Pedro Cardoso quer dinheiro: lições de finanças pessoais do eterno Agostinho Carrara Ator Pedro Cardoso concede entrevista à jornalista Mara Luquet | Foto: Reprodução/MyNews A Grande Família

Pedro Cardoso quer dinheiro: lições de finanças pessoais do eterno Agostinho Carrara

Ator relembra personagem histórico e detalha ensinamentos financeiros

O ator Pedro Cardoso, eternizado no papel de Agostinho Carrara de A Grande Família, quer dinheiro. Ele é conhecido por sua sagacidade e opiniões contundentes. Numa entrevista ao MyNews, compartilhou uma verdadeira aula de finanças pessoais, extraída de sua experiência de vida. Experiência que vai muito além das trapalhadas financeiras de seu icônico personagem. O ator declara sem rodeios: Pedro Cardoso quer dinheiro”.

A busca dele por estabilidade e sucesso é temperada por profundas lições que ele gostaria de ter aprendido mais cedo. As reflexões de Cardoso sobre gestão financeira, a ilusão da riqueza e a necessidade de preparo profissional são um guia valioso, especialmente para jovens artistas e para qualquer um que lide com a instabilidade da renda.

A ilusão da riqueza permanente

Cardoso desmistifica a ideia de riqueza que acompanha o sucesso assalariado. O ator aprendeu que a fartura que experimentou durante o auge de A Grande Família era muito ilusória. Ele confessa que, por anos, não conseguia conceber a ideia de que um dia pararia de ganhar aquele dinheiro incomum.

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Ele aponta que essa riqueza de salário, mesmo que alta, não se compara à riqueza real que vem da mais valia sobre ninguém”, ou seja, dos lucros gerados pela exploração do trabalho ou do capital, algo que ele reconhece nunca ter tido. A lição é clara: um salário alto não é sinônimo de riqueza duradoura se não for gerido com a consciência de sua transitoriedade.

Imprudência na preparação profissional

Uma das lições mais importantes que Pedro Cardoso deseja transmitir, em especial aos jovens artistas, é a necessidade de ter um “Plano B” profissional. Ele se arrepende da imprudência de “não ter me preparado para outra profissão além de ser ator”.

O ator expressa que, caso não possa mais atuar, não saberia como sobreviver de outra forma, a não ser talvez como motorista de táxi (o que ele chama de ser o “Agostinho de verdade”), já que não possui estudos ou faculdade em outras áreas.

O conselho de ouro: Cardoso aconselha qualquer jovem artista a “se preparar para as eventualidades”, pois é extremamente desafiador viver apenas da carreira de ator ou atriz, dada a sua instabilidade.

Gerenciamento de desejos

Pedro Cardoso admite ter sido “muito inábil para finanças pessoais” e ter cultivado “maus hábitos de Menino Rico” durante o período de fartura. A lição mais dolorosa veio quando a fartura acabou e precisou se adaptar.

Essa adaptação envolveu a necessidade de gerenciar seus desejos e a aprender a esperar ou juntar dinheiro para poder comprar algo. O ator observa que essa mudança de mindset, adaptar-se e saber lidar com a frustração do desejo imediato  é “muito difícil” para a psicologia humana, mas fundamental para a estabilidade financeira.

Entendimento da realidade do público

Por fim, uma lição que toca na essência da profissão, mas que tem reflexos no senso de realidade e, por tabela, nas finanças: a importância de manter contato com a realidade da maioria da população.

Cardoso sugere que “os artistas todos deviam andar de ônibus para lembrar como é que é a vida do público”. Ele nos lembra que a vida real das pessoas não se passa em um carro com ar-condicionado, mas sim em um “ônibus bastante desconfortável, barulhento para caramba que a cada 100 metros para”. Esse contato com a realidade ajuda a manter os pés no chão, tanto na arte quanto na gestão dos próprios recursos, evitando o distanciamento da maioria.

Recentemente, li na conta dele do Instagram que Agostinho irá para os palcos. Será?

Enquanto Agostinho não volta aos holofotes, estou aqui revendo a bela entrevista dele ao MyNews e separei as dicas de finanças pessoais que extraí de Pedro Cardoso, que me deu uma aula de finanças pessoais.

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