No Planalto, Eduardo Bolsonaro é chamado de “camisa 10 do Lula” Eduardo Bolsonaro, no aeroporto de Brasília, durante retorno de Jair Bolsonaro dos EUA, em março de 2023 | Foto: Evandro Éboli/MyNews

No Planalto, Eduardo Bolsonaro é chamado de “camisa 10 do Lula”

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É uma referência ao insucesso das ações do filho de Jair Bolsonaro contra o governo brasileiro, que estão se revertendo em ganho político

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não vive um bom momento. Há um tempinho até. Está com a imagem desgastada até mesmo entre aqueles que professam a mesma ideologia, a turma da direita, que o querem distante mesmo, mas sem fazer intervenções políticas. O filho de Jair Bolsonaro está atrapalhando os aliados do pai a chegarem a algum denominador sobre a sucessão.

O governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, já estaria, ou teria, desistido de disputar o Palácio do Planalto em 2026. E Eduardo tem responsabilidade sobre isso.

Mas o governo, que não tem nada com isso, comemora o oposto: a boa fase. Lula recupera popularidade, economia indo bem – com queda de preços de alimentos -, um Congresso menos hostil – conseguiu barrar a convocação de seu irmão na CPMI do INSS – e, o qu3e muito tem ajudado, a aproximação com Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos que Eduardo Bolsonaro fez de tudo para que ele esconjurasse o Brasil.

Leia Mais: Momento do governo reduz chances de Eduardo no Conselho de Ética

Em tom de evidente brincadeira e galhofa, o PT, o Planalto, ministros e o próprio presidente da República, nas rodas de conversa, têm se referido a Eduardo Bolsonaro como o “camisa 10 do Lula”. O que equivale dizer a ser o craque do time. Ninguém tem ajudado tanto quanto ele, se divertem os petistas, palaciano e governistas.

“E essa camisa 10 ninguém disputa. É dele”, brincou um ministro do governo, em conversa com o MyNews.

Nesta semana, Eduardo passará por um teste de fogo no Conselho de Ética, que julgará se prossegue ou não acusação contra ele por falta de decoro. É acusado, pelo PT, de buscar desestabilizar o país com ataques, dos Estados Unidos, a autoridades políticas e do Judiciário e também de estimular medidas econômicas de tarifas contra produtos brasileiros. O relator, Marcelo Freitas (União-MG), deu parecer pelo arquivamento e sua manifestação irá a voto.

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