Seu desempenho no Congresso a fez despencar de 53.498.649 seguidores para 53.158.377. maior queda já registrada na trajetória digital da influenciadora, aponta a empresa Ativaweb
Fenômeno nas redes, a influenciadora digital Virgínia Fonseca registrou uma queda impressionante de mais de 340 mil seguidores após seu depoimento na CPI das Bets, no Senado. Em apenas 24 horas. Levantamento feito pela Ativaweb, empresa especializada em comportamento digital, mostrou que Virgínia contava com 53.498.649 seguidores no Instagram na última terça, dia 13, e no dia seguinte, quarta, despencou para 53.158.377.
A diferença representa uma perda total de 340.272 seguidores em apenas um dia, equivalente a 0,63% de sua base total. Essa é a maior queda já registrada na trajetória digital da influenciadora, conhecida por manter um crescimento contínuo e engajamento considerado invejável para perfis do seu porte, explica o analista digital Alek Maracajá, responsável pela Ativaweb. fez a análise em sua plataforma de tempo real.
Virgínia é uma das maiores personalidades brasileiras nas redes sociais. Até sua presença na CPI, seu perfil apresentava uma variação mensal positiva de 0,12%, com engajamento médio de 3,36% e curtidas médias superiores a 1,8 milhão por post. A repercussão negativa nas redes de seu comportamento na comissão interromperam essa tendência de alta.
Para a Ativaweb, o impacto está diretamente ligado à estratégia adotada por Virginia diante sua presença na CPI, onde foi tratada em alguns momentos como uma artista, fez fotos com senadores e até transmissões para mulher de um parlamentar.
“Conhecida por sua comunicação baseada em espontaneidade, emoção, maternidade e cotidiano familiar, a influenciadora optou por um discurso técnico e contido, típico de orientação jurídica. Nas redes, porém, a escolha foi interpretada como frieza, distanciamento e tentativa de se esquivar de possíveis associações com o setor investigado”, explica Alek Maracajá.
Mulheres são sua base de seguidores
A base de seguidores de Virginia é composta majoritariamente por mulheres (70,58%), com faixa etária concentrada entre 18 e 34 anos e localização predominantemente brasileira (95,18%). Segundo o levantamento da empresa digital, seu público demonstra interesse por temas como beleza, moda, família, maternidade, espiritualidade e relacionamentos.
“Esse perfil altamente emocional e conectado a valores éticos e afetivos espera da influenciadora não apenas publicidade, mas também coerência e posicionamento”, segue o analista.
A reação negativa se espalhou rapidamente, com comentários críticos e questionamentos nos próprios posts da influenciadora.
“Ainda que mantenha números impressionantes e continue sendo um dos maiores nomes do país no meio digital, o episódio acende um alerta importante para sua gestão de imagem.
Segundo a conclusão técnica da Ativaweb, o caso mostra que a reputação digital é um ativo construído diariamente e extremamente sensível ao termômetro das redes. Virginia Fonseca, que construiu um império digital a partir da conexão emocional com seu público, enfrentou um momento em que a expectativa por autenticidade falou mais alto que qualquer estratégia de blindagem.
“O digital não perdoa dissonância entre imagem e atitude. Quando a persona falha, os seguidores punem”, conclui Alek Maracajá.