Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Coluna da Juliana Roman no site do MyNews
Dizem que a força de uma corrente está no seu elo mais fraco — e, na segurança digital, esse elo costuma ser o fator humano. Mas, em vez de enxergá-lo como um ponto de fragilidade, é possível transformá-lo na base mais sólida da proteção corporativa. A engenharia social ainda é o principal caminho usado em fraudes e ataques, explorando distrações e falta de atenção. Por isso, conscientizar e capacitar pessoas é tão importante quanto investir em tecnologia. Quando cada colaborador entende seu papel na proteção das informações, o trabalho remoto se torna não apenas mais seguro, mas também mais colaborativo e confiável.
O trabalho remoto se consolidou como uma prática comum nas empresas, oferecendo flexibilidade e redução de custos operacionais. No entanto, ele também introduziu novos desafios em termos de segurança da informação, especialmente no que diz respeito ao acesso remoto de funcionários e prestadores de serviços aos servidores corporativos. Tanto computadores corporativos quanto dispositivos pessoais conectados à rede podem se tornar vetores de ataque, aumentando a vulnerabilidade da empresa a intrusões, vazamento de dados e comprometimento de sistemas críticos.
Um dos riscos mais relevantes está no uso de dispositivos remotos que, mesmo sendo corporativos, podem não ter proteção atualizada ou estar mal configurados. Antivírus, firewalls e sistemas de detecção de malware são essenciais para proteger computadores e notebooks corporativos, além de celulares usados para trabalho. Dispositivos pessoais, muitas vezes com menos controles, representam ainda maior risco, podendo ser infectados por trojans, ransomwares ou spyware, colocando em perigo informações estratégicas da empresa.
Além da proteção do dispositivo, é fundamental implementar autenticação multifator (MFA). Este recurso adiciona camadas extras de segurança além da senha tradicional, como códigos temporários via aplicativo, biometria ou tokens físicos, dificultando o acesso não autorizado mesmo quando credenciais são comprometidas. A MFA é particularmente importante quando funcionários ou prestadores de serviços acessam servidores corporativos remotamente, garantindo maior controle sobre quem realmente está se conectando.
O controle de acesso remoto deve ser rigoroso, aplicando políticas de privilégio mínimo e garantindo que cada usuário acesse apenas os sistemas e dados necessários para sua função. Virtual Private Network (VPN) segura, segmentação de rede e monitoramento contínuo são práticas indispensáveis, protegendo tanto computadores corporativos quanto dispositivos pessoais. Para prestadores de serviços externos, auditorias periódicas e protocolos de acesso bem definidos ajudam a reduzir riscos adicionais.
A educação dos colaboradores é outro ponto essencial. Funcionários e prestadores de serviços devem estar cientes das boas práticas, como não usar redes Wi-Fi públicas, atualizar sistemas operacionais e aplicativos, e evitar reutilizar senhas. Treinamentos regulares ajudam a reduzir significativamente incidentes provocados por erro humano, que ainda é um dos principais fatores de vulnerabilidade no trabalho remoto.
Uma abordagem de segurança em camadas é fundamental para proteger tanto computadores corporativos quanto dispositivos pessoais. Isso inclui antivírus, MFA, firewalls, VPNs, monitoramento 24/7 e políticas de acesso restritas. Cada camada funciona como um filtro, dificultando a ação de invasores e protegendo os servidores e dados críticos da empresa contra diferentes tipos de ameaças.
O MDR (Managed Detection and Response) é uma ferramenta estratégica nesse cenário. Ele combina tecnologia com equipe especializada para monitorar, detectar e responder a ameaças em tempo real. Ataques sofisticados, como tentativas de acesso não autorizado, ransomwares direcionados ou exploração de falhas em dispositivos corporativos e pessoais, podem ser rapidamente neutralizados antes de causar danos significativos.
O Mobile Device Management (MDM) desempenha um papel similar para dispositivos móveis. Ele permite controlar quais aplicativos podem ser instalados, monitorar a conformidade de segurança e até apagar dados remotamente em caso de perda ou roubo. Com isso, celulares e tablets corporativos ou pessoais utilizados no trabalho remoto ficam protegidos, garantindo que dados sensíveis não sejam comprometidos fora do escritório.
Dispositivos móveis corporativos e pessoais também exigem atenção especial quanto a aplicativos maliciosos, mensagens de phishing e redes inseguras. A combinação de MFA, VPN e MDM cria um ecossistema de proteção integrado, permitindo que o trabalho remoto seja seguro, mesmo quando os colaboradores acessam servidores de diferentes locais e horários.
Em resumo, o trabalho remoto oferece inúmeros benefícios, mas aumenta os riscos de segurança digital. A proteção de computadores corporativos e dispositivos pessoais, combinada com autenticação multifator, antivírus, MDR, VPN e MDM, é essencial para garantir a integridade dos servidores e dados corporativos. Empresas que adotam uma abordagem multicamadas e vigilância 24/7 estão mais preparadas para enfrentar ameaças, garantindo que o trabalho remoto seja seguro e confiável.
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