Países são os primeiros do G7 a assumir esta posição, que foi bem recebida pelo Hamas e rechaçada por Netanyahu
Canadá, Austrália e Reino Unido anunciaram, neste domingo (21), que reconhecem formalmente o Estado da Palestina. A declaração estava prevista para acontecer durante a 80ª Assembleia Geral da Organizações da Nações Unidas (ONU), mas foi antecipada para aumentar a pressão sobre Israel.
O anúncio marca uma virada histórica de posicionamento, já que os países foram aliados próximos de Israel por décadas. Mas, também expressa o descontentamento internacional com a falta de progresso por um cessar-fogo em Gaza e negociações de paz que viabilizasse a solução de dois Estados.
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As manifestações, no entanto, foram recebidas de formas diferentes. O Hamas disse que o apoio é “bem-vindo” desde que “acompanhado por medidas práticas no terreno para afirmas esses direitos e frustrar os planos sionistas”. O primeiro-ministro israelense, Nenjamin Netanyahu, respondeu aos antigos aliados com a promessa de que “não haverá estado palestino”.
“Tenho uma mensagem clara para os líderes que reconhecem um estado palestino após o horrível massacre de 7 de outubro: vocês estão dando um prêmio enorme ao terror”, defendeu Netanyahu neste domingo (21).
Reino Unido e Canadá são os primeiros países do G7, grupo que reúne as principais economias do mundo, a reconhecerem o Estado palestino. A França também planeja anunciar seu apoio aos palestinos durante a Assembleia da ONU, nesta semana.
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Por meio das redes sociais, o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, afirmou que o país reconhece o Estado da Palestina e “oferece sua parceria para construir a promessa de um futuro pacífico para ambos os Estados da Palestina e de Israel”.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, publicou um pronunciamento em seu perfil oficial no X (antigo Twitter), afirmando que o reconhecimento oficial ao território da Palestina tem como objetivo “reviver a esperança de paz entre palestinos e israelenses”.