O programa Segunda Chamada debateu a possível ida do deputado federal Guilherme Boulos, do PSol, para o lugar de Márcio Macêdo na Secretaria-Geral da Presidência
O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) viajou na comitiva de Luiz Inácio Lula da Silva até ao Uruguai, para a despedida de Pepe Mujica. O parlamentar está cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República, no lugar do apagado Márcio Macêdo, na berlinda há meses.
O Segunda Chamada de ontem, do Canal MyNews, discutiu essa possível alteração no governo, se é mais positiva ou negativa. As opiniões são várias, mas as críticas também. Lula não tem conseguido levar nomes novos do Centrão para compor sua equipe, o que o fragiliza no Congresso Nacional.
Para a jornalista Rachel Vargas, colunista, analista política e consultora institucional, a possível ida de Boulos para o governo passa por um acordo no qual o psolista abriria mão de concorrer nas eleições de 2026 e se manteria no cargo até o final do mandato do presidente.
No entendimento do jornalista e publicitário José Américo, Boulos pouco acrescentaria ao governo e ainda pode criar problemas com setores aliados do Palácio do Planalto, que o enxergam como um radical e vinculado a ocupações de prédios, por sua ligação com o MTST.
Na opinião de Evandro Éboli, diretor de jornalista do MyNews, se confirmado Boulos ministro, pouco deve acrescentar na relação com os movimentos sociais, razão que está sendo colocada para sua nomeação. Lula já tem proximidade suficiente com esses grupos para garantir o apoio deles à sua tentativa de reeleição.
Caso assuma a Secretaria-Geral da Presidência, o deputado do PSol será o segundo nome do partido a ocupar esse escalão do governo. A também deputada Sônia Guajajara (PSol-SP) é atual titular do Ministério dos Povos Indígenas.