Faixa de Gaza | Foto: Reprodução/Instagram/Mahmoud_basal88

Mais de meio milhão de palestinos voltam à cidade de Gaza

Após dois anos de guerra, mais de 65 mil pessoas morreram no conflito desencadeado por um ataque terrorista contra Israel

Mais de 500 mil pessoas já retornaram à cidade de Gaza desde o início do cessar-fogo na sexta-feira 10. Os dados são da Defesa Civil de Gaza, órgão ligado ao grupo terrorista Hamas. Muitos palestinos também retornaram à região central da Faixa de Gaza e em algumas áreas de Khan Younis, no sul, após a retirada das forças israelenses.

Segundo o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Basal, cerca de 150 mortos foram encontrados nas últimas horas nos escombros de prédios destruídos por bombardeios israelenses. As equipes acreditam que os corpos de até 10 mil palestinos ainda estejam soterrados sob ruínas em várias partes do território desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.

As próximas horas serão decisivas: cerca de 2 mil prisioneiros palestinos devem ser trocados pelos últimos reféns israelenses sob o poder dos terroristas. Ao todo, 48 pessoas seguem em poder do grupo, sendo que 20 estão vivas. Pelo acordo de paz, o Hamas tem até 72 horas, a partir do início do cessar-fogo, para libertar todos os reféns. O prazo termina às 6h de segunda-feira 13, pelo horário de Brasília.

Já Israel começou a transferir os presos palestinos que devem ser trocados por reféns. De acordo com comunicado do Serviço Prisional de Israel, milhares de agentes de segurança se envolveram na transferência durante a noite dos detidos para prisões de onde devem ser libertados.

Após dois anos de guerra, mais de 65 mil pessoas morreram no conflito desencadeado por um ataque terrorista contra Israel. O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários informou ter recebido sinal verde de Israel para enviar 170 mil toneladas de ajuda e já conta com um plano de resposta para os primeiros 60 dias da trégua.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é esperado na região na próxima segunda. Ele discursará no Parlamento israelense (Knesset), tornando-se o mandatário do país a fazê-lo desde George W. Bush, em 2008. O republicano também anunciou que visitará o Egito e que outros líderes mundiais devem participar dos encontros.