Bolsonaro se diz inocente e pede ao STF para ser absolvido Ex-presidente Jair Bolsonaro chegando para depoimento na 1 turma do STF | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil ALEGAÇÕES FINAIS

Bolsonaro se diz inocente e pede ao STF para ser absolvido

Defesa do ex-presidente argumentou ainda que é “absurda” a acusação da procurador-geral, Paulo Gonet, e desqualifica delação de Mauro Cid

Nas alegações finais apresentadas por sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro jurou inocência, pediu absolvição e chamou a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) de “absurda”. O Ministério Público pede a condenação do ex-presidente, o qualifica como chefe de uma organização criminosa e imputa a ele a responsabilidade de cinco crimes.

Como na alegação de outros réus, Bolsonaro tenta desqualificar as revelações da delação de Mauro Cid, seu ex-braço direito na Presidência da República.

“A falha na acusação é profunda. Descortina que essa narrativa sobre um decreto com prisões diversas existiu apenas na palavra não corroborada do delator, e exibe o vazio da presunção de que as minutas teriam sido alteradas pelo ex-presidente”, afirma a defesa de Bolsonaro, que, nesse caso, se refere à trama que envolvia prisão de autoridades, como de ministros do STF, e também cita as minutas do golpe, localizada em pontos diversos, como na casa do ex-ministro Anderson Torres, na mesa de um assessor de Braga Netto e foi impressa dentro do Palácio do Planalto.

Em outro trecho, os advogados do ex-presidente afirmam que em  momento algum Jair Bolsonaro praticou “qualquer conduta que tivesse por finalidade impedir ou dificultar a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva”.

“Pelo contrário, sempre defendeu e reafirmou a democracia e o Estado de Direito”, diz a defesa”.

Dia ainda a defesa que Bolsonaro deve ser absolvido por “ausência de provas” e o que há na peça da PGR é uma denúncia baseada em “ilações e interpretações distorcidas”.

O ex-presidente pede a anulação da delação de Cid, diz que não assinou qualquer decreto instituindo estado de sítio e que não liderou nenhuma organização criminosa. A defesa argumenta ainda que não há qualquer prova que ligue Bolsonaro aos atos do 8 de janeiro.

Os outros réus desse núcleo principal também apresentaram suas alegações finais: general Braga Netto, pediu absolvição e suspeição do ministro Alexandre de Moraes; Alexandre Ramagem, negou que tenha levado desinformação às redes sobre atos golpistas; Anderson Torres, negou envolvimento na trama.

Segunda Chamada, 13 de agosto de 2025

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