No mundo político, Flávio é visto como “candidato placebo” Senadores do Bloco Vanguarda promovem reunião no Senado Federal. O encontro é organizado pelo líder do bloco e conta com a presença do ex-presidente da República. A reunião marca o início das atividades legislativas e tem como pauta principal a instalação das comissões, além de debates sobre temas estratégicos para a oposição, incluindo a anistia para os manifestantes dos atos de 8 de janeiro, uma das bandeiras defendidas pelos senadores. Participa: líder da Minoria no Congresso Naconal, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

No mundo político, Flávio é visto como “candidato placebo”

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Placebo é aquela substância inativa usada em testes químicos, como se fosse medicamento real, mas que não tem efeito algum. De mentirinha.

Dólar subiu. Bolsa despencou. Centrão olhou de soslaio. Quase ninguém leva fé. Assim foi recebida a anunciada por ele mesmo candidatura do senador Flávio Bolsonaro, do PL, à Presidência da República. O filho se apresentou como o escolhido pelo pai Jair Bolsonaro para assumir seu legado e tentar tirar Luiz Inácio Lula da Silva do Palácio do Planalto em 2026.

O mundo político recebeu o nome de Flávio como um “candidato placebo”. Placebo é aquela substância inativa usada em testes químicos, como se fosse medicamento real, mas que não tem efeito algum. De mentirinha. Assim são os relatos captados até agora.

Leia Mais: Flávio Bolsonaro é o escolhido de Jair para ser o candidato à Presidência

O nome de Flávio Bolsonaro não veio para valer, mas mexeu com o xadrez. É fato. Se trata de Bolsonaro querendo testar o sobrenome nas pesquisas. Foi uma resposta à “rebeldia” de Michelle Bolsonaro, que afrontou aos filhos ao desprezar aliança da direita com Ciro Gomes no Ceará. Foi uma delimitação de espaço feita pelos Bolsonaro. E por aí vai. São muitas as razões.

Na sua exposição de motivos de 36 linhas nas redes sociais, onde anunciou a escolha do pai, Flavio também atacao governo Lula, descreve o cenário ruim no país e se apresenta como o ungido de Jair. Jogo combinado? Pode ser.

Jogo combinado para preparar o terreno para Tarcísio de Freitas assumir a candidatura? Sempre a metáfora do futebol: pênalti para o time do PL; Flávio pega a bola para bater e os jogadores adversários do PT o atazanam no ouvido com palavras como “vai perder”, “bate mal” etc. Aí, na hora de bater mesmo, ele entrega a bola para Tarcísio, livre das provocações petistas, para bater a cobrança. Gol ou não, é outra história.

Os Bolsonaro conseguiram criar um fato político no final da tarde de uma sexta-feira. Só se fala nisso. Conseguiram. Vai durar até quando? O Planalto comemora, em silêncio. A direita está perplexa e sem rumo. Vem por aí Natal, Ano Novo e Carnaval. É aguardar.

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