STF mantém Moraes e Dino para julgar Bolsonaro por tentativa de golpe Moraes e Flávio Dino / Fotos: Fellipe Sampaio/Rosinei Coutinho/STF

STF mantém Moraes e Dino para julgar Bolsonaro por tentativa de golpe

Ex-presidente será julgado dia 25 de março por tentativa de golpe de estado

Nesta quarta-feira (19), o STF (Supremo Tribunal Federal) manteve os nomes de Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Além dele, outras 33 pessoas foram indiciadas.

Desse modo, os três ministros farão parte da Primeira Turma, que marcou para o próximo dia 25 o julgamento de Bolsonaro. A análise inicial, organizada pela Procuradoria-Geral da República, tem como alvo o chamado núcleo da organização criminosa, que, segundo a acusação, seria formado por Bolsonaro e sete aliados de seu governo (2019-2022).

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Os ministros, portanto, vão julgar os recursos da defesa de Bolsonaro e dos generais Walter Souza Braga Netto e Mário Fernandes no plenário virtual. Nesse formato, os votos são registrados pelos computadores, sem que os ministros se reúnam para discutir o tema.

Aliás, a defesa de Bolsonaro solicitou que Flávio Dino e Alexandre de Moraes fossem afastados do julgamento, alegando que ambos teriam posição política contrária ao ex-presidente. Um dos argumentos apresentados foi que eles, assim como Cristiano Zanin, possuem processos envolvendo Bolsonaro no passado.

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Como votaram os ministros no pedido de impedimento de Dino, Moraes e Zanin

Votaram pela rejeição do impedimento de Flávio Dino:

Luís Roberto Barroso

Alexandre de Moraes

Gilmar Mendes

Cristiano Zanin

Dias Toffoli

Luiz Edson Fachin

Cármen Lúcia

Votaram pela rejeição do impedimento de Cristiano Zanin:

Luís Roberto Barroso

Alexandre de Moraes

Gilmar Mendes

Flávio Dino

Dias Toffoli

Luiz Edson Fachin

Cármen Lúcia

Votaram pela rejeição da suspeição de Alexandre de Moraes:

Luís Roberto Barroso

Gilmar Mendes

Cristiano Zanin

Flávio Dino

Dias Toffoli

Luiz Edson Fachin

Cármen Lúcia

Denunciados como integrantes do núcleo central da suposta tentativa de golpe

Jair Bolsonaro, ex-presidente

Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin

Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha do Brasil

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal

General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência

Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa

Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil

A PGR afirma que Bolsonaro liderou uma organização criminosa para dar um golpe de Estado. O ex-presidente, por sua vez, declarou que recebe a denúncia com “estarrecimento e indignação”.

Ao todo, 34 pessoas foram acusadas pelos crimes de:

Organização criminosa armada

Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito

Golpe de Estado

Dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com prejuízo significativo

Deterioração de patrimônio tombado

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