu. Isso não faz sentido. Ou se mantém o mesmo valor com uma idade maior, ou se concede na mesma idade com valor menor. Do jeito que está, não dá”, concluiu Tafner na entrevista ao Além das Manchetes.

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