Nomes importantes da comunicação e do esporte serem proibidos de divulgar casas de apostas
Nos últimos anos, as bets e casas de apostas cresceram impressionantemente no Brasil. Com isso, influenciadores, jornalistas e até atletas em atividade passaram a divulgar jogos nas redes sociais e na mídia em geral, sempre com o argumento de promover o conteúdo de forma responsável.
O debate chegou a Brasília. Na última quarta-feira (28), o Senado aprovou um projeto de lei que proíbe influenciadores digitais, artistas e atletas de fazerem propaganda para casas de apostas, as populares bets. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados.
A proposta não busca proibir os jogos, mas restringir como eles são divulgados. No Brasil, clubes de futebol, como o Flamengo, por exemplo, estampam marcas de casas de apostas em seus uniformes — algo que segue permitido.
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A dúvida é: quem perderia com essa restrição? Galvão Bueno, o maior narrador da história do futebol brasileiro, é um dos que mais divulga bets no país. Vini Jr., atacante do Real Madrid e da Seleção Brasileira, também participa de campanhas. Artistas, em geral, utilizam esse tipo de publicidade — e ex-jogadores, principalmente, costumam fazer divulgações em seus programas nas redes sociais.
Entre os influenciadores, o cantor sertanejo Gusttavo Lima — que já teve o nome citado até em discussões sobre a presidência — é um dos que mais promove casas de apostas. Virgínia, que chegou a prestar depoimento na CPI das Bets, também pode ser afetada pela nova lei. Rico Melquiades também esteve em Brasília pelo mesmo motivo.
Mesmo com a proibição para influenciadores, jornalistas e atletas, as marcas de casas de apostas ainda poderão patrociná-los. A restrição, no entanto, não atinge ex-atletas que encerraram a carreira há mais de cinco anos. Nomes como Denilson, hoje comentarista do Grupo Globo, e Ronaldo Fenômeno, entre outros, poderão continuar com suas campanhas normalmente.