Numa entrevista ao MyNews, Ciro Gomes, disse que a viabilidade dos planos de saúde é seriamente afetada tanto pela mudança demográfica acelerada quanto pela dolarização dos custos da assistência médico-hospitalar no Brasil.
O sistema de saúde suplementar no Brasil enfrenta uma reestruturação silenciosa, porém devastadora. As vítimas principais: a população com 60 anos ou mais. Diante de custos crescentes, operadoras de planos de saúde intensificam o cancelamento unilateral de contratos coletivos por adesão ou empresariais, deixando milhares de idosos, muitas vezes com condições crônicas e em tratamento contínuo, subitamente sem cobertura.
Numa entrevista ao MyNews, Ciro Gomes, disse que a viabilidade dos planos de saúde é seriamente afetada tanto pela mudança demográfica acelerada quanto pela dolarização dos custos da assistência médico-hospitalar no Brasil, sendo ambos problemas paradigmáticos e históricos, conforme apontado nas fontes.
Esses fatores interligados criam uma situação onde o modelo econômico atual não apresenta “zero possibilidade” de solução para a crise do setor.
A lógica tradicional dos planos de saúde — de que os usuários paguem um pouco mais do que o gasto para honrar os compromissos é desestabilizada pelo envelhecimento populacional.
A viabilidade financeira dos planos de saúde é minada pela internacionalização de praticamente 100% dos custos recorrentes da saúde no Brasil.
A combinação do aumento dos gastos imposto pela população idosa (demografia) e a alta dependência do dólar para custear os insumos (dolarização) cria uma situação onde não há solução dentro do modelo econômico vigente. O resultado previsto é que “o mais fraco se arrebenta”.