Em culto, deputados evangélicos entoam a “oração da anistia” Crivella puxa o cântico-oração da anistia aos golpistas, durante culto evangélico na Câmara, nesta quarta (15/10) | Foto: Evandro Éboli/MyNews "O BATOM NA ESTÁTUA"

Em culto, deputados evangélicos entoam a “oração da anistia”

Crivella puxou a oração-cântico que cita a bolsonarista que pichou a estátua da Justiça, um vendedor de algodão e uma idosa com Bíblia

O culto dos deputados evangélicos da manhã de hoje, quarta-feira, foi encerrado com um cântico em favor da anistia para os condenados bolsonaristas pela tentativa de golpe no país. A oração-canção foi puxada pelo deputado e pastor Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e, no evento religioso, estavam presentes 15 parlamentares ao todo, além de funcionários dos gabinetes e outros servidores da Câmara.

A letra da canção cita alguns alvos e até condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como da bolsonarista do batom na estátua, um vendedor de algodão e uma idosa com Bíblia na mão. Veja abaixo o vídeo com esse momento do culto. A letra completa, diz:

“Anistia chegou, é a Justiça mais ampla; o batom na estátua não apaga a esperança; uma criança sem a mãe; o vendedor de algodão; e tem até uma idosa com a Bíblia na mão; anistia chegou, a voz do coração, ninguém silencia quem sente a dor de um irmão”.

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Crivella, que é autor do projeto de anistia que teve sua urgência aprovada pelo plenário da Câmara, fez uma defesa da aprovação dessa proposta, e não da iniciativa da dosimetria de penas.

“O governo não vota esse projeto (da dosimetria). A oposição não vota também. Vamos votar o projeto da anistia. Conversei com muita gente da Câmara, que me diz: ‘não sou a favor da anistia, mas sou muito menos a favor de quem pega pena de mais de 27 anos e tem mais de 70 anos de idade (uma referência a Jair Bolsonaro). Isso é prisão perpétua. É pena de morte”, disse Crivella.

E falou que no Brasil, segundo ele, já ocorreram 92 processos de anistia.

“Essa de 1979 (durante a ditadura). Sem ela não teríamos Lula e nem Dilma. Sabemos disso. E não houve derramamento de sangue, houve uma conversa, troca de mensagens. Não culpo o STF (pelas condenações dos acusados de golpe). Os ministros usaram as leis que nós votamos, mas acho que tiveram um entendimento muito rigoroso”, afirmou o deputado.

O BATOM NA ESTATÚA

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