PEC da blindagem avança com apoio do governo e oposição dividida Marina Ramos/Câmara dos Deputados

PEC da blindagem avança com apoio do governo e oposição dividida

Nos bastidores, governo e oposição negociam na sombra, enquanto a PEC da blindagem expõe acordos ocultos e sinais do tabuleiro político de 2026.

Nos bastidores do Congresso, a percepção é de que a PEC da blindagem só avançou porque houve negociação com aval do governo. O presidente da Câmara, Hugo Motta, do republicanos, esteve com o presidente Lula antes da reunião de líderes, reforçando a leitura de que o Planalto acompanhou de perto a articulação.

A diferença em relação a votações anteriores é que, desta vez, foi a oposição que não quis assumir sozinha o desgaste. Exigiu alguns votos do PT para não carregar integralmente o ônus. O movimento lembra o caso de Chiquinho Brazão, quando houve acordo prévio para transferir a conta para Arthur Lira, enquanto no plenário se encenava resistência.

VEJA: Câmara avança com anistia, em derrota do governo

No pano de fundo está 2026. O governo tem a chave do cofre e, mesmo com as emendas impositivas, pode segurar liberações e atrasar burocraticamente repasses. Essa capacidade de “enrolar” a execução orçamentária atrapalha a vida dos parlamentares e mostra que o Executivo não é passivo nesse jogo, todos os lados têm o que perder.
Pelo perfil de quem votou com Motta na blindagem, alguns parlamentares apostam que deve ser em troca de emenda. Sem os votos do PT a PEC não seria aprovada.

A divergência hoje parece ser de grau na anistia, se em versão mais leve ou mais pesada. É cada vez mais claro que há um pacote de acordos em curso, ainda fora do radar público. E, nesse tabuleiro, Hugo Motta tem encarnado com louvor o papel de “policial mau”, dando voz a pressões que interessam a mais atores do que apenas sua bancada.
Um observador atento das movimentações na câmara arriscou: “Um acordo com Bolsonaro ganhando pena reduzida e prisão domiciliar. Tarcísio em 2026 vai disputar a reeleição em SP. E Lula fica livre, leve e solto para ter uma reeleição tranquila em 2026.

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