Foram quase 60 anos de carreira e mais de 80 documentários
Morreu nesta sexta-feira, 5, o cineasta Silvio Tendler, um dos mais renomados documentaristas brasileiros. Entre centenas de obras, está o documentário “O Mundo Mágico dos Trapalhões” produzido em 1981 e que, até hoje, é responsável pela a maior bilheteria para filmes nacionais no segmento: 1,8 milhão de espectadores.
A morte foi confirmada nas redes sociais da produtora fundada pelo cineasta. “Hoje, a Caliban se despede de seu fundador, o documentarista, utopista e admirador da vida, Silvio Tendler. Ele partiu aos 75 anos, após 57 de dedicação ao cinema nacional”, diz a postagem. Ele estava internado no Hospital Copa Star.
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“Silvio deixa uma filha, um neto, mais de cem obras, incontáveis amigos, centenas de ex-alunos, uma legião de fãs e a semente da justiça social plantada em todos nós”, destacou a Caliban. O velório acontecerá no domingo, 7 de setembro, às 11h, no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro.
A Fundação Casa Rui Barbosa, ligada ao Ministério da Cultura, lamentou profundamente a morte de Silvio Tendler, dizendo que ele “partiu deixando um legado inestimável”: “Foram quase 60 anos de carreira, mais de 80 documentários, dezenas de prêmios e uma vida inteira dedicada a contar a história recente do país com coragem, compromisso e denúncia.
“Reconhecido como o ‘cineasta dos sonhos interrompidos’, deu voz a personagens como JK, Jango, Marighella e Castro Alves, entre outros. Figuras que, como ele, lutaram por um Brasil mais justo e democrático”, destaca a fundação, nas redes sociais: “Silvio usou a sétima arte como arma de luta, reflexão e pensamento. E deixa, com sua obra, a certeza de que a memória é também um refúgio para o futuro.”