Fundos de pensão batem previdência aberta e acumulam ganhos de 171% em dez anos COE é opção para investidor mesclar renda fixa e variável. Foto: Reprodução (MyNews) Previdência complemenar

Fundos de pensão batem previdência aberta e acumulam ganhos de 171% em dez anos

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A diferença robusta a favor das EFPC reflete a gestão com taxas mais baixas de administração e um foco estratégico em investimentos de longo prazo.

Os Fundos de Pensão, ou Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), consolidara-se como a opção mais rentável na previdência brasileira. Em dez anos o capital investido acumula um ganho de 171,5%. Nos últimos dez anos, o segmento aberto de previdência complementar alcançou um retorno médio de 128,7%. O retorno superou a previdência privada aberta em 42,8 pontos percentuais ao longo de dez anos (2016 a junho de 2025). A diferença robusta a favor das EFPC reflete a gestão com taxas mais baixas de administração e um foco estratégico em investimentos de longo prazo.

Essa disparidade coloca o sistema fechado em destaque, conforme detalhado no Relatório Gerencial de Previdência Complementar (RGPC) do Ministério da Previdência Social.

Por que a diferença é tão expressiva?

A superioridade das EFPC se deve a fatores estruturais que lhes conferem uma vantagem estratégica:

  • Foco não lucrativo: As EFPC não visam o lucro para acionistas, o que permite que a totalidade dos ganhos financeiros seja revertida para os participantes dos fundos.
  • Taxas de administração mais baixas: Com custos de gestão significativamente menores que os planos abertos, a rentabilidade final entregue aos participantes é maior.
  • Gestão de longo prazo e diversificação: A carteira de investimentos das EFPC é tipicamente mais diversificada e orientada para o longo prazo – o que é ideal para o pagamento de benefícios – com uma alta concentração em títulos públicos (cerca de 86%) e um aproveitamento eficiente do mercado de capitais (a bolsa de valores teve performance acumulada positiva de 15,4% no 2º trimestre de 2025).

Títulos públicos dominam a carteira das EFPC

A alocação de ativos das EFPC continua demonstrando uma clara preferência por Títulos Públicos Federais, que formam a espinha dorsal de suas carteiras de investimento.

A distribuição desses ativos revela uma concentração estratégica:

  • Títulos Públicos: A classe de ativos de títulos públicos federais representa cerca de 86% do total dos investimentos das EFPC, somando R$ 890 bilhões em valores aplicados.
  • Renda Variável (Bolsa): A bolsa de valores brasileira apresentou uma performance acumulada notável de 15,4% no trimestre, influenciando positivamente a parcela de renda variável nas carteiras das entidades.
  • Renda Fixa de Curto Prazo: A manutenção da taxa Selic em 15% continuou a beneficiar os investimentos de renda fixa de curto prazo do setor.

O gigante da previdência

Com a performance superior, o segmento fechado contribui para que o patrimônio total da previdência complementar no Brasil atinja R$ 3,11 trilhões, o equivalente a 25% do Produto Interno Bruto (PIB).

Além disso, o setor reforça sua importância social ao pagar cerca de R$ 98,5 bilhões em benefícios no último ano e demonstra solidez financeira com um superávit acumulado de R$ 24,9 bilhões.

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