Mais um dia agitado no Rio de Janeiro com operação das autoridades na zona oeste e guerra de milicianos na Baixada Fluminense
O Rio de Janeiro teve mais um dia marcado pela violência, que paralisou escolas e principalmente o trânsito da cidade. Uma operação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Militar matou pelo menos oito suspeitos nesta quinta-feira (04), na Vila Aliança. O objetivo da ação era encontrar as lideranças do Terceiro Comando Puro (TCP): o traficante Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, e José Rodrigo Gonçalves Silva, o Sabão da Vila Aliança.
Conforme a Polícia informou, seis suspeitos morreram em confronto numa casa onde criminosos mantinham um pastor e uma criança como reféns. Outros dois foram mortos em diferentes pontos da comunidade. As vítimas saíram ilesas. Além disso, os policiais apreenderam quatro fuzis e diversas pistolas.
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Coronel, aliás, é apontado como mandante do assassinato brutal de Sther Barroso dos Santos, de 22 anos. A jovem foi morta covardemente durante um baile funk, em agosto deste ano, por se recusar a dançar com o criminoso. O caso comoveu o Rio de Janeiro. Já Sabão é considerado chefe do tráfico de drogas na Vila Aliança e na Coréia, em Senador Camará, na zona oeste.
A segunda é: Lideranças do TCP, Sabão e Coronel seguem foragidas – Foto: divulgação
Escolas da região interromperam as aulas, e alunos e professores se protegeram no chão em busca de locais seguros durante a operação. A ação foi realizada em conjunto pela subsecretária de Inteligência da Polícia Civil (Ssinte), Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar (SSI), Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). As linhas de ônibus da região também foram afetadas.
Contud, ainda nesta quinta-feira, mas na Baixada Fluminense, um confronto entre grupos milicianos rivais deixou um morto e terminou com dois presos pela polícia. Segundo as investigações, a disputa envolve facções lideradas por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que atua em Chaperó, Itaguaí, e por Gilson Ingrácio de Souza Junior, o Juninho Varão, apontado como chefe da milícia de Seropédica.
Todavia, há anos, grupos paramilitares disputam territórios no estado do Rio, formando alianças até mesmo com traficantes de outras facções — algo que antes não ocorria e passou despercebido pelas autoridades.
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