Taiwan, o cenário “Ucrânia 2.0” e o foco na América Latina Geopolítica

Taiwan, o cenário “Ucrânia 2.0” e o foco na América Latina

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Farinazzo aponta como o apoio a Taiwan e a pressão sobre a Venezuela redesenham o mapa de crises, da exaustão ucraniana aos riscos para o Brasil

Os Estados Unidos enviaram 11 bilhões de dólares em armas para Taiwan. Esse movimento está criando um cenário de “Ucrânia 2.0”, o que ameaça a estabilidade global e corrói a ordem jurídica internacional. Segundo o Comandante Robinson Farinazzo, a estratégia de Donald Trump abre precedentes perigosos. Isso ocorre porque, ao ignorar o direito internacional na América Latina e na Ásia, os EUA dão argumentos para a China justificar futuras agressões, como um bloqueio marítimo à ilha.

Mudança de eixo: aa Ásia para a Venezuela

Em entrevista exclusiva ao programa Café do MyNews, Farinazzo detalhou a nova estratégia de segurança nacional americana. Agora, Washington retira o foco de conflitos complexos na Europa Oriental e no Oriente Médio para mirar agressivamente na América do Sul. O alvo principal é a Venezuela.

De acordo com o analista, o objetivo americano é promover mudanças de regime para garantir acesso ao petróleo pesado venezuelano. Esse recurso é essencial para recompor as reservas estratégicas dos EUA, que atingiram o nível mais baixo desde 1985. Contudo, Farinazzo pondera que uma invasão total seria temerária. Apesar de possíveis provocações aéreas, os EUA carecem de meios militares suficientes no Caribe para uma operação desse porte no momento.

O esgotamento na Europa

Enquanto isso, a situação na Europa segue crítica. A União Europeia planeja um fundo de 90 bilhões de euros para a Ucrânia, mas evita confiscar ativos russos para não desestabilizar seus próprios bancos. Nesse contexto, Farinazzo classifica a Ucrânia como um “estado artificial” sustentado financeiramente pelo Ocidente. Além disso, ele alerta que o maior problema atual não é a falta de armas, mas sim a exaustão humana; o país já não possui reservas de soldados para enfrentar a Rússia.

Reflexos no Brasil e o cenário para 2026

Por fim, essa instabilidade global projeta sombras sobre o Brasil. O Comandante citou relatórios da ABIN que indicam possíveis agitações sociais e políticas durante as eleições de 2026. Embora o presidente Lula mantenha diálogo com os republicanos, a imprevisibilidade de Trump gera incertezas. As conexões do americano com a oposição brasileira podem trazer percalços significativos ao país.

Nota: Para entender todas as nuances deste “novo mapa do mundo”, incluindo a reestruturação das defesas no Oriente Médio, assista à entrevista completa no vídeo abaixo.

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