Mariana Conti, Gabi Tolotti e Nicolas Calabrese foram parados e estão sem comunicação
Nesta quarta-feira (1º), três militantes do PSOL que integram a Global Sumud Flotilla foram sequestrados por Israel. Eles estavam a caminho da Faixa de Gaza para levar ajuda humanitária.
Estão presentes a vereadora de Campinas Mariana Conti, a presidente do partido no Rio Grande do Sul Gabi Tolotti e o educador popular da Rede Emancipa Nicolas Calabrese. Eles viajavam em dois dos 44 barcos que participam do esforço internacional em direção ao território palestino. Segundo informações locais, as forças militares de Israel interceptaram a Flotilha em águas internacionais, enquanto a missão tentava ingressar em Gaza. Os militantes relataram o ocorrido.
“É uma ação violenta e ilegal de Israel contra ativistas de quase 50 países que estão tentando levar alimentos, medicamentos e próteses a um povo sob genocídio. O governo brasileiro precisa exigir a libertação imediata de todos os seus cidadãos detidos”, afirmou Mariana Conti, que estava no barco Sirius-Haifa.
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De acordo com Gabi Tolotti, presente no barco Spectre, o caráter pacífico da Flotilha não justificava o uso de força por parte de Israel.
“Somos uma missão humanitária não violenta, carregando mantimentos básicos para a sobrevivência do povo palestino e protegidos por todas as leis do direito internacional. A agressão de Israel é mais uma expressão da política genocida de manter Gaza sob bloqueio total e utilizar a fome como arma de guerra”, disse.
Nicolas Calabrese, também no Sirius-Haifa, reforçou que a luta por um corredor humanitário em Gaza continuará mesmo após o sequestro da Flotilha.
“Somos parte de um movimento que começou há quase 20 anos, desde que a Faixa de Gaza foi colocada sob bloqueio por Israel. A Global Sumud Flotilla é a maior da história, e sua captura ilegal não impedirá que outras sigam o nosso caminho, pois a luta só terminará quando Gaza deixar de ser a maior prisão a céu aberto do mundo”, declarou.
As falas foram concedidas antes da detenção. Atualmente, os três militantes estão incomunicáveis. A delegação brasileira na Flotilha reúne 15 pessoas. Além dos militantes do PSOL, integram o grupo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e Thiago Ávila, liderança internacional da Global Sumud Flotilla.
Em julho deste ano, Thiago Ávila passou por situação semelhante quando foi detido por forças israelenses. Na época ele estava buscando a mesma ação dos seus companheiros. O caso ganhou repercussão pelo Brasil até o seu retorno. Já nas redes sociais, diversos nomes do PSOL estão enviando mensagens em apoio aos seus companheiros.