A aposta de Lula para a reeleição: a isenção do IR como “14º Salário” Lula durante depoimento em rede de TV na noite deste sábado | Foto: Divulgação Eleições

A aposta de Lula para a reeleição: a isenção do IR como “14º Salário”

Petista reforça mudança e prioridades em mandato

A estratégia para reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026 tem um nome e um número: Isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5.000. Esta não é apenas uma medida econômica. É o principal ativo político e eleitoral do governo,. Em suma, o governo aposta “todas as fichas” em transformá-la na sua marca inconfundível.  Pois, a aposta de Lula é fazer sua marca com a isenção do IR como “14º Salário”

Com a economia travada por juros altos e sem a perspectiva de uma “decolagem” no próximo ano, a isenção é a grande jogada de mestre para estabelecer uma comunicação clara e vitoriosa com a sociedade.

O trunfo do “14º Salário” e a conquista da classe média

O Palácio do Planalto enxerga a isenção, já aprovada pela Câmara e agora indo para o Senado, como um “trunfo eleitoral” estratégico. O alvo é um público que não tem sido historicamente simpático ao PT: a classe média formal que ganha entre R$ 3.000 e R$ 5.000.

O impacto financeiro para essas famílias é massivo e altamente simbólico:

Injeção de Renda: A isenção pode injetar até R$ 6.000 a mais por ano no salário familiar, o equivalente a “quase um 14º salário”.

Poder de Compra: Esse valor extra tem potencial para liberar recursos para a compra de bens duráveis, viagens ou a realização de projetos não programados.

Lula, reconhecido como um “excelente comunicador”, pretende usar esse resultado para fazer o público “olhar para a frente” e para os seus projetos, neutralizando adversários ao entregar algo que o ex-presidente Jair Bolsonaro “prometeu e não entregou”. A estratégia é clara: focar no público do meio, aquele que flutua e pode ser conquistado, para consolidar a vitória eleitoral.

O embate Lira x Calheiros ameaça o cronograma de Lula

Apesar da urgência eleitoral, a aprovação final da medida está refém de uma intensa e perigosa disputa política no Congresso. Em suma, a disputa ameaça atrasar o “trunfo” de Lula.

A matéria foi aprovada na Câmara sob pressão de manifestações de rua para reverter uma “pauta tóxica”. Agora confronta dois dos maiores adversários do Congresso no Senado:

A Disputa Regional e Eleitoral: O relator na Câmara, Arthur Lira, saiu “muito fortalecido”. Ele declarou abertamente que concorrerá ao Senado na próxima eleição. Lira está visando possivelmente o assento de seu “muito inimigo” Renan Calheiros. E Calheiros será o relator no Senado. Portanto, intensificando a rivalidade.

O Risco da Mudança: O grande temor do governo é que Calheiros use a relatoria para “colocar alguma marca dele na proposta”.

Se Calheiros fizer qualquer alteração no texto do IR, a matéria volta para a Câmara. Dessa forma, cai novamente nas mãos de Arthur Lira. Para o Planalto, esse retorno é “nada bom”. Pois, a medida precisa ser sancionada para valer já no próximo ano. Assim, garantirá que o “trunfo eleitoral” de Lula esteja consolidado para 2026.

Por isso, a comitiva do governo está em campo. A meta ,é convencer Calheiros a manter o texto intacto. Assim, garantirá que a aprovação e o envio para sanção ocorram “o quanto antes”, salvando a principal aposta de reeleição de Lula. Veja a análise completa no programa Segunda Chamada abaixo.

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