Gov. Federal reabre caso da morte de Juscelino Kubitschek JK E A DITADURA

Gov. Federal reabre caso da morte de Juscelino Kubitschek


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu, nesta quinta-feira (13), reabrir o caso da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 1976. O episódio segue cercado de controvérsias. JK morreu na Via Dutra, durante a ditadura, mas há diferentes versões sobre a perda de controle do Opala..

Além do político, o motorista Geraldo Ribeiro também estava no carro. Segundo a Folha de S. Paulo, a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), ligada ao Ministério dos Direitos Humanos, deve aprovar uma nova análise do caso nesta sexta-feira (14).

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O pedido de reabertura se baseia em um laudo do engenheiro e perito Ejzenberg, contratado pelo Ministério Público Federal. Finalizado em 2019, o documento diverge das versões anteriores e rejeita a tese de que a colisão com um ônibus tenha causado o acidente.

A lei que criou a comissão, em 1995, estabeleceu prazos para novos requerimentos, mas eles já expiraram. Ainda assim, a reabertura se justifica pelo argumento de esclarecimento histórico. Não haverá indenização financeira, independentemente do resultado.

Ditadura afirma que Juscelino Kubitschek sofreu acidente

As versões sobre o acidente de 22 de agosto de 1976 são conflitantes. A dúvida está no que aconteceu antes do choque com a carreta, que seguia no sentido oposto da Dutra.

Os militares da ditadura afirmam que foi um acidente. Dizem que o veículo de JK bateu em um ônibus ao tentar ultrapassá-lo. Essa versão foi defendida pela Comissão Nacional da Verdade em 2014.

JK e outros políticos faleceram em situações controvérsias

Por outro lado, as Comissões Estaduais da Verdade de São Paulo e Minas Gerais, além da comissão municipal de São Paulo, alegam que se tratou de um atentado político. Há uma tese de que a morte de três figuras centrais da política brasileira em menos de um ano fez parte da Operação Condor, conduzida pelas ditaduras do Cone Sul.

Entre dezembro de 1976 e maio de 1977, além de JK, também morreram João Goulart, supostamente de ataque cardíaco, e Carlos Lacerda, vítima de infarto. Apesar de terem pertencido a grupos políticos distintos antes de 1964, os três organizaram a Frente Ampla, oposição pacífica ao regime, mas que acabou proibida.

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