Na terça (12), ex-presidente foi autorizado pelo ministro a deixar a prisão para realizar exames médico no hospital
Os advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos demais réus do núcleo 1 do processo que apura a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 têm até esta quarta-feira (13) para apresentar as alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esta é última oportunidade dos acusados apresentarem seus argumentos antes do julgamento.
Bolsonaro e seus aliados respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O ex-presidente também enfrenta a acusação de liderar a suposta organização criminosa.
Confira abaixo quem são os réus do núcleo 1:
Na terça-feira (12), Moraes autorizou Bolsonaro a deixar a prisão domiciliar para realizar exames no sábado(16), em hospital particular no Distrito Federal.
O pedido formulado pelos advogados afirma que a avaliação médica é necessária para dar “seguimento de tratamento de medicamentos em curso, da necessidade de reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como da verificação das condições atuais de saúde” do ex-presidente. Em abril deste ano, Bolsonaro precisou ser submetido a nova intervenção cirúrgica por complicações decorrentes da facada sofrida em 2018.
Segundo Moraes, após os exames, o atestado médico deve ser apresentado em até 48 horas. O ministro também permitiu que Bolsonaro seja visitado pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), pelo deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ), pelo vice-presidente de São Paulo, Ricardo Augusto, e pelo deputado estaual Tomé Abduch (Republicanos-SP), entre os dias 22 e 27 de agosto.
Ainda nesta quarta-feira (13), os 11 ministros da Suprema Corte deverão eleger, em votação secreta e simbólica, Edson Fachin e Alexandre de Mores como novos presidente e vice-presidente, respectivamente, da Corte até 2027.
A tradição do STF é escolher o ministro mais antigo que ainda não assumiu a presidência. Fachin é o atual vice-presidente do ministro Luís Roberto Barro e se tornou ministro em junho de 2015. A posse está prevista para o final de setembro.