Número dois do ex-presidente, o vereador pelo Rio de Janeiro afirma que Cid está mentindo em seus depoimentos
O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, usou as redes sociais para se defender após seu nome aparecer na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. O sigilo do depoimento foi derrubado nesta quarta-feira (19). Carlos negou as acusações e criticou Cid, dizendo que ele não era somente um “pobre coitado que sofria ameaças para delatar”.
Aliás, no acordo de colaboração, Mauro Cid revelou detalhes sobre o funcionamento do chamado “gabinete do ódio”. O grupo espalhava notícias falsas contra as urnas eletrônicas e as vacinas. Segundo Cid, três assessores de Bolsonaro integravam a equipe, mantinham contato direto com Carlos Bolsonaro e operavam dentro do Palácio do Planalto.
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“Cada segundo deixa mais claro que o coronel das Forças Especiais, com ‘curso de bolinhas de gude e peteca’, conhecido como Mauro Cid, não é apenas um pobre coitado que sofria ameaças para delatar. Ele assina colocações falsas e faz acusações sem apresentar provas o tempo todo.”
Contudo, a delação menciona que Carlos Bolsonaro dava ordens diretas aos integrantes do grupo. Além disso, segundo Cid, o ex-presidente administrava o Facebook, enquanto o filho controlava as demais redes sociais, como Instagram e Twitter.
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Todavia, a delação de Mauro Cid faz parte do conjunto de provas reunidas pela Polícia Federal nos inquéritos que envolvem Bolsonaro. Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente, o ex-ministro Braga Netto e mais 32 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo teria participado de um plano golpista para mantê-lo no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.