Entenda o ataque hacker que atingiu empresa do Pix e desviou milhões — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Entenda o ataque hacker que atingiu empresa do Pix e desviou milhões

Banco Central alega que está fazendo modificações no sistema de segurança e conseguiu parte do valor

As principais instituições financeiras do Brasil sofreram recentemente um ataque hacker que desviou cerca de R$ 670 milhões por meio de transferências via Pix. Desse montante, R$ 380 milhões saíram do HSBC e outros R$ 40 milhões da instituição financeira Artta.

Mesmo com o golpe, a estrutura do Pix não sofreu alterações e seguiu funcionando normalmente. A ação explorou vulnerabilidades do sistema da empresa Sinqia, responsável pela tecnologia de conexão entre instituições financeiras e o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. Os hackers invadiram somente os servidores da Sinqia. Assim que detectou a invasão, o Bacen cortou a ligação da operadora com a rede para impedir o avanço para outras instituições.

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O HSBC, um dos mais afetados, afirmou em nota que nenhuma conta de clientes foi comprometida e que bloqueou as transações suspeitas:

“Na última sexta-feira, 29 de agosto, o HSBC identificou transações financeiras via Pix em uma conta de um provedor do banco. Nenhuma conta de clientes ou fundos foi impactada, já que as operações ocorreram exclusivamente no sistema desse provedor. O banco esclarece ainda que adotou medidas para bloquear essas transações no ambiente do provedor. O HSBC reafirma o compromisso com a segurança de dados e está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.”

A Artta também se posicionou após o ataque:

“Não houve ataque ao ambiente da Artta nem às contas de nossos clientes. As contas envolvidas são mantidas junto ao Banco Central e utilizadas exclusivamente para liquidação interbancária.”

Após o caso, o Banco Central anunciou ajustes no Pix para reforçar a segurança. Entre as mudanças, incluiu a possibilidade de devolução de recursos em situações de fraudes, golpes ou coerção, mas limitou a devolutiva à conta principal usada na fraude.

“A segurança é um dos pilares fundamentais do Pix, e seu aprimoramento é um processo contínuo. O BC atua de forma permanente para garantir a manutenção do elevado patamar de segurança do Pix.”

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