A primeira refeição de Glauber e a estratégia para salvar mandato Após oito dias de greve de fome, Glauber faz sua primeira refeição: caldo de legumes com frango | Foto: Ascom/Glauber Braga LEGUME COM FRANGO

A primeira refeição de Glauber e a estratégia para salvar mandato

Depois de oito dias de greve de fome, o deputado se alimentou com um caldo de legumes com frango

O deputado Glauber Braga (PSol-RJ) e seu grupo político preparam a estratégia para tentar salvar o mandato do parlamentar fluminense, que teve a recomendação da sua cassação aprovada pelo Conselho de Ética, no último dia 9. O acordo que permitiu que Glauber abandonasse uma greve de fome de oito dias passou por uma manifestação pública do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que assegurou maior prazo de defesa para o deputado.

O deputado do PSol encerrou seu protesto há dois dias e sua primeira refeição, feita ontem, tinha o seguinte cardápio: um caldo de legumes com frango. Durante os dias do jejum de protesto, o parlamentar ingeriu bebida isotônica e recebia atendimento médico duas vezes por dia. Ele escolheu o mesmo plenário, de número 5, onde ocorreu a sessão do conselho. O prato teria sido preparado por sua sogra.

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No acordo com Motta, que envolveu até a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ficou acertado que o caso de Glauber só irá a plenário 60 dias após a manifestação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do recurso do psolista. Essa peça de sua defesa ainda será apresentada. Gleisi, que considera a cassação medida “desproporcional”, ligou para Motta em viagem ao exterior.

Com esse tempo obtido, os defensores de Glauber acreditam que poderão atuar para aliviar a pena aprovada pelo conselho e vão tentar substituir a cassação pela suspensão do mandato, que pode ser de até seis meses.

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Até lá, avaliam, muita água vai rolar. Vai depender do andamento do julgamento ou não de Chiquinho Brazão no plenário. Desde agosto do ano passado está pronto para votação a recomendação de sua cassação. Ele está preso e é réu acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Hoje, se fosse a plenário, dificilmente Glauber escaparia de ter o mandato cassado, dado o incômodo do Centrão com seu comportamento. Além de denunciar a existência do orçamento secreto, o deputado do PSol fez duros ataques a Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, a quem Glauber responsabiliza pelo movimento de sua cassação.

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