Cláudio Castro. Foto: Fernando Frazão (Agência Brasil)
ATIVAWEB/EXCLUSIVO
O governador do estado ganhou espaço também nas redes sociais, assume um protagonismo da direita nesse espaço e ainda desbanca o bolsonarismo
Após a operação das polícias no Rio, há uma semana, pesquisas apontaram o ganho político do governador Cláudio Castro, que desponta como forte candidato ao Senado pelo estado. Hoje, o gestor do estado ganhou espaço também nas redes sociais, assume um protagonismo da direita nesse espaço ainda desbanca o bolsonarismo.
Levantamento da Ativaweb DataLab, ao MyNews, mostra que a direita do país não tem dono e que Castro, junto com o colega Tarcísio Freitas, governador de São Paulo, se destacam nesse espectro político nas redes.
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Em quinze dias, o governador fluminense saiu do anonimato digital e se tornou oo símbolo da direitas na redes, enquanto os filhos de Jair Bolsonaro, por exemplo, vivem à sombra do legado do pai, conclui o estudo do publicitário e analista digital Alek Maracajá.
“O estudo revela uma virada histórica no cenário digital brasileiro: o governador Cláudio Castro ultrapassou Flávio Bolsonaro em crescimento, engajamento e protagonismo, consolidando-se como o novo nome da direita fluminense e um dos líderes digitais mais influentes do país ao lado de Tarcísio de Freitas, em São Paulo”, diz Maracajá.
Nas últimas duas semanas, Castro saiu de 671 mil para 2 milhões de seguidores no Instagram e alcançou 77,4 milhões de interações em sete dias, o maior volume já registrado pela Ativaweb em 2025.
“O estudo mostra que, ao transformar o tema da segurança pública em narrativa de autoridade, o governador converteu a crise em combustível algorítmico e rompeu o domínio digital do clã Bolsonaro. A direita brasileira não tem dono. O algoritmo mudou de endereço. Enquanto uns falam de passado, Castro e Tarcísio falam de ação, e isso muda tudo”, comenta Alek Maracajá.
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O estudo deduz que essa é a primeira fragmentação digital do bolsonarismo desde 2018. Parte da base conservadora migrou para novas lideranças regionais, mais pragmáticas, menos ideológicas e com discurso voltado à gestão e resultados.
O caso Cláudio Castro representa, segundo a Ativaweb, a “mudança de tom digital da direita brasileira” um momento em que o poder simbólico deixa de ser monopólio familiar e passa a ser compartilhado por líderes que entenderam o novo código da política: timing, emoção e estratégia narrativa.
Enquanto isso, Flávio Bolsonaro tenta reagir a essa ascensão de Castro. Ambos devem disputar o Senado ano que vem e, mesmo tendo duas vagas, o governador hoje é uma sombra para o senador. Na CPI do Crime Organizado hoje, Flávio fez a propaganda de sua ação de angariar recursos numa vaquinha virtual para familiares dos quatro policiais mortos na operação da semana passada.
“Quero registrar que foi arrecada cerca de R$ 1 milhão”, disse o senador.
Ainda assim, Flávio mantém uma base sólida e historicamente fiel, com 6,1 milhões de seguidores. “Contudo, sua comunicação segue o padrão reativo e temático, marcado por vídeos de denúncia, críticas ao governo federal e frases de impacto, estilo que sustenta engajamento entre as bolhas conservadoras, mas apresenta baixo alcance orgânico fora do núcleo bolsonarista”, diz o estudo.
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