Cruzamento feito pelo Canal MyNews mostra que 88% dos deputados que votaram pela soltura de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) assinaram a urgência do projeto que dá anistia aos golpistas do 8 de janeiro
Cruzamento feito pelo Canal MyNews mostra que 88% dos deputados que votaram contra a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), em abril de 2024, assinaram a urgência do projeto que dá anistia aos golpistas que destruíram a Praça dos Três Poderes em 08 de janeiro de 2023, e que também pode beneficiar Jair Bolsonaro e os generais e outros militares que respondem à ação no STF.
Ou seja, 106 dos 129 dos parlamentares que foram favoráveis à soltura de Brazão, agora, querem aliviar as penas dos bolsonaristas acusados de uma intentona para derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A comparação é pertinente, ainda que não cause surpresa. Naquela sessão do plenário, a prisão de Brazão – cujo processo de cassação está parado na Mesa da Câmara desde agosto do ano passado – foi mantida por 277 votos, 20 a mais que o mínimo necessário, que era de 257. Na votação, outros 28 parlamentares se abstiveram.
Leia Mais: PL protocola urgência da anistia e pressiona Motta e governo
Entre os 106 que votaram tanto a favor do Brazão como dos golpistas, 65 são do PL, de Jair Bolsonaro e 27 são de partidos da base de apoio ao Palácio do Planalto, e com ministérios na Esplanada: União Brasil (12), Progressistas (9) MDB (4) e PSD (2).
Em relação às assinaturas de apoio à urgência do projeto de lei que anistia os golpistas, parlamentares de partidos aliados aderiram de forma maciça: dos 264 deputados que assinaram o requerimento, 55% (146 deles) são do União Brasil (40), Progressistas (35), Republicanos (28), PSD (23) e MDB (20).
Abaixo a relação dos 106 deputados que votaram a favor da soltura de Brazão e também assinaram a urgência no projeto que concede anistia aos golpistas.
Imagem: Arte/MyNews/Eduardo Souza